A PricewaterhouseCoopers, também chamada de PwC, é uma das maiores prestadoras de serviços profissionais do mundo nas áreas de auditoria, consultoria e outros serviços acessórios para todo tipo de empresas e no mundo inteiro.
Hoje, a empresa é resultado da junção de pelo menos cinco ou seis empresas. Por isso, precisamos olhar essa evolução conforme descrito nos parágrafos seguintes.
Em 1849, Samuel Lowell Price cria a Price em Londres. Cinco anos mais tarde, em 1854, William Cooper inicia sua firma, (também) em Londres, que em 1861 é transformada em Coopers Brothers. Mais ou menos nessa época, 1865, Samuel Lowell Price associa-se com Holyland e Waterhouse (formando a Price Waterhouse)
No outro lado do Atlântico, nos EUA, em 1898 é criada a Lybrand, Ross Bros. & Montgomery e, só como Lybrand, se une à Coopers em 1957, formando a Coopers & Lybrand.
No Brasil, durante um curto espaço de tempo, PwC e KPMG atuaram juntas. A KPMG aportou no Brasil em 1915, no Rio de Janeiro, quando sir William Barclay Peat chegou para assessorar seus clientes que faziam investimentos na América Latina e firmou seu primeiro acordo de parceria para operar na região. Naquele mesmo ano (1915), as duas principais firmas de auditoria da Inglaterra, Price Waterhouse & Co. (PW) e Peat Marwick Mitchell & Co. (PMM) criaram a firma Price Waterhouse Peat & Co. (PWP) para cuidar das subsidiárias dos clientes ingleses na América do Sul, principalmente no Brasil e na Argentina. De pequena origem no Rio de Janeiro e em São Paulo, a PWP cresceu junto com a industrialização do Brasil e alcançou uma privilegiada posição no país. Internacionalmente, a PW e a PMM eram as principais firmas no segmento (e entre os concorrentes). Por pressão legislativa nos Estados Unidos de demandas do mercado, concluíram que precisavam separar as operações conjuntas na América do Sul. A separação no Brasil foi amigável e coordenada. Três dos sócios da PWP, Dickran Derian, Carl Chatwin e James King assumiram a responsabilidade de fundar a Peat and Marwick Mitchell & Co. Os clientes originais eram as subsidiárias brasileiras dos clientes da PMM internacionalmente.
A Price Waterhouse se expande e em 1982 passa a ser uma empresa mundial. Em 1990, funde-se com a Deloitte Haskins & Sells somente em alguns países.
Em 1998 acontece a fusão mundial da Price Waterhouse com Coopers & Lybrand. Surge a PricewaterhouseCoopers.
Em 2010, a PricewaterhouseCoopers muda a sua marca e passa a se chamar PwC.
Em 2014 é feita uma fusão com a Booz & Company, que se uniu ao network global da PwC com a nova marca Strategy &
A PwC chegou na América do Sul em 1913 e, no Brasil, aportou em 1915, com a abertura de escritório no Rio de Janeiro. Sua sede fica em Nova York, EUA.
Na primeira fase de atuação no Brasil, até os anos 1950, a atividade da PwC Brasil foi marcada pela prestação de serviços a companhias internacionais. Só no final dos anos 1950 e início de 1960 foi aberto o caminho para a conquista de clientes nacionais e a firma passou a ter um desempenho mais consistente no mercado brasileiro. Os primeiros grandes clientes foram as estatais Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal (CEF) e algumas subsidiárias da Companhia Vale do Rio Doce.
Já por volta dos anos 1970, transformações no ambiente legislativo possibilitaram a expansão dos negócios da firma no Brasil. Foram elas: a criação do Conselho Monetário Nacional (CMN), em 1968, e, mais recentemente, em 1976, o estabelecimento da Lei das Sociedades Anônimas e a criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com novos instrumentos financeiros, que obrigavam a auditoria de todas as empresas de capital aberto no Brasil, o país se aproximou da realidade do mercado dos países mais desenvolvidos e o nicho mercadológico para os serviços da PwC no país foi definitivamente criado.
