Em 1969, João Alves de Queiroz Filho, então com 17 anos, trabalhava na Cometa, uma pequena empresa fundada pelo pai, ex-atacadista que se especializara no processamento e na comercialização de sal. Uma das marcas, Esmeralda, foi batizada com o nome da irmã de Júnior, como ele é mais conhecido. Em 1973, um cliente inadimplente da Cometa faz uma proposta aos Alves de Queiroz de ceder uma receita e as panelas com que fazia o tempero Arisco em pagamento da matéria prima.
O cliente disse que não tinha como pagar o sal. Ele fazia um copinho de sal, um tempero parecido com o que se fazia em casa, e vendia 50 unidades por dia em Goiânia. Noventa por cento era sal e o resto, pimenta do reino, cebolinha e alho. Não tinha marca registrada, nada. O preço? Era 20 vezes o preço do sal. Júnior explica que sempre tiveram mentalidade atacadista e, Eureka!, uma ideia estava surgindo. Havia em São Paulo uma empresa chamada Vanil, que fazia pronta entrega de alho para o comércio. Naquela época, 1973, havia poucos supermercados. Quitandas e mercearias predominavam. Júnior escalou um funcionário do comércio de sal, chamado Celso, e fizeram o que pode-se chamar espionagem industrial. Celso foi trabalhar na Vanil para ver como funcionava o negócio de pronta entrega. Além de analisar como o trabalho era feito, com base em fichas, as próprias fichas já eram elaboradas. Foi colocado um anúncio no jornal para atrair kombeiros que faziam entrega por dia. Com a contratação de um publicitário, a logomarca do produto foi elaborada, em preto e vermelho. Ela depois seria pintada nas Kombis.
Depois de selecionados 30 kombeiros entre os 500 que apareceram, a grande reunião foi marcada para a rua Paula Souza, sede da Cometa, num sábado. A explicação sobre o comissionamento foi simples. A explanação sobre a distribuição de amostras grátis, fazendo propaganda do produto, como lançamento, e a devida elaboração de cadastro dos potenciais clientes visitados, também foi relativamente simples. O maior desafio era ver de que maneira os kombeiros iriam ensinar a usar, como falariam para não carregar muito no tempero, pois, era sal quase puro, mas se assim fosse dito, como cobrar tão mais caro que o sal? Era simplesmente uma mistura quase caseira de alho e sal. A cidade de São Paulo foi dividida e cada kombeiro deveria visitar cerca de 100 clientes por dia. Logo, 5.000 fichas já tinham sido preenchidas à máquina, pois ali não havia computador.
O cliente disse que não tinha como pagar o sal. Ele fazia um copinho de sal, um tempero parecido com o que se fazia em casa, e vendia 50 unidades por dia em Goiânia. Noventa por cento era sal e o resto, pimenta do reino, cebolinha e alho. Não tinha marca registrada, nada. O preço? Era 20 vezes o preço do sal. Júnior explica que sempre tiveram mentalidade atacadista e, Eureka!, uma ideia estava surgindo. Havia em São Paulo uma empresa chamada Vanil, que fazia pronta entrega de alho para o comércio. Naquela época, 1973, havia poucos supermercados. Quitandas e mercearias predominavam. Júnior escalou um funcionário do comércio de sal, chamado Celso, e fizeram o que pode-se chamar espionagem industrial. Celso foi trabalhar na Vanil para ver como funcionava o negócio de pronta entrega. Além de analisar como o trabalho era feito, com base em fichas, as próprias fichas já eram elaboradas. Foi colocado um anúncio no jornal para atrair kombeiros que faziam entrega por dia. Com a contratação de um publicitário, a logomarca do produto foi elaborada, em preto e vermelho. Ela depois seria pintada nas Kombis.
Depois de selecionados 30 kombeiros entre os 500 que apareceram, a grande reunião foi marcada para a rua Paula Souza, sede da Cometa, num sábado. A explicação sobre o comissionamento foi simples. A explanação sobre a distribuição de amostras grátis, fazendo propaganda do produto, como lançamento, e a devida elaboração de cadastro dos potenciais clientes visitados, também foi relativamente simples. O maior desafio era ver de que maneira os kombeiros iriam ensinar a usar, como falariam para não carregar muito no tempero, pois, era sal quase puro, mas se assim fosse dito, como cobrar tão mais caro que o sal? Era simplesmente uma mistura quase caseira de alho e sal. A cidade de São Paulo foi dividida e cada kombeiro deveria visitar cerca de 100 clientes por dia. Logo, 5.000 fichas já tinham sido preenchidas à máquina, pois ali não havia computador.
