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4 de out. de 2011

Santista Têxtil

          A Santista Têxtil nasceu em 1929, na cidade de São Paulo,  com a denominação de Fábrica de Tecidos Tatuapé S.A., mesmo nome do bairro onde inicialmente foi instalada, como produtora de tecidos de algodão e sacos para farinha de sua controladora a S.A. Moinho Santista (grupo Bunge).           Nas décadas seguintes diversificou-se e cresceu, dando origem à Santista Têxtil, caracterizando-se pelo pioneirismo e inovação constantes, como o lançamento de lãs para tricô (1935), a produção e exportação de casimiras, os primeiros lençóis confeccionados (em 1952) e a produção de tecidos especiais para roupas profissionais (Solasol e Tapé - 1956). A partir de 1975 passou a produzir Denim (indigo).
          Em 1994, a Santista se concentrou em Jeanswear e Workwear e fundiu suas operações de Denim e brins com as da São Paulo Alpargatas, vendendo as outras áreas e abrindo seu capital na Bovespa  (Bolsa de Valores de São Paulo). Partindo para aquisições, no ano seguinte comprou a Grafa (Argentina), e em 1999 adquiriu a Machasa (Chile), tornando-se a primeira multinacional têxtil brasileira.
          O conglomerado Camargo Corrêa comprou a empresa gradualmente. O primeiro investimento foi em 1994. Ele comprou mais ações através de sua unidade na época, a Alpargatas e por volta de 2003, assumiu a empresa.
          Em fins de 2002, uma queda-de-braço envolvia o grupo Bunge e a Camargo Corrêa, donos, cada um, de 45% das ações da Santista. O Bunge tinha planos de expansão na Santista (que era administrada por profissionais do Bunge) e já tinha feito oferta para comprar as ações da Camargo, que, por sua vez, tinha uma visão mais conservadora do negócio.
          Em 2004, a Santista adquiriu a Companhia Jauense Industrial, incorporando em 2005 sua linha de produção às outras fábricas.
          Em março de 2006, a espanhola Tavex Algodonera passa a controlar a Santista, desde que realizou a fusão com os sócios da empresa brasileira, a Alpargatas e a Camargo Corrêa. Essas empresas passaram a deter 59% do capital da companhia espanhola. Com a fusão, criou-se a maior fabricante de denim do planeta.
          Em meados de 2007, a Tavex confirma uma decisão nada alvissareira para o mercado de capitais brasileiro: o fechamento de capital de sua controlada Santista Têxtil, um dos bons participantes do setor têxtil na BM&FBovespa.
          Em 2015, a Camargo Corrêa extingue a fusão com a Tavex e volta a comandar sozinha a Santista.
          Considerando dados de setembro de 2018, a Santista possuía 3.000 funcionários e três fábricas no Brasil e Argentina.
          Em meados de setembro de 2018, a Mover Participações, nova denominação da Camargo Corrêa S.A., vende a Santista Têxtil para o grupo mexicano Siete Leguas. A negociação envolveu as operações da Santista no Brasil e Argentina. A unidade Brasileira, Santista Work Solutions, fabrica denim e brim para jeans, assim como vestuário de trabalho. A subsidiária argentina é chamada Mundo Textil Mag. O contrato foi assinado em 18 de dezembro.
          Em 7 de dezembro de 2020, dois anos após a Camargo Corrêa ter vendido a Santista Têxtil para os mexicanos da Siete Leguas, um grupo de investidores brasileiros reunidos na GBPK Investimentos divulga a comprou da Santista Têxtil. As partes não informam o valor da transação, concluída três dias antes, mas o jornal Valor apurou que soma cerca de R$ 300 milhões. O montante inclui a aquisição de 100% das ações no Brasil e na Argentina e assunção de dívidas. O prazo de pagamento vai até 2025.
A operação foi conduzida pelo presidente da Santista Têxtil, Gilberto Stocche, após ter sido comunicado em junho pelos controladores que, por conta da crise gerada com a pandemia, iriam se desfazer dos negócios nos dois países. Foram apenas três meses para buscar sócios, manter a empresa de pé, num período de negócios em marcha lenta, e estruturar uma proposta para a Siete Leguas. O executivo e o irmão de Gilberto, o advogado André Stocche, da Stocche Forbes Advogados, especialista em fusões e aquisições, montaram um “pool” com os 21 investidores, todos pessoas físicas. Criada em 2020 especificamente para a transação, a holding GBPK reúne 21 investidores locais e, nos próximos três anos, planeja investir R$ 90 milhões na companhia.
(Fonte: Relatório Anual - Annual Report 2005 / jornal Valor online - 13.06.2007 / 24.10.2018 / 1bilhao.com - 07.12.2020 - partes)

English version:
          Santista Têxtil was founded in 1929 in the city of São Paulo as a producer os cotton fabric and flour sacks for the company that controlled it, S.A. Moinho Santista (Bunge group). During the decades that followed it diversified and grew, defining itself through pioneering spirit and constant innovations, such launching its line of knitting wool yarns (1935), the production and export of fine worsted, the first factory-made sheets (in 1952) and the production of special fabrics for professional clothing (Solasol and Tapé - 1956). The company has produced Denim since 1975 (indigo).
          In 1994, Santista dedicated itself to Jeanswear and Workwear and merged its operations in Denim and twills with São Paulo Alpargatas, selling off other operations and floating the company on the São Paulo Stock Exchange (Bovespa). The following year it acquired Grafa (Argentina), in 1999 Machasa (Chile) was acquired and the company became the first Brazilian textile multinational. In 2004, Companhia Jauense Industrial was bought and in 2005 its product lines were expanded into other Santista factories.
          Santista belongs today to the Mexican group Siete Leguas.
(Fonte: Relatório Anual - Annual Report 2005)

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