No final dos anos 1970 e início de 1980, a companhia consolidou sua participação no mercado de companhias privadas nacionais e criou uma estrutura direcionada aos novos clientes do setor financeiro, que incluíam os maiores bancos privados e estatais do país.
Nos anos 1990, as privatizações abriram ainda mais o já amplo espaço para a atividade profissional da PwC Brasil. A firma participou de projetos relevantes de auditoria de companhias e instituições do Estado e de processos licitatórios. Essa experiência garantiu à PwC Brasil credibilidade ímpar para intensificar ainda mais sua atividade em território nacional.
Os primeiros anos no século XXI foram marcados por uma forte transformação na economia brasileira, com a expansão da indústria como um todo e de setores específicos, como agronegócio e petróleo e gás. A PwC continua atenta à conjuntura nacional e se mantém presente para auxiliar as companhias brasileiras a aproveitarem de forma consistente o ciclo virtuoso da economia nacional.
Em 2002, a PwC vende sua divisão de consultoria para a IBM, então na gestão de Samuel Palmisano, por 3,5 bilhões de dólares. A ideia da PricewaterhouseCoopers de concentrar os serviços de consultoria numa empresa independente, veio pouco tempo depois de, em 2001, o envolvimento no escândalo da Enron ter colocado sob suspeita a credibilidade das empresas que ofereciam consultoria e auditoria, tornando importante a separação dessas operações.
(Fonte: site da empresa PwC / site da KPMG / Exame - 26.11.2003 - partes)
English version:
PricewaterhouseCoopers (trading as PwC) is a multinational professional services network. It is the largest professional services firm in the world, and is one of the Big Four auditors, along with Deloitte, EY and KPMG. Vault Accounting 50 has ranked PwC as the most prestigious accounting firm in the world for seven consecutive years, as well as the top firm to work for in North America for three consecutive years.
PwC is a network of firms in 157 countries, 756 locations, with more than 208,100 people. It had total revenues of US 35,4 billion in FY 2015, of which US$ 15.2 billion was generated by the Assurance practice, US$ 8.9 billion by its Tax practice and US$ 11.3 billion by its Advisory practice.
The firm was formed in 1998 by a merger between Coopers & Lybrand and Price Waterhouse. The trading name was shortened to PwC in September 2010 as part of a rebranding.
(Fonte: Wikipedia)
Hoje, a empresa é resultado da junção de pelo menos cinco ou seis empresas. Por isso, precisamos olhar essa evolução conforme descrito nos parágrafos seguintes.
Em 1849, Samuel Lowell Price cria a Price em Londres. Cinco anos mais tarde, em 1854, William Cooper inicia sua firma, (também) em Londres, que em 1861 é transformada em Coopers Brothers. Mais ou menos nessa época, 1865, Samuel Lowell Price associa-se com Holyland e Waterhouse (formando a Price Waterhouse)
No outro lado do Atlântico, nos EUA, em 1898 é criada a Lybrand, Ross Bros. & Montgomery e, só como Lybrand, se une à Coopers em 1957, formando a Coopers & Lybrand.
No Brasil, durante um curto espaço de tempo, PwC e KPMG atuaram juntas. A KPMG aportou no Brasil em 1915, no Rio de Janeiro, quando sir William Barclay Peat chegou para assessorar seus clientes que faziam investimentos na América Latina e firmou seu primeiro acordo de parceria para operar na região. Naquele mesmo ano (1915), as duas principais firmas de auditoria da Inglaterra, Price Waterhouse & Co. (PW) e Peat Marwick Mitchell & Co. (PMM) criaram a firma Price Waterhouse Peat & Co. (PWP) para cuidar das subsidiárias dos clientes ingleses na América do Sul, principalmente no Brasil e na Argentina. De pequena origem no Rio de Janeiro e em São Paulo, a PWP cresceu junto com a industrialização do Brasil e alcançou uma privilegiada posição no país. Internacionalmente, a PW e a PMM eram as principais firmas no segmento (e entre os concorrentes). Por pressão legislativa nos Estados Unidos de demandas do mercado, concluíram que precisavam separar as operações conjuntas na América do Sul. A separação no Brasil foi amigável e coordenada. Três dos sócios da PWP, Dickran Derian, Carl Chatwin e James King assumiram a responsabilidade de fundar a Peat and Marwick Mitchell & Co. Os clientes originais eram as subsidiárias brasileiras dos clientes da PMM internacionalmente.
