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4 de out. de 2011

Renault

          Em 30 de março de 1899 nascia a Renault Frères, em  Bill au Court, França, com um capital de 60 mil francos, onde o jovem Louis Renault, de 22 anos, transformara-se mecânico em dois anos. Nesta sociedade, juntou-se a seu irmão Marcel.
          Em 1925, 27 anos depois de sua fundação, a Renault assumiu como representação de sua marca losango que lembra um diamante; a intenção é remeter à sofisticação; antes disso, ela usava como logo as inicias de seus fundadores (Louis e Marcel Renault).
          Em 1990, a Renault e a sueca Volvo assinam um acordo de cooperação. Três anos mais tarde, em 6 de setembro de 1993, foi anunciada a fusão entre a Renault e a Volvo que aconteceria nos meses seguintes.
          Com isso, a Renault tirara da gaveta os planos para expandir sua tímida presença no Brasil. Desde 1991, a Renault estudava a viabilidade da implantação de uma fábrica no país, de olho num mercado com potencial para absorver 5 milhões de automóveis por ano. Juntas, Renault e Volvo tinham como prioridade barrar o avanço japonês em território europeu.
          O projeto de fusão, porém, fracassou. Em 17 de fevereiro de 1994, Volvo e Renault concordaram em terminar com a aliança estratégica que mantinham desde 1990. O acordo de cooperação perdeu o sentido depois do fracasso do projeto de fusão das duas montadoras.
          "É um divórcio entre pessoas educadas. Cada um volta ao que é seu, polidamente, sistematicamente, para recuperar sua liberdade", disse o ministro da Indústria da França, Gérard Longuet, que havia assinado o pacto de fusão em setembro de 1993. De seu lado, Soren Gyll, então presidente da Volvo e líder da revolta contra a fusão que levou à renúncia seu antecessor Pehr Gyllenhammar, disse: "Agora estamos livres para planejarmos nosso próprio futuro". O acordo de 17 de fevereiro (1994) dissolve um pacto de troca de ações assinado em 1990, pelo qual as duas empresas mantinham controle cruzado de parcelas significativas das suas subsidiárias.
          O fim da aliança significa que a Renault, "deixada no altar" quando um golpe da direção da Volvo acabou com a fusão longamente planejada, estaria pronta para a privatização, que o governo francês deveria fazer no segundo semestre de 1994.
          O acordo de 17 de fevereiro de 1994, dissolve um pacto de troca de ações assinado em 1990, pelo qual as duas empresas mantinham controle cruzado de parcelas significativas das suas subsidiárias. A Renault e a Volvo deveriam, contudo, continuar mantendo pequenas porcentagens de ações de cada empresa.
          A Renault disse que as companhias riram continuar intercambiando motores, mas outros acordos de cooperação seriam examinados. No primeiro estágio do divórcio, a Renault trocaria seus 25% na Volvo Car Corporation pelos 45% da Volvo na divisão de caminhões e ônibus da Renault.
          O enterro do piloto Ayrton Senna, em 5 de maio de 1994, provocou uma romaria de executivos do circo da fórmula 1 ao Brasil. Entre eles, havia um grupo da Renault, fabricante dos motores da Williams, a escuderia de Senna. O clima na cidade não poderia ser mais fúnebre. Mesmo assim, o vice-presidente da empresa, Patrick Faure, não evitou uma sonora gargalhada durante a visita ao seu representante no Brasil, Carlos Alberto Oliveira Andrade, presidente do grupo Caoa. A perguntar a Andrade como a Renault poderia fazer para ajudá-lo, recebeu uma resposta à queima-roupa: "Fazer uma fábrica aqui". Depois de rir muito, Faure prometeu estudar o assunto. O francês passou a acompanhar com mais atenção o desempenho da Renault no Brasil. Pouco mais de um ano após a conversa entre Faure e Andrade, a Renault anunciou, em agosto de 1995, um investimento de 1 bilhão de dólares para a instalação de uma fábrica no Brasil, a primeira no setor automobilístico em quase duas décadas. A localização da fábrica, naquele momento, ainda não estava decidida, segundo Manuel Gomez, diretor de negócios internacionais da Renault. Mais tarde, a cidade escolhida foi São José dos Pinhais, no Paraná.
(Fonte; revista Exame: 29.09.1993 / Folha de S.Paulo 18.02.1994 / Exame - 16.08.1995 - partes)


English version:   
     Like other auto manufacturers that are still around today, such as Ford and Fiat, the Renault Corporation was created due to the initiative and genius of one man, Louis Renault. Louis was born in February 1877 and was the youngest of five children. His father made his fortune in the trade of fabrics and buttons and his mother was the daughter of wealthy merchants. Louis Renault had a passion for mechanics and new techniques at an early age that made him neglect his studies and spend most of his time in the workshop where Léon Serpollet used to build his racing steam cars.
     After his military service, Louis turned a De Dion-Bouon cycle into a four-wheeled small car equipped with one of his inventions: a universal jointed propeller shaft that included a three-gear box with reverse, with the third gear in direct drive. He patented this principle in 1899. This little car, soon to be named the Renault Type A, was the inspiration for Louis Renault to become an auto manufacturer when he won a bet with friends that it could drive up the slope of Lépic Street in Montmartre. Afterwards, he received twelve orders for the car.
     In 1905, Louis Renault went from a niche car maker to a mass producer with an order of 250 taxi cabs. In two years time, Renault had over 1,500 taxi cabs on the streets of Paris and exported a good number to London, New York, and Buenos Aires. Renault’s luxury cars, like the Type CB Coupé de Ville, were expensive for the average worker, so it was the taxis, buses, and commercial vehicles they produced that made the company the largest automaker in France.
     Today, Renault is a privately held company well known for numerous revolutionary designs, security technologies, and motor racing. It’s also Europe’s number one brand for cars and light commercial vehicles.
(Fonte: About.com Guides - By Tony and Michele Hamer)

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