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5 de out. de 2011

Mabel

          Fundada em 1954, na cidade de Mococa, em São Paulo, o Grupo Mabel nasceu das mãos dos irmãos Nestore e Udélio Mabel. Imigrantes italianos formados em engenharia, eles começaram seu negócio produzindo fornos para padarias. Como um dos clientes não aparecia para buscar o forno encomendado, eles decidiram arriscar a fabricação de biscoitos. Deu tão certo que mudaram de atividade.
          Trinta anos depois, com a expansão dos negócios por todo o país, Nestore e Udélio decidiram dividir o grupo. Foi uma época de grande crescimento, com um único senão: a família perdeu o foco dos negócios. Passou a investir em tudo o que lhe parecia vantajoso. De repente, o Grupo Mabel, além dos biscoitos, abrigava uma gráfica, uma construtora, uma fábrica de produtos de limpeza e até uma agência de propaganda.
          Dividido desde 1984, o grupo foi reunificado em dezembro de 2001. Comandado por Sandro Mabel, filho de Udélio, a família deu-se conta que seu negócio era mesmo alimentos. O grupo foi enxugado, e foram mantidos apenas um moinho e uma fábrica de embalagens, considerados estratégicos para o negócio. Sandro Mabel foi eleito deputado federal por Goiás por quatro legislaturas.
          A Mabel inaugurou sua primeira fábrica em 1962, em Ribeirão Preto (SP), e o primeiro parque industrial, em Aparecida de Goiânia (GO), em 1975. Depois, vieram as fábricas do Rio de Janeiro (1989), Três Lagoas (MS), em 1998, Itaporanga D'Ajuda (SE), em 2000, e Araquari (SC), em 2004.
          Em janeiro de 2002, a sede foi transferida de Ribeirão Preto, para Aparecida de Goiânia. Nessa mesma época foram feitos investimentos para aumento de capacidade de produção da fábrica de Três Lagoas, divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo e uma nova fábrica em Santa Catarina (inaugurada em 2004).
          Mesmo que o executivo Sandro Mabel desconversasse, sobre a venda da empresa, por volta de 2001 chegou a contratar o Goldman Sachs para vendê-la e, desde 1999, o fundo de private equity do banco Icatu tinha participação de 40% na empresa.
          Foi em novembro de 2011 que a Mabel, detentora das marcas Mabel, Elbis, Kelly e Skiny (um de seus produtos mais famosos era o lanchinho Mirabel, um biscoito tipo wafer recheado) foi vendida para a norte-americana Pepsico, dona das marcas Pepsi-Cola, Elma Chips, Quaker, Toddy e Toddynho, por aproximadamente 800 milhões de reais. A Pepsico disputou a compra com as empresas multinacionais Bunge e Bimbo.
          A fábrica de Araquari, em Santa Catarina, foi fechada em 2013.
          A Pepsico deixou os biscoitos no Brasil em agosto de 2022, com a venda da Mabel para a Camil, por R$ 152 milhões. A Pepsico teria enfrentado prejuízos com o negócio e Alexandre Carreteiro, CEO da Pepsico Alimentos, disse que a lógica da venda é focar em segmentos de maior crescimento e onde a empresa seja líder ou vice-líder de mercado.
(Fonte: revista Forbes Brasil - 13.03.2002 / jornal O Estado de S.Paulo - 01.11.2011 / portal G1- 09.05.2012 / UOL - 20.08.2017 / Valor - 08.12.2022 - partes).

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