A Price Waterhouse se expande e em 1982 passa a ser uma empresa mundial. Em 1990, funde-se com a Deloitte Haskins & Sells somente em alguns países.
Em 1998 acontece a fusão mundial da Price Waterhouse com Coopers & Lybrand. Surge a PricewaterhouseCoopers.
Em 2010, a PricewaterhouseCoopers muda a sua marca e passa a se chamar PwC.
Em 2014 é feita uma fusão com a Booz & Company, que se uniu ao network global da PwC com a nova marca Strategy &
A PwC chegou na América do Sul em 1913 e, no Brasil, aportou em 1915, com a abertura de escritório no Rio de Janeiro. Sua sede fica em Nova York, EUA.
Na primeira fase de atuação no Brasil, até os anos 1950, a atividade da PwC Brasil foi marcada pela prestação de serviços a companhias internacionais. Só no final dos anos 1950 e início de 1960 foi aberto o caminho para a conquista de clientes nacionais e a firma passou a ter um desempenho mais consistente no mercado brasileiro. Os primeiros grandes clientes foram as estatais Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal (CEF) e algumas subsidiárias da Companhia Vale do Rio Doce.
Já por volta dos anos 1970, transformações no ambiente legislativo possibilitaram a expansão dos negócios da firma no Brasil. Foram elas: a criação do Conselho Monetário Nacional (CMN), em 1968, e, mais recentemente, em 1976, o estabelecimento da Lei das Sociedades Anônimas e a criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com novos instrumentos financeiros, que obrigavam a auditoria de todas as empresas de capital aberto no Brasil, o país se aproximou da realidade do mercado dos países mais desenvolvidos e o nicho mercadológico para os serviços da PwC no país foi definitivamente criado.
No final dos anos 1970 e início de 1980, a companhia consolidou sua participação no mercado de companhias privadas nacionais e criou uma estrutura direcionada aos novos clientes do setor financeiro, que incluíam os maiores bancos privados e estatais do país.
Nos anos 1990, as privatizações abriram ainda mais o já amplo espaço para a atividade profissional da PwC Brasil. A firma participou de projetos relevantes de auditoria de companhias e instituições do Estado e de processos licitatórios. Essa experiência garantiu à PwC Brasil credibilidade ímpar para intensificar ainda mais sua atividade em território nacional.
Os primeiros anos no século XXI foram marcados por uma forte transformação na economia brasileira, com a expansão da indústria como um todo e de setores específicos, como agronegócio e petróleo e gás. A PwC continua atenta à conjuntura nacional e se mantém presente para auxiliar as companhias brasileiras a aproveitarem de forma consistente o ciclo virtuoso da economia nacional.
Em 2002, a PwC vende sua divisão de consultoria para a IBM, então na gestão de Samuel Palmisano, por 3,5 bilhões de dólares. A ideia da PricewaterhouseCoopers de concentrar os serviços de consultoria numa empresa independente, veio pouco tempo depois de, em 2001, o envolvimento no escândalo da Enron ter colocado sob suspeita a credibilidade das empresas que ofereciam consultoria e auditoria, tornando importante a separação dessas operações.
(Fonte: site da empresa PwC / site da KPMG / Exame - 26.11.2003 - partes)
English version:
PricewaterhouseCoopers (trading as PwC) is a multinational professional services network. It is the largest professional services firm in the world, and is one of the Big Four auditors, along with Deloitte, EY and KPMG. Vault Accounting 50 has ranked PwC as the most prestigious accounting firm in the world for seven consecutive years, as well as the top firm to work for in North America for three consecutive years.
PwC is a network of firms in 157 countries, 756 locations, with more than 208,100 people. It had total revenues of US 35,4 billion in FY 2015, of which US$ 15.2 billion was generated by the Assurance practice, US$ 8.9 billion by its Tax practice and US$ 11.3 billion by its Advisory practice.
