A história da Granado começa com o desembarque no Brasil do português José Antonio Coxito Granado, em 1860, com 14 anos. Ele começa a trabalhar como lavador de frascos em uma botica no Rio de Janeiro, que a acaba comprando em 1869 e, um ano depois, 1870, estampa o nome Casa Granado na porta. A mais antiga botica do Brasil funciona até hoje no mesmo endereço, à rua Primeiro de Março, que na época se chamava rua Direita.
Além de manipular produtos com extratos vegetais de plantas, ervas e flores brasileiras, Coxito importava produtos da Europa. Logo se tornou uma das fornecedoras oficiais da Corte e recebeu de Dom Pedro II em 1880 o título de farmácia oficial da família real brasileira. Somente em 1917 é aberta a primeira filial da Granado, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro.
A morte de Coxito Granado, em 1935, e a de seu irmão João Bernardo em 1943, aliada ao período pós-guerra, com a chegada de multinacionais químicas no Brasil, acabaram tirando a competitividade de vários produtos da Granado.
A fabricação do tradicional polvilho antisséptico Granado não foi suficiente para evitar perdas no mercado. A fórmula do produto mais antigo e carro-chefe da empresa foi criada em 1903, por João Bernardo Granado, irmão de Coxito. Em 1994, desanimado pelas perdas, o dono, Carlos Granado Vieira de Castro, neto do fundador, contratou o consultor Christopher John Ogle Freeman para encontrar um comprador para a empresa. Freeman gostou do que viu. Gostou tanto que comprou ele mesmo a Casa Granado. Sua receita de R$ 10 milhões de 1994 foi multiplicada várias vezes.
Ao assumir a empresa, Freeman decidiu se dedicar à fabricação de produtos. Em 1998, adquiriu em parceria com a Sara Lee, a fábrica da Phebo em Belém, cujo sabonete foi criado em 1930. A Perfumaria Phebo havia sido comprada pela Procter & Gamble quando de sua aterrissagem no Brasil, em 1987. Em 2004, a Granado fica em definitivo com a marca Phebo, quando a Sara Lee se retirou do segmento de cuidados pessoais. Já contava nessa época com a ajuda de sua filha Sissi, hoje diretora e marketing e vendas da Granado. Ela havia voltado de uma temporada de estudos nos Estados Unidos, onde trabalhara em pequenas fábricas de cosméticos. Replicaram então, com sucesso, espaços das antigas boticas para a abertura de novas lojas.
A empresa também investiu na modernização da planta do RJ, em uma nova fábrica e um novo centro de distribuição em Japeri (RJ). Em 2012 são lançados os esmaltes Pink Granado e a linha de maquiagem Phebo.
Entre abril e junho de 2013, a empresa faz uma (boa) experiência internacional. O estande da Granado e da Phebo na luxuosa loja de departamentos parisiense Le Bon Marché, que pertence ao grupo LVMH, era para ser temporário e funcionaria apenas durante a operação comercial "Le Brésil Rive Gauche". Mas diante do resultado positivo, bem acima das previsões iniciais de vendas feitas pela loja francesa, as duas marcas brasileiras de cosméticos conquistaram espaço permanente em Paris, a capital mundial da perfumaria.
A Granado termina 2015 com uma linha de mais de 800 produtos e chega a 45 lojas próprias. Várias delas no Rio de Janeiro mas já está presente em São Paulo, Belém, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e outras. A fábrica em Japeri, no Estado do Rio de Janeiro, foi inaugurada em 2015.
Além de manipular produtos com extratos vegetais de plantas, ervas e flores brasileiras, Coxito importava produtos da Europa. Logo se tornou uma das fornecedoras oficiais da Corte e recebeu de Dom Pedro II em 1880 o título de farmácia oficial da família real brasileira. Somente em 1917 é aberta a primeira filial da Granado, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro.
A morte de Coxito Granado, em 1935, e a de seu irmão João Bernardo em 1943, aliada ao período pós-guerra, com a chegada de multinacionais químicas no Brasil, acabaram tirando a competitividade de vários produtos da Granado.
A fabricação do tradicional polvilho antisséptico Granado não foi suficiente para evitar perdas no mercado. A fórmula do produto mais antigo e carro-chefe da empresa foi criada em 1903, por João Bernardo Granado, irmão de Coxito. Em 1994, desanimado pelas perdas, o dono, Carlos Granado Vieira de Castro, neto do fundador, contratou o consultor Christopher John Ogle Freeman para encontrar um comprador para a empresa. Freeman gostou do que viu. Gostou tanto que comprou ele mesmo a Casa Granado. Sua receita de R$ 10 milhões de 1994 foi multiplicada várias vezes.
