Em 1938, a paulistana Lacta lançou o bombom Sonho de Valsa. Tinha embalagem vermelha e o desenho de um violino. Em 1942, o bombom ganhou a cor rosa e o desenho de um casal, em traje de gala, dançando valsa. Nas abas, notas musicais de Johann Strauss Jr, o compositor da famosa Danúbio Azul. Tirando mudanças sutis, a embalagem ficou assim até 2003, quando a empresa então em poder da americana Kraft Foods, hoje Mondelez (vide origem das marcas Kraft e Mondelez neste blog), decidiu lançar o Sonho de Valsa branco e em 2004 o sonho de Valsa Mais, uma barrinha com três bombons.
Por volta de junho de 2022, o tradicional Sonho de Valsa deixou de ser um bombom. Foi quando o produto
passou a ser um “biscoito wafer”. Ele foi reclassificado fiscalmente, o que permitiu que a
fabricante Mondelez pagasse
menos impostos. Quando o Sonho de Valsa era considerado
um produto de chocolate, a
Mondelez tinha de pagar
3,25% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – até
2022, a alíquota era ainda
maior, de 5%. Ao transformá-lo em um wafer – e, portanto,
em um item de padaria –, a multinacional americana não precisa mais pagar o IPI.
(Fonte: jornal O Estado de S.Paulo – 07.03.2005 / 25.06.2023 - partes)
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