The firm was formed in 1998 by a merger between Coopers & Lybrand and Price Waterhouse. The trading name was shortened to PwC in September 2010 as part of a rebranding.
(Fonte: Wikipedia)
8 comentários:
Caro Sr. Olney Garcia Barros.
Conforme é possível ver no texto da marca KPMG, no blog "Origemdasmarcas", essa empresa também tem data de chegada no Brasil em 1915, no Rio de Janeiro. E, a KPMG registra que fez (em 1915) o primeiro acordo para operar por aqui, mas não está claro, se esse acordo teria sido com os precursores da PwC. De qualquer modo, conforme pode ser visto nos dois parágrafos abaixo que acessamos no texto da KPMG, "Peat", "Marwick" e "Mitchell", que fazem parte da razão social por você mencionada, são nomes dos formadores da KPMG. Portanto, há boas chances de, em 1915, ter havido um acordo entre as duas auditorias.
Parágrafos acessados na marca KPMG, em www.origemdasmarcas.blogspot.com:
KPMG - Em 1911, William Barclay Peat & Co. e Marwick Mitchell & Co. uniram forças para formar o que mais tarde seria conhecida como Peat Marwick International (PMI), uma rede internacional de firmas de auditoria e consultoria.
No Brasil, a KPMG aportou em 1915, no Rio de Janeiro, quando William Barclay Peat firmou seu primeiro acordo de parceria para operar na América Latina.
É estranho não haver referência à Peat, Marwick Mitchell & Company como origem das marcas da atual Price Waterhouse Coopers Ltda porque quando trabalhei na Price Waterhouse, Peat & Company de 15 de outubro de 1973 a 5 de novembro de 1975 no escritório Avenida Rio Branco, 138, Centro, Rio de Janeiro RJ - fui admitido no cargo de Assistente de Auditoria B, fui promovido a Assistente de Auditoria A, aos 1 de maio de 1974 e a Sênior de Auditoria C, aos 1 de novembro de 1974, esta foi e continua sendo a melhor empresa com quem trabalhei até hoje, tanto como funcionário das empresas contratantes dos seus serviços durante 5 (cinco) anos e 5 (cinco) meses quanto como seu funcionário durante 2 (dois) anos e 1 (hum) mês - no 16.º andar o dos sócios, havia uma placa cromada com as denominações sociais: Price Waterhouse & Co. and Peat, Marwick Mitchell & Co.
Caro Olney
Imaginamos que agora está clara a origem do conteúdo da placa a que o senhor se refere.
Vide abaixo complemento do texto que foi adicionado em PwC PricewaterhouseCoopers.
No Brasil, a KPMG aportou em 1915, no Rio de Janeiro, quando sir William Barclay Peat chegou para assessorar seus clientes que faziam investimentos na América Latina e firmou seu primeiro acordo de parceria para operar na região.
Em 1915, mesmo ano da chegada ao Brasil, as duas principais firmas de auditoria da Inglaterra, Price Waterhouse & Co. (PW) e Peat Marwick Mitchell & Co. (PMM) criaram a firma Price Waterhouse Peat & Co. (PWP) para cuidar das subsidiárias dos clientes ingleses na América do Sul, principalmente no Brasil e na Argentina.
De pequena origem no Rio de Janeiro e em São Paulo, a PWP cresceu junto com a industrialização do Brasil e alcançou uma privilegiada posição no país.
Internacionalmente, a PW e a PMM eram as principais firmas no segmento (e entre os concorrentes). Por pressão legislativa nos Estados Unidos de demandas do mercado, concluíram que precisavam separar as operações conjuntas na América do Sul.
A separação no Brasil foi amigável e coordenada. Três dos sócios da PWP, Dickran Derian, Carl Chatwin e James King assumiram a responsabilidade de fundar a Peat and Marwick Mitchell & Co. Os clientes originais eram as subsidiárias brasileiras dos clientes da PMM internacionalmente.
Parabéns e muito obrigado pela informação.
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