A Uniban, nome abreviado de Universidade Bandeirante, foi fundada por Heitor Pinto Filho, que depois ficou reitor e dono. Heitor entrou no ramo da educação aos 23 nos, quando abriu um colégio particular na capital paulista. Em poucos anos era dono de cinco unidades. Em seguida, investiu em faculdades. Comprou cinco e criou o Centro de Ensino Unificado Bandeirante.
Em 1994, com quase 3 mil matrículas, obteve o aval do Ministério da Educação para transformá-la em universidade. Assim ganhou autonomia para criar novos cursos e ampliar as matrículas sem ter que se submeter ao escrutínio do Ministério da Educação - que controla as condições de novos cursos em faculdades e centros de ensino superior. Em novembro de 2009, eram 11 unidades e 70 mil matrículas.
Para crescer, a Uniban seguiu o movimento do mercado de ensino superior. Desde 1994, houve um aumento de 230% nas matrículas em cursos universitários. A expansão de vagas acompanhou a crescente escolarização dos brasileiros, que passaram a concluir o ensino médio e buscar no diploma universitário uma esperança de obter empregos melhores. Para medir a qualidade de ensino, o MEC criou um mecanismo em que um curso mal avaliado pode cair numa malha fina.
Tomando por base outubro de 2009, a Uniban tinha 38 cursos mal avaliados no Exame Nacional de Desempenho de estudantes (Enade), que testa o conhecimento dos alunos ao entrar e sair da graduação. Além disso, na avaliação federal, nenhum de seus cursos cumpria a proporção mínima de um terço dos professores contratados em regime parcial ou integral. O limite foi pensado para evitar o excesso de horistas - professores que ganham apenas pela hora de aula. Isso prejudica a formação de alunos, que não podem tirar dúvidas ou discutir projetos de pesquisa.
Em outubro de 2009, a Uniban passa por uma saia justa. Em menos de 48 horas, a estudante Geise Villa Nova Arruda, de 20 anos, foi expulsa e readmitida na universidade. A sindicância interna para apurar a humilhação da jovem, que teve de ser escoltada por policiais militares para sair da faculdade na noite do dia 22 de outubro de 2009, concluiu que Geise era a culpada pelo comportamento medieval dos colegas, acusada de adotar uma "postura incompatível com o ambiente da universidade" (minissaia excessivamente curta).
A Uniban é vendida para a Anhanguera que, em 2013, se funde com a Kroton. A conclusão da aquisição foi efetuada em 2014 e, em julho de 2015 foi concluída a integração.
(Fonte: revista Época - 16.11.2009 - parte)
Em 1994, com quase 3 mil matrículas, obteve o aval do Ministério da Educação para transformá-la em universidade. Assim ganhou autonomia para criar novos cursos e ampliar as matrículas sem ter que se submeter ao escrutínio do Ministério da Educação - que controla as condições de novos cursos em faculdades e centros de ensino superior. Em novembro de 2009, eram 11 unidades e 70 mil matrículas.
Para crescer, a Uniban seguiu o movimento do mercado de ensino superior. Desde 1994, houve um aumento de 230% nas matrículas em cursos universitários. A expansão de vagas acompanhou a crescente escolarização dos brasileiros, que passaram a concluir o ensino médio e buscar no diploma universitário uma esperança de obter empregos melhores. Para medir a qualidade de ensino, o MEC criou um mecanismo em que um curso mal avaliado pode cair numa malha fina.
Tomando por base outubro de 2009, a Uniban tinha 38 cursos mal avaliados no Exame Nacional de Desempenho de estudantes (Enade), que testa o conhecimento dos alunos ao entrar e sair da graduação. Além disso, na avaliação federal, nenhum de seus cursos cumpria a proporção mínima de um terço dos professores contratados em regime parcial ou integral. O limite foi pensado para evitar o excesso de horistas - professores que ganham apenas pela hora de aula. Isso prejudica a formação de alunos, que não podem tirar dúvidas ou discutir projetos de pesquisa.
Em outubro de 2009, a Uniban passa por uma saia justa. Em menos de 48 horas, a estudante Geise Villa Nova Arruda, de 20 anos, foi expulsa e readmitida na universidade. A sindicância interna para apurar a humilhação da jovem, que teve de ser escoltada por policiais militares para sair da faculdade na noite do dia 22 de outubro de 2009, concluiu que Geise era a culpada pelo comportamento medieval dos colegas, acusada de adotar uma "postura incompatível com o ambiente da universidade" (minissaia excessivamente curta).
A Uniban é vendida para a Anhanguera que, em 2013, se funde com a Kroton. A conclusão da aquisição foi efetuada em 2014 e, em julho de 2015 foi concluída a integração.
(Fonte: revista Época - 16.11.2009 - parte)
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