A cervejaria canadense Molson, foi fundada em 1786 por John Molson. No Brasil, os canadenses chegaram em 2000, quando desembolsaram 98 milhões de dólares para ficar com a Bavaria, então com aproximadamente 4,5% de market share, e mais cinco fábricas desmembradas da Ambev.
Em março de 2002 a Molson desembolsa 765 milhões de dólares pela brasileira Kaiser (vide origem da marca Kaiser neste blog). De imediato, a compra da Kaiser livra a Molson de uma intimidade incômoda. A Bavária, até então, dependia da distribuição da AmBev, uma obrigação imposta pelo Cade. Com os negócios, as marcas locais da Molson passaram a deter quase 18% do mercado brasileiro. A compra da Kaiser pela Molson foi o primeiro lance da disputa com a Ambev pelo mercado das Américas.
Antes da aquisição da Kaiser, a Molson estava praticamente limitada ao seu país de origem. No Canadá, detinha 45% do mercado, o que lhe dava uma liderança apertada sobre a Interbrew. Além disso, a Molson tinha uma participação quase insignificante nos Estados Unidos. Sem condições de enfrentar diretamente a Anheuser-Busch, gritantemente maior, sua opção mais lógica seria arriscar no mercado brasileiro.
No âmbito mundial, em julho de 2004, a Molson e a norte-americana Adolpf Coors se unem para criar a quinta maior cervejaria do mundo em volume produzido, em estratégia para ter mais condições de competir com grandes rivais.
No Brasil, porém, sob o guarda-chuva da Molson, a Kaiser foi perdendo mercado consistentemente. Na gestão dos canadenses, a empresa perdeu quase 10 pontos percentuais em sua participação de mercado. Passou, segundo a ACNielsen, sua fatia a apenas 8,1% no início de 2006.
Em janeiro de 2006, quatro anos após pagar US$ 765 milhões pela Cervejaria Kaiser, a canadense Molson Coors Brewing Company vendeu 68% da empresa para a mexicana Femsa Cerveza S.A. Com a venda, a Molson embolsou US$ 68 milhões, mas ficará ainda com 15% da cervejaria. Outros 17% continuam nas mãos da holandesa Heineken.
Para a Molson Coors, a passagem pela cervejaria brasileira deixou de ser a promessa de expansão num mercado em que a presença global faz cada vez mais diferença para transformar-se numa tragédia financeira. No final de fevereiro de 2007, exatos cinco anos depois da sua chegada ao Brasil, a Molson Coors encerra, definitivamente, sua conturbada participação no mercado brasileiro de cervejas. Sem anúncio oficial ou alarde, a empresa canadense vendeu os 15% de participação que ainda detinha na Kaiser para a mexicana Femsa, que já havia comprado 68%.
Em dezembro de 2015, no âmbito internacional, a AB Inbev estava em processo de fusão de 108 bilhões de dólares com a SAB Miller, que teve de vender uma série de ativos para o negócio acontecer. Em março de 2002 a Molson desembolsa 765 milhões de dólares pela brasileira Kaiser (vide origem da marca Kaiser neste blog). De imediato, a compra da Kaiser livra a Molson de uma intimidade incômoda. A Bavária, até então, dependia da distribuição da AmBev, uma obrigação imposta pelo Cade. Com os negócios, as marcas locais da Molson passaram a deter quase 18% do mercado brasileiro. A compra da Kaiser pela Molson foi o primeiro lance da disputa com a Ambev pelo mercado das Américas.
Antes da aquisição da Kaiser, a Molson estava praticamente limitada ao seu país de origem. No Canadá, detinha 45% do mercado, o que lhe dava uma liderança apertada sobre a Interbrew. Além disso, a Molson tinha uma participação quase insignificante nos Estados Unidos. Sem condições de enfrentar diretamente a Anheuser-Busch, gritantemente maior, sua opção mais lógica seria arriscar no mercado brasileiro.
No âmbito mundial, em julho de 2004, a Molson e a norte-americana Adolpf Coors se unem para criar a quinta maior cervejaria do mundo em volume produzido, em estratégia para ter mais condições de competir com grandes rivais.
No Brasil, porém, sob o guarda-chuva da Molson, a Kaiser foi perdendo mercado consistentemente. Na gestão dos canadenses, a empresa perdeu quase 10 pontos percentuais em sua participação de mercado. Passou, segundo a ACNielsen, sua fatia a apenas 8,1% no início de 2006.
Em janeiro de 2006, quatro anos após pagar US$ 765 milhões pela Cervejaria Kaiser, a canadense Molson Coors Brewing Company vendeu 68% da empresa para a mexicana Femsa Cerveza S.A. Com a venda, a Molson embolsou US$ 68 milhões, mas ficará ainda com 15% da cervejaria. Outros 17% continuam nas mãos da holandesa Heineken.
Para a Molson Coors, a passagem pela cervejaria brasileira deixou de ser a promessa de expansão num mercado em que a presença global faz cada vez mais diferença para transformar-se numa tragédia financeira. No final de fevereiro de 2007, exatos cinco anos depois da sua chegada ao Brasil, a Molson Coors encerra, definitivamente, sua conturbada participação no mercado brasileiro de cervejas. Sem anúncio oficial ou alarde, a empresa canadense vendeu os 15% de participação que ainda detinha na Kaiser para a mexicana Femsa, que já havia comprado 68%.
Naquele mês, foram pagos 12 bilhões de dólares pela fatia de 59% que a SAB tinha na joint venture MillerCoors, com a Molson Coors. A Molson Coors passou a deter então 100% do negócio. E a Miller passou a pertencer à Molson Coors, assim como a Hamm's, Magnum e Micky's. No Brasil, a marca Miller é produzida em parceria com a cervejaria Petrópolis. O acordo vale até mesmo depois que a fusão da AB Inbev com a SAB for concluída.
(Fonte: revista Exame - 03.04.2002 / UOL - 22.07.2004 / Exame - 26.04.2006 / jornal Folha de S.Paulo - 17.01.2006 / jornal O Globo/Valor online - 01.03.2007 / Infogram 2016 - partes)
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