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6 de out. de 2011

Disney (Walt Disney Company)

          A Walt Disney Company, comumente conhecida simplesmente por Disney, foi fundada por Walt Disney e Roy O. Disney, em outubro de 1923, em Los Angeles, Califórnia. Sua sede fica em Burbank, Califórnia, EUA.
          Walt Disney ouviu o conselho de sua mulher, Lillian, e chamou seu ratinho de desenho de Mickey, em vez de Mortimer. A indústria do entretenimento nunca mais foi a mesma depois que Mickey e Minnie fizeram sua estreia em Steamboat Willie", em 1928.
          Em 1950, a editora Abril foi fundada com publicação no Brasil da revista em quadrinho do Pato Donald por Victor Civita. Era o início de um longevo relacionamento dos Civita com a Walt Disney nesse segmento. Depois foram lançadas as revistas Mickey, Tio Patinhas, Peninha e tantas outras.
          Em 1955, Walt Disney fundou o parque Disneyland, dizendo querer apresentar às famílias um sonho.
          Em 1984, a Disney contratou o executivo Michael Eisner, que deu um jeito na estagnação da empresa. Eisner expandiu o número de parques, abriu centenas de lojas e reviveu a divisão de filmes com sucessos como Aladim e O Rei Leão. Em vinte anos, de 1984 a 2004, o faturamento passou de 1,7 para 30 bilhões de dólares, o número de funcionários de 28.000 para 117.000 e o valor de mercado passou de 2,8 para 57 bilhões de dólares.
          Em 1994, a Disney colecionava um abalo após o outro. Não bastasse a operação de quatro pontes de safena no chairman Michael Eisner, veio a demissão de Jeffey Katzenberg, o talentoso executivo que reergueu os Estúdios Disney. Katzenberg, até então protegido e aliado de Eisner, decidiu limpar as gavetas por não ter conseguido o posto número 2 da companhia. Ou seja, o cargo de presidente, ocupado por Frank Wells, morto num acidente com helicóptero no início de 1994.
          No início de agosto de 1995, anunciada per Eisner, a Disney divulga a aquisição da ABC, a maior rede de TV dos Estados Unidos, por 19,1 bilhão de dólares. Foi a segunda maior fusão até então ocorrida no país.
          No final de 1996, Michael Ovitz provoca sua própria queda na Disney. Num movimento mal calculado, Ovitz, o mais brilhante recrutador de talentos dos Estados Unidos, deixou sua agência, a CAA, de maior cartaz em Hollywood, e foi trabalhar com outro Michael na Disney. Michael Eisner, que era a figura número 1 por lá e parecia não admitir rivais fortes por perto, negou-lhe qualquer missão importante. Ovitz não viu outra saída a não ser pedir demissão. 
          A partir de 1997 o desempenho da Disney passou a cair. Roy Disney, sobrinho do fundador da empresa, e outro ex-membro do conselho, Stanley Gold, justamente os responsáveis por sua contratação, em 1984, passaram a querer a saída de Eisner que, irritando a todos, disse que só sairia em 2006, término do contrato.
          Em dezembro de 2012, a Disney adquire, por 4 bilhões de dólares, a Lucasfilm, produtora da franquia Star Wars, campeoníssima de bilheteria e na venda de produtos licenciados.
          Em 14 de dezembro de 2017, o grupo Walt Disney anunciou a compra de parte da 21st Century Fox por US$ 52,4 bilhões assumindo também a dívida líquida de aproximadamente US$ 13,7 bilhões da Twenty-First Century Fox. A transação inclui os estúdios de cinema e TV, redes de entretenimento a cabo e empresas internacionais de TV do magnata Rupert Murdoch. Fox Broadcasting, Fox News, Fox Business, FS1, FS2 e Big Ten Network ficaram de fora da operação e continuam sob o controle de Murdoch. Já as franquias como X-Men, Avatar, Simpsons, além de canais como FX Networks e National Geographic, farão parte do portfólio da Disney.
          Em março de 2019, após muito vai e vem, se concretizou a fusão entre as duas empresas, colocando a Disney em posto ainda mais alto no entretenimento mundial. A fusão da Disney com a divisão de entretenimento da Fox teve diversos empecilhos no caminho, como conflitos de interesse entre os canais esportivos das duas empresas (ESPN e Fox Sports), que rendeu negociações separadas em cada país, incluindo o Brasil.
          A transação que seria de inicialmente US$ 52,4 bilhões ficou em US$ 71,3 bilhões. No total, a Disney passa a ter controle dos estúdios Fox de televisão e cinema, os canais FX, National Geographic e todos as suas subsidiárias internacionais, além de um terço do Hulu – a empresa do Mickey agora controla 60% do serviço de streaming, e visa aumentar ainda mais sua participação.
          A 21st Century Fox foi dissolvida, e a família Murdoch passa agora a controlar a Fox Corporation, que detém a Fox Broadcasting, Fox New e Fox Sports (essa apenas nos Estados Unidos). Em termos práticos, a Disney passa agora a ter direito sobre as propriedades intelectuais da Fox, como os X-Men, Quarteto Fantástico e Deadpool, que devem estar disponíveis no serviço de streaming da empresa.
          A Disney surgiu como uma empresa de animação e tornou-se um conglomerado de mídia que inclui produção de filmes, televisão e parques temáticos. É a maior empresa de entretenimento do mundo, com faturamento de 50 bilhões de dólares anuais, sem considerar a aquisição de parte da Fox em 2017. É também a maior licenciadora do planeta.
         Em junho de 2018, depois de 68 anos editando revistas em quadrinhos da Disney, que acompanharam gerações de brasileiros, a Abril para de publicá-las. Segundo comunicado do diretor de assinaturas Ricardo Perez, o encerramento da publicação foi resultado de uma "revisão estratégica do Grupo Abril".
          Gigante da mídia e do entretenimento, em 11 de abril de 2019, a empresa informa que a plataforma de vídeo em streaming Disney+ estará disponível a partir de 12 de novembro nos Estados Unidos a 6,99 dólares ao mês. A Disney+, que será lançada depois progressivamente na Europa, para mais tarde se estender a outras partes do mundo, proporá o catalogo das produções Disney, mas também da Pixar, a série Star Wars e Marvel e programas da National Geographic.
(Fonte: revista Exame - 14.09.1994 / 16.08.1995 / 01.01.1997 / 29.09.2004 / G1 - 14.12.2017 / jornal Folha de S.Paulo - 09.06.2018 / IstoÉDinheiro - 20.03.2019 / 11.04.2019 / Coletânea HSM Management - partes)

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