Todo dia, às 6h da manhã, Júnior definia o trajeto das Kombis. No início, o produto era colocado no varejinho. No Pão de Açúcar já foi bem mais difícil de entrar. Júnior teria dado 400 caixas com o tempero, de graça. Deu certo. E foi bom que deu certo pois uma campanha já havia sido acertada com a TV Tupi. Júnior havia sido instruído que para vender era imprescindível fazer propaganda.
Em 1976, Júnior escalou Celso para ir ao Rio de Janeiro, onde foi montado um escritório no bairro da Tijuca, com início da formação de uma rede de distribuidores.
Em 1978, o nome da empresa foi mudado para Arisco Produtos Alimentícios Ltda., porque o produto havia crescido. Mais tarde os kombeiros passaram a ser representantes autônomos de vendas. Eles vendiam e as entregas passaram a ser feitas em caminhões.
Em 1976, Júnior escalou Celso para ir ao Rio de Janeiro, onde foi montado um escritório no bairro da Tijuca, com início da formação de uma rede de distribuidores.
Em 1978, o nome da empresa foi mudado para Arisco Produtos Alimentícios Ltda., porque o produto havia crescido. Mais tarde os kombeiros passaram a ser representantes autônomos de vendas. Eles vendiam e as entregas passaram a ser feitas em caminhões.
Em outubro de 1992, a Arisco adquiriu a totalidade do capital social da Indústria Alimentícia Beira Alta S.A., cuja transação foi assessorada pelo Banco Pactual.
Em 1996, a Arisco adquiriu a Pardelli & Cia, fabricante das esponjas de aço Assolan, o que capitalizou a marca, possibilitando a expansão de sua linha de produtos e renovação de embalagens e logomarca. Com os investimentos, a marca Assolan experimentou sua primeira aparição no âmbito nacional, tornando-se então a principal concorrente da marca Bombril, rivalidade esta que mantém-se nos dias atuais.
Junto com seu pai, Júnior promoveu a escalada para construir uma marca poderosa praticamente do zero. Elegeu Xuxa Meneghel como a garota-propaganda de um portfólio com mais de 150 produtos. Ergueu um império alimentício e de produtos de limpeza que tomou pedaços valiosos de mercados dominados por multinacionais e alcançou um faturamento anual de 1 bilhão de reais.
Junto com seu pai, Júnior promoveu a escalada para construir uma marca poderosa praticamente do zero. Elegeu Xuxa Meneghel como a garota-propaganda de um portfólio com mais de 150 produtos. Ergueu um império alimentício e de produtos de limpeza que tomou pedaços valiosos de mercados dominados por multinacionais e alcançou um faturamento anual de 1 bilhão de reais.
Em fevereiro de 2000, Júnior vende a Arisco à americana Bestfoods (logo depois incorporada pela Unilever) e embolsou, de uma só vez, 500 milhões de reais, além de transferir uma dívida de 260 milhões de reais.
(Fonte: revista Exame - 23.12.1992 / 06.02.2002 /15.02.2003 /Wikipédia - partes)
(Fonte: revista Exame - 23.12.1992 / 06.02.2002 /15.02.2003 /Wikipédia - partes)
7 comentários:
Meu Nome é Eurico T. Lima Junior. Trabalhei em 1979 na Rua Paula Souza, sede da Produtos Cometa Sal e Adubo. Conheci o pai João Alves, os filhos Junior e Cirilo. A história é feita por todos, do menor ao maior nas empresas. Boas recordações de todos principalmente do sorriso e alegria do pai João Alves. Luz e bençãos de Jesus Cristo ao seu João, onde quer que esteja, e a todos com quem lá trabalhei.
amigo, você não tem fotos dessas Kombis dessa empresa, ALHO VANIL?
Tambem veio pelo vídeo do Badola né
Caro(a) leitor(a)
Não temos em nossos arquivos fotos das Kombis da Alho Vanil. Mas, se tivermos acesso a alguma foto, publicaremos. Gratos pela leitura.
tem 2 fotos no site de Carros inuteis,meu tio trabalhou na vanil muito tempo.
Essa história não é nada real. Quem começou a empresa foi o Irmão Antônio Alves que após tragédia em família passou o controle paraco Irmão João Alves e aí sim houve o grande salto empresarial. Eu trabalhei lá por 4 anos nestw período no Sal Vitória e Esmeralda, e vi nascer todo o processo.
O Nome do Cliente que vendeu a receita é.. José Balduino De Souza Silva, o verdadeiro inventor do tempero Arisco.
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