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6 de out. de 2011

Corvette

          Certos modelos de automóveis ficam tão em evidência, que muitas vezes se confundem com a própria marca. Corvette é um exemplo.
          O Corvette ainda parece jovem por um motivo: passou por muitas cirurgias plásticas. Lançado pela General Motors (Chevrolet) em 1953, o Corvette (de “corveta”, navio de guerra pequeno e veloz) foi o primeiro carro esportivo norte-americano e, embora seu desempenho inicial não estivesse à altura dos concorrentes europeus, acabou se tornando um dos grandes muscle cars de todos os tempos.
          Supercarro da Chevrolet, o Corvette usa um logotipo próprio. O lado esquerdo representa as corridas, enquanto que o direito incorpora a gravata da marca americana e a flor-de-lis, que faz referência à origem francesa da família Chevrolet.
          Exposto como conceito numa feira da GM em 1953, o Corvette C1 entrou em produção em junho do mesmo ano. Somente 300 foram montados, e o preço de tabela era de US$ 3.498 – US$ 32 mil em valores atuais. Hoje, são vendidos em leilão por mais de 100 vezes esse valor. John Wayne foi um dos primeiros donos do conversível de dois lugares.
          Dez anos depois da estreia do Corvette, a Chevrolet lançou um primo dele, menor e mais elegante: o Sting Ray. O C2, Corvette de segunda geração, tinha motor mais potente (250 hp) e um polêmico vidro traseiro bipartido, que durou apenas um ano, mas hoje é valorizado pelos colecionadores. O Sting Ray, que tinha preço de tabela de US$ 4.252 no caso do cupê (em torno de US$ 34 mil em valores de hoje), foi um arraso: as vendas aumentaram do recorde de 14.531 em 1962 para 21.513 no ano
          O C3, Corvette de terceira geração, foi produzido de 1968 a 1982 e incluía o Stingray de segunda geração (renomeado com uma única palavra). Os modelos de 1968, que começavam em US$ 4.320 (US$ 30 mil em valores de hoje), tinham chassi remodelado (mas mantinham os faróis escamoteáveis) e motor mais potente, incluindo uma opção turbo. Dirk Diggler, personagem de Mark Wahlberg em Boogie Nights – Prazer Sem Limites, dirigia um Corvette ano 1977. Em seu 25º aniversário, o automóvel foi designado carro de segurança oficial das 500 Milhas de Indianápolis de 1978.
          Enquanto o preço do Corvette C4 continuava a aumentar (de US$ 21.800 em 1984 para US$ 37.225 em 1996), as vendas despencavam ao longo de seus 12 anos de produção (de 51.547 para 21.536 unidades). No entanto, o carro continuava em alta entre os colecionadores: um Corvette ano 1984 pilotado pelo personagem de Dirk Benedict na série televisiva Esquadrão Classe A foi posto à venda pelo ambicioso preço de US$ 40 mil, anos atrás.
          Em seu 45º ano, o Corvette passou pela reformulação mais drástica desde 1963: finalmente passou a ter um porta-malas grande. O C5 de quinta geração (cujo preço de tabela era de US$ 37.495) também melhorou em termos de desempenho, com uma velocidade máxima de 280 km/h. No filme A Herança de Mr. Deeds, de 2002, Adam Sandler deu pequenos Corvettes vermelhos a toda uma cidade.
          Produzido entre 2005 e 2013, o Corvette C6 ganhou um chassi novo e, pela primeira vez desde 1962, tinha faróis expostos. O preço de tabela desse C6 inicial era US$ 44.245, e a produção, que se encerrou em 2013, teve muitas versões de corrida. Afinal, o motor V8 de 6 litros tinha 400 hp.
          O Stingray voltou após uma ausência de 38 anos, trazendo capô de fibra de carbono e chapas de alumínio para dar leveza ao chassi. Vendido pelo preço de tabela de US$ 51.995, o Corvette continuou a apostar na potência: motor de 455 hp.
          Para o aniversário de 65 anos, a Chevrolet lançou em abril de 2017 o Carbon Fiber 65 nos modelos Grand Sport 3LT e Z06 3LZ. Mas é preciso ter sorte para conseguir um: a montadora produzirá somente 650 unidades de cada modelo para todos os mercados, com preço a partir de US$ 81.490 no caso do Grand Sport e de US$ 99.490 no do Z06. E diga adeus ao C7 em 2018: está chegando a oitava geração.
          Com a edição de 65º aniversário, com o Corvette Carbon 65, significa que não há planos de aposentadoria para o futuro.
(Fonte: Forbes Brasil-msn - 06.09.2017)

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