A Cia. Cacique de Café Solúvel foi criada em 17 de outubro de 1959 por Horácio Sabino Coimbra em Londrina, Paraná, onde até hoje tem sua sede. Alguns anos antes, Horácio Coimbra havia comprado a Cia. Cacique de Armazéns Gerais com o intuito de armazenar a produção agrícola que o banco de sua propriedade financiava. Resolveu então usar o mesmo nome, Cacique, e a imagem do índio, na empresa de café que acabara de criar.
A história da Cia. Cacique se mistura um pouco com a própria história do café solúvel no Brasil. Sua criação no final da década de 1950 ia de encontro ao objetivo de aproveitar o excedente de café do governo brasileiro que foi colocado à disposição de quem criasse empresas de café solúvel - segmento em que a Nestlé reinava sozinha com seu Nescafé, criado em 1938. Outras poucas empresas surgiram dentro desse cenário, tais como Iguaçu e Real. Promessas de subsídio não foram levadas a cabo como esperado e algumas ficaram pelo caminho. Outras seguiram adiante. A Cacique, por exemplo, já em 1966, fez sua primeira exportação, justamente para os Estados Unidos, que tanto tentaram impedir que o Brasil tivesse suas próprias fábricas de processamento.
Em 1970, a Cia. Cacique, já então uma importante exportadora brasileira de café, dá um passo importante para sua consolidação. Foi quando promoveu a assinatura do contrato com o atleta Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, então em seus anos áureos no Santos F.C. e na Seleção Brasileira, para a criação do Café Pelé (vide origem da marca Café Pelé neste blog), que logo ganhou o mundo, sendo distribuído para mais de 50 países.
Em meados de 2014, uma notícia nada alvissareira chega ao mercado. A Cia. Cacique de Café Solúvel resolve fechar o capital na BM&FBovespa, a bolsa brasileira. Se por uma lado sua liquidez era baixa, com poucos negócios realizados no dia-a-dia do pregão e, com isso, tinha uma participação inexpressiva, por outro lado, sua saída da bolsa, independente dos motivos, traz a lume um grande paradoxo: no país tropical que por tanto tempo teve o café como principal produto de exportação e com forte mercado interno, vê-se o fechamento de capital de uma das poucas participantes do setor. E, cabe ressaltar, que a Companhia Iguaçu de Café Solúvel, quase que concomitantemente, seguiu o mesmo caminho. Também fechou o capital.
A Cia. Cacique também produz para terceiros, com outras marcas. Um exemplo é o café solúvel fabricado para a rede de supermercados Dia%.
Uma unidade produtora de café solúvel fica localizada em Londrina e, em dezembro de 2018 foi definido investimento para a construção de uma segunda unidade em Linhares (ES).
Em 23 de janeiro de 2017, a Jacobs Douwe Egberts (JDE), adquire no Brasil, o portfólio de marcas locais da Companhia Cacique, entre elas Pelé, Graníssimo e Tropical. Essa aquisição complementará o portfólio da JDE Brasil e fortalecerá a sua liderança em regiões estratégicas no país. Segundo a companhia, em comunicado, a iniciativa representa "um importante passo à medida que continua a trabalhar para atender às preferências e aos gostos dos consumidores brasileiros e atuar de acordo com a sua crença de que "todos merecem ter o café que amam".
A história da Cia. Cacique se mistura um pouco com a própria história do café solúvel no Brasil. Sua criação no final da década de 1950 ia de encontro ao objetivo de aproveitar o excedente de café do governo brasileiro que foi colocado à disposição de quem criasse empresas de café solúvel - segmento em que a Nestlé reinava sozinha com seu Nescafé, criado em 1938. Outras poucas empresas surgiram dentro desse cenário, tais como Iguaçu e Real. Promessas de subsídio não foram levadas a cabo como esperado e algumas ficaram pelo caminho. Outras seguiram adiante. A Cacique, por exemplo, já em 1966, fez sua primeira exportação, justamente para os Estados Unidos, que tanto tentaram impedir que o Brasil tivesse suas próprias fábricas de processamento.
Em 1970, a Cia. Cacique, já então uma importante exportadora brasileira de café, dá um passo importante para sua consolidação. Foi quando promoveu a assinatura do contrato com o atleta Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, então em seus anos áureos no Santos F.C. e na Seleção Brasileira, para a criação do Café Pelé (vide origem da marca Café Pelé neste blog), que logo ganhou o mundo, sendo distribuído para mais de 50 países.
Em meados de 2014, uma notícia nada alvissareira chega ao mercado. A Cia. Cacique de Café Solúvel resolve fechar o capital na BM&FBovespa, a bolsa brasileira. Se por uma lado sua liquidez era baixa, com poucos negócios realizados no dia-a-dia do pregão e, com isso, tinha uma participação inexpressiva, por outro lado, sua saída da bolsa, independente dos motivos, traz a lume um grande paradoxo: no país tropical que por tanto tempo teve o café como principal produto de exportação e com forte mercado interno, vê-se o fechamento de capital de uma das poucas participantes do setor. E, cabe ressaltar, que a Companhia Iguaçu de Café Solúvel, quase que concomitantemente, seguiu o mesmo caminho. Também fechou o capital.
A Cia. Cacique também produz para terceiros, com outras marcas. Um exemplo é o café solúvel fabricado para a rede de supermercados Dia%.
Uma unidade produtora de café solúvel fica localizada em Londrina e, em dezembro de 2018 foi definido investimento para a construção de uma segunda unidade em Linhares (ES).
Em 23 de janeiro de 2017, a Jacobs Douwe Egberts (JDE), adquire no Brasil, o portfólio de marcas locais da Companhia Cacique, entre elas Pelé, Graníssimo e Tropical. Essa aquisição complementará o portfólio da JDE Brasil e fortalecerá a sua liderança em regiões estratégicas no país. Segundo a companhia, em comunicado, a iniciativa representa "um importante passo à medida que continua a trabalhar para atender às preferências e aos gostos dos consumidores brasileiros e atuar de acordo com a sua crença de que "todos merecem ter o café que amam".
A Cia. Cacique é a maior exportadora brasileira de café solúvel, com mais de 50 anos de experiência e conhecimento no segmento de café. Seus produtos são hoje exportados para mais de 70 países nos 5 continentes. A partir desta transação a Cacique poderá concentrar seus esforços em seu principal negócio, o café solúvel, que não entrou no negócio com a JDE.
A Cacique abriu sua segunda fábrica em 2021 no Espírito Santo, o estado brasileiro que mais produz grãos robusta, a variedade amplamente utilizada para fazer café instantâneo.
A Cacique é uma grande processadora de café independente com cerca de 1.000 funcionários no Brasil, onde produz café instantâneo em duas fábricas para exportação para cerca de 70 países.
Em 26 de março de 2026, a empresa de comercialização de commodities Louis Dreyfus Company (LDC) assinou um acordo vinculante para adquirir 100% da brasileira Companhia Cacique de Café Solúvel (Cacique). Os termos financeiros do negócio, que está sujeito a aprovações regulatórias, não foram divulgados. A aquisição da Cacique expandirá o negócio de café solúvel da LDC, que entrou nesse mercado no ano passado por meio de uma joint venture no Vietnã, o maior produtor mundial de grãos robusta.(Fonte: Jornal do Comércio (RS) - 23.01.2017 / Forbes Brasil - 26.03.2024 - partes)
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