O nome original do judeu nascido russo era Hirsh. O registro errado no Brasil acabou passando para Girsz e escrito por muitos como Girz. Girsz Aronson, nascido em 1917 e falecido em 2008, chegou ao Brasil com 2 anos e começou no comércio aos 12, vendendo bilhetes de loteria em Curitiba (PR), onde morava com a mãe - viúva - e os irmãos. A fama veio quando Aronson vendeu um bilhete premiado e recebeu do apostador parte do dinheiro. Em 1944, uma empresa de casacos de pele do Rio o convidou para ser representante de vendas em São Paulo. Foi naquele ano que ele abriu a empresa G. Aronson. Chegou a vender 170 casacos em um mês, comprou um Dodge, carro cobiçado da época, e expandiu os negócios. A primeira loja do "inimigo número 1 dos preços altos" é de 1962. Também nos anos 60, criou a Gurilândia, especializada em artigos infantis.
A rede G. Aronson começou a se expandir nos anos 1970, após comprar uma loja de fogões em dificuldade financeira. O tempo passou, os negócios fluíram, mas em agosto de 1991, Aronson tomou a decisão de recorrer à concordata sob a alegação de não poder pagar 10 milhões de dólares devidos a bancos e fornecedores. Contumaz comprador de grandes lotes com pagamento à vista, a decisão causou estranheza no mercado, sobretudo diante do grande estoque que a G. Aronson havia acumulado pouco antes de entrar com o requerimento. Para alguns credores, Aronson, no mínimo, precipitou-se pois nem tentou alongar suas dívidas. Com longo histórico de bom pagador, chegou a bons acordos com bancos e fornecedores, exceto com a Brastemp (em que num dos encontros Girsz chegou a chorar), que exigia dinheiro corrigido conforme manda a lei, apesar do apelo de Aronson com o argumento de sua parceria de 25 anos.
No início de 1994, a G. Aronson tinha 27 lojas espalhadas por São Paulo e, em 1997, chegou a ter 34 lojas e 1.000 funcionários, com receita no ano de US$ 225 milhões.
Em 23 de janeiro de 1998, a empresa pede concordata na 31ª Vara Cível paulistana. É a segunda concordata da empresa desde 1991.
No dia 17 de setembro de 1998, Girsz, o dono da G. Aronson foi vítima de um sequestro dentro de sua empresa. Passou 14 dias no cativeiro e só foi solto, à noite, na rodovia Castello Branco, sob chuva, após o pagamento de um resgate de R$ 117 mil. No cativeiro, chegou a quebrar o nariz e sofrer hematomas. O caso teve repercussão nacional.
Em junho de 1999, a empresa faliu, com dívidas de R$ 65 milhões. Na época, o comerciante culpou a explosão da inadimplência e a redução do poder de consumo da população.
No dia 4 de setembro de 2000, então com 83 anos, Girsz voltou ao varejo e inaugurou a primeira loja com 20 metros quadrados, na rua Conselheiro Crispiniano, no centro de São Paulo, com o nome G.A. Utilidades Domésticas, com a ajuda dos quatro filhos (Eliane, Elisabeth, Gerson e Gilberto). Esta rua é a mesma que o deixou conhecido, como o "rei do varejo" e o slogan "inimigo número 1 dos preços altos" e onde ficava a loja em que ele mesmo atendia. Chegou a ter quatro lojas nesta nova fase, sendo uma de grande porte na avenida Brigadeiro Luís Antonio. Depois que Aronson ficou impossibilitado de trabalhar por causa de doença, apenas a loja da Conselheiro Crispiniano permaneceu um funcionamento. Girsz Aronson morre em 19 de junho de 2008.
(Fonte: revista Exame 03.03.1993 / 05.01.1994 / revista IstoÉ Dinheiro - 28.01.1998 - partes)
A rede G. Aronson começou a se expandir nos anos 1970, após comprar uma loja de fogões em dificuldade financeira. O tempo passou, os negócios fluíram, mas em agosto de 1991, Aronson tomou a decisão de recorrer à concordata sob a alegação de não poder pagar 10 milhões de dólares devidos a bancos e fornecedores. Contumaz comprador de grandes lotes com pagamento à vista, a decisão causou estranheza no mercado, sobretudo diante do grande estoque que a G. Aronson havia acumulado pouco antes de entrar com o requerimento. Para alguns credores, Aronson, no mínimo, precipitou-se pois nem tentou alongar suas dívidas. Com longo histórico de bom pagador, chegou a bons acordos com bancos e fornecedores, exceto com a Brastemp (em que num dos encontros Girsz chegou a chorar), que exigia dinheiro corrigido conforme manda a lei, apesar do apelo de Aronson com o argumento de sua parceria de 25 anos.
No início de 1994, a G. Aronson tinha 27 lojas espalhadas por São Paulo e, em 1997, chegou a ter 34 lojas e 1.000 funcionários, com receita no ano de US$ 225 milhões.
Em 23 de janeiro de 1998, a empresa pede concordata na 31ª Vara Cível paulistana. É a segunda concordata da empresa desde 1991.
No dia 17 de setembro de 1998, Girsz, o dono da G. Aronson foi vítima de um sequestro dentro de sua empresa. Passou 14 dias no cativeiro e só foi solto, à noite, na rodovia Castello Branco, sob chuva, após o pagamento de um resgate de R$ 117 mil. No cativeiro, chegou a quebrar o nariz e sofrer hematomas. O caso teve repercussão nacional.
Em junho de 1999, a empresa faliu, com dívidas de R$ 65 milhões. Na época, o comerciante culpou a explosão da inadimplência e a redução do poder de consumo da população.
No dia 4 de setembro de 2000, então com 83 anos, Girsz voltou ao varejo e inaugurou a primeira loja com 20 metros quadrados, na rua Conselheiro Crispiniano, no centro de São Paulo, com o nome G.A. Utilidades Domésticas, com a ajuda dos quatro filhos (Eliane, Elisabeth, Gerson e Gilberto). Esta rua é a mesma que o deixou conhecido, como o "rei do varejo" e o slogan "inimigo número 1 dos preços altos" e onde ficava a loja em que ele mesmo atendia. Chegou a ter quatro lojas nesta nova fase, sendo uma de grande porte na avenida Brigadeiro Luís Antonio. Depois que Aronson ficou impossibilitado de trabalhar por causa de doença, apenas a loja da Conselheiro Crispiniano permaneceu um funcionamento. Girsz Aronson morre em 19 de junho de 2008.
(Fonte: revista Exame 03.03.1993 / 05.01.1994 / revista IstoÉ Dinheiro - 28.01.1998 - partes)
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