Ao assumir a empresa, Freeman decidiu se dedicar à fabricação de produtos. Em 1998, adquiriu em parceria com a Sara Lee, a fábrica da Phebo em Belém, cujo sabonete foi criado em 1930. A Perfumaria Phebo havia sido comprada pela Procter & Gamble quando de sua aterrissagem no Brasil, em 1987. Em 2004, a Granado fica em definitivo com a marca Phebo, quando a Sara Lee se retirou do segmento de cuidados pessoais. Já contava nessa época com a ajuda de sua filha Sissi, hoje diretora e marketing e vendas da Granado. Ela havia voltado de uma temporada de estudos nos Estados Unidos, onde trabalhara em pequenas fábricas de cosméticos. Replicaram então, com sucesso, espaços das antigas boticas para a abertura de novas lojas.
A empresa também investiu na modernização da planta do RJ, em uma nova fábrica e um novo centro de distribuição em Japeri (RJ). Em 2012 são lançados os esmaltes Pink Granado e a linha de maquiagem Phebo.
Entre abril e junho de 2013, a empresa faz uma (boa) experiência internacional. O estande da Granado e da Phebo na luxuosa loja de departamentos parisiense Le Bon Marché, que pertence ao grupo LVMH, era para ser temporário e funcionaria apenas durante a operação comercial "Le Brésil Rive Gauche". Mas diante do resultado positivo, bem acima das previsões iniciais de vendas feitas pela loja francesa, as duas marcas brasileiras de cosméticos conquistaram espaço permanente em Paris, a capital mundial da perfumaria.
A Granado termina 2015 com uma linha de mais de 800 produtos e chega a 45 lojas próprias. Várias delas no Rio de Janeiro mas já está presente em São Paulo, Belém, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e outras. A fábrica em Japeri, no Estado do Rio de Janeiro, foi inaugurada em 2015.
Em 2016, a Granado compra 35% das ações da Puig, empresa espanhola que detém marcas como Carolina Herrera e Paco Rabanne.
No final de 2017, abre uma loja Rive Gauche, em Paris. A empresa ainda tem no portfólio o polvilho antisséptico em pó (cujo registro foi aprovado pelo médico Oswaldo Cruz em 1903). Adicionou também sabonetes, fragrâncias, esmaltes, hidratantes e maquiagem. Mais recentemente, a empresa apostou em novos nichos, como perfumes e utensílios domésticos, e lançou uma linha pet.
No final de 2021 a Granado lançou o perfume Époque Tropical, com grande sucesso.
Uma nova loja em Lisboa, está prevista para o final de outubro de 2022. A sucursal portuguesa vai juntar-se às outras três unidades na Europa, todas em Paris, onde está instalado o centro de distribuição internacional. A empresa também está presente em lojas de departamento na França, Inglaterra e se prepara para chegar à Bélgica. As vendas internacionais ainda são tímidas, representando cerca de 1%.
Braço direito do pai, Sissi Freeman é responsável pelo reposicionamento da Granado, ampliando o portfólio sem perder de vista os valores da marca. Desde a inauguração da primeira loja-conceito, em 2006, no centro do Rio de Janeiro, os empresários aumentaram o ritmo gradativamente e encerram 2022 com 90 unidades no país, cinco delas dedicadas à marca Phebo. O varejo é uma pequena parte da receita. Cerca de 70% da receita da Granado vem do atacado. Sissi Freeman, é também head de vendas e marketing da Granado.
A Granado terminou 2023 com vendas líquidas de R$ 1,4 bilhão.
(Fonte: jornal Valor 17.05.2011 / jornal Valor online 05.05.2014 / revista Exame 16.03.2016 / Valor - 18.09.2022 - partes)
3 comentários:
Muito legal, de ler histórias e origem de tais marcas quando tudo começou, gosto muito...
Parabêns, por postar no site marcas interessantes e fazem parte do nosso cotidiano...
Muito triste saber que uma marca tradicionalmente do Brasil, ainda que criada por um português, hoje esteja em mãos estrangeiras. Uma pena, adoro os produtos Granado, principalmente os esmaltes, que são de excelente qualidade, mas ficaria mais feliz ainda de consumir se estivesse comprando um produto 100% nacional, com a empresa controlada pelos decendentes do Calixto Granado.
A Granado não está em mãos estrangeiras. Sou profissional de TI da empresa e posso afirmar que o dono é inglês, mas a empresa continua sendo 100% brasileira, 100% produção nacional. Entretanto, hoje com mais de 20 lojas no Brasil, também já vendemos os produtos das fábricas do Rio e de Belém em outros países, como França.
Postar um comentário