Em 1945, surgiu o embrião de uma das primeiras empresas automotivas do Brasil. A Distribuidora de Automóveis Studebaker Ltda era uma importadora e, como o próprio nome deixa bem claro, distribuidora de automóveis Studebaker no País. No começo da década seguinte, ela se tornou a Veículos e Máquinas Agrícolas S.A (ficando conhecida como Vemag) e passou a montar caminhões da Scania Vabis e tratores da Massey-Harris e Ferguson.
A partir da segunda metade dos anos 1950, a história da Vemag migrou das produções de veículos agrícolas para a de automóveis. Presidente do Brasil à época, Juscelino Kubitschek criou em seu governo o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia) para incentivar a criação da produção nacional de automóveis. Os incentivos acabaram despertando a atenção da empresa brasileira, que viu ali mais uma possibilidade de negócios.
A Vemag fazia parte do Grupo Novo Mundo, que incluía banco, loteamentos e vários negócios. Com o apelo de JK, eles viram uma boa oportunidade de investir na indústria automobilística no Brasil.
Determinada a ser uma fabricante nacional, representantes da Vemag foram até a Europa para analisar alguns projetos. Na Alemanha, os executivos da empresa conheceram os carros da DKW, que fazia parte da Auto Union. Esta, era o resultado de uma fusão, realizada em 1932, entre a própria DKW e mais três fabricantes: Audi, Horch e Wanderer (que representam as quatro argolas da marca Audi). Depois de avaliar as possibilidades, a Vemag se interessou e a DKW vendeu o maquinário.
Com isso, a empresa nacional recebeu o direito de licenciamento da marca alemã por 10 anos no Brasil. No dia 19 de novembro de 1956, saíam da linha de produção as primeiras unidades da DKW-Vemag Universal, também conhecida como caminhoneta, derivada da perua F91 germânica. Os modelos eram praticamente carros alemães montados no Brasil, já que pouquíssimas peças eram realmente produzidas aqui.
Uma semana após o início da fabricação, em 26 de novembro de 1956, saiu da linha de montagem do bairro paulistano do Ipiranga um dos carros nacionais mais antigos que ainda rodam no País. Naquele ano, foram montadas 173 peruas e somente essas, produzidas em 1956, possuem a tampa traseira dupla e que abre na vertical. No ano seguinte, a Vemag já mexeu no visual, colocando a porta única com abertura horizontal.
Somente em 1958 outros veículos começaram a ser fabricados pela empresa: o Jipe e o Grande DKW-Vemag. O primeiro era derivado do Munga germânico e, posteriormente, foi rebatizado como Candango. O segundo era um sedã de quatro portas, que depois ganharia o nome Belcar em 1962. Nesse mesmo ano, a perua foi rebatizada para Vemaguet.
O Jipe teve vida curta no mercado brasileiro, saindo de linha em 1961. Já o Grande DKW-Vemag é um dos modelos icônicos da empresa no Brasil, já que conquistou famílias e taxistas por ser um carro grande e espaçoso. Ele podia levar sem dificuldades até seis pessoas e tinha quatro portas (uma novidade para a época).
Em 1964, uma mudança visual extinguiu uma das características dos DKWs: as portas suicidas, que abriam em sentido contrário ao dos carros em geral. Foi justamente uma abertura convencional que foi aplicada ao Belcar e à Vemaguet. Nesse mesmo ano, um projeto sem relação com a DKW alemã passou a ser produzido no Brasil. O belo sedã de duas portas Fissore era fruto de uma parceria da Vemag com a empresa italiana Carrozzeria Fissore, que justifica o nome do modelo. Se nas linhas ele empolgava, o desempenho era uma decepção. A ideia original era utilizar um motor V6 dois tempos que estava sendo desenvolvido na Alemanha, mas que nunca chegou a ser utilizado pela Auto Union.
Em 1965, a Volkswagen comprou a Auto Union na Alemanha e decidiu manter somente a marca Audi, alegando que não produziria mais motores dois tempos. Isso representou uma indecisão sobre o futuro da Vemag no Brasil, já que não havia a certeza de que a empresa conseguiria a licença dos veículos Audi.
A Veículos e Máquinas Agrícolas S.A. (Vemag) até negociou com outras fabricantes, mas nada foi para frente. Assim como aconteceu na Europa, a Volkswagen comprou o espólio da Vemag e encerrou a produção em outubro de 1967. No total, foram produzidos 109.343 automóveis, sendo 55.692 peruas, 51.162 sedãs e 2.489 Fissores, além dos 7.848 jipes Candango.
(Fonte: garagem360 - msn - 14.03.2017)
A partir da segunda metade dos anos 1950, a história da Vemag migrou das produções de veículos agrícolas para a de automóveis. Presidente do Brasil à época, Juscelino Kubitschek criou em seu governo o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia) para incentivar a criação da produção nacional de automóveis. Os incentivos acabaram despertando a atenção da empresa brasileira, que viu ali mais uma possibilidade de negócios.
A Vemag fazia parte do Grupo Novo Mundo, que incluía banco, loteamentos e vários negócios. Com o apelo de JK, eles viram uma boa oportunidade de investir na indústria automobilística no Brasil.
Determinada a ser uma fabricante nacional, representantes da Vemag foram até a Europa para analisar alguns projetos. Na Alemanha, os executivos da empresa conheceram os carros da DKW, que fazia parte da Auto Union. Esta, era o resultado de uma fusão, realizada em 1932, entre a própria DKW e mais três fabricantes: Audi, Horch e Wanderer (que representam as quatro argolas da marca Audi). Depois de avaliar as possibilidades, a Vemag se interessou e a DKW vendeu o maquinário.
Com isso, a empresa nacional recebeu o direito de licenciamento da marca alemã por 10 anos no Brasil. No dia 19 de novembro de 1956, saíam da linha de produção as primeiras unidades da DKW-Vemag Universal, também conhecida como caminhoneta, derivada da perua F91 germânica. Os modelos eram praticamente carros alemães montados no Brasil, já que pouquíssimas peças eram realmente produzidas aqui.
Uma semana após o início da fabricação, em 26 de novembro de 1956, saiu da linha de montagem do bairro paulistano do Ipiranga um dos carros nacionais mais antigos que ainda rodam no País. Naquele ano, foram montadas 173 peruas e somente essas, produzidas em 1956, possuem a tampa traseira dupla e que abre na vertical. No ano seguinte, a Vemag já mexeu no visual, colocando a porta única com abertura horizontal.
Somente em 1958 outros veículos começaram a ser fabricados pela empresa: o Jipe e o Grande DKW-Vemag. O primeiro era derivado do Munga germânico e, posteriormente, foi rebatizado como Candango. O segundo era um sedã de quatro portas, que depois ganharia o nome Belcar em 1962. Nesse mesmo ano, a perua foi rebatizada para Vemaguet.
O Jipe teve vida curta no mercado brasileiro, saindo de linha em 1961. Já o Grande DKW-Vemag é um dos modelos icônicos da empresa no Brasil, já que conquistou famílias e taxistas por ser um carro grande e espaçoso. Ele podia levar sem dificuldades até seis pessoas e tinha quatro portas (uma novidade para a época).
Em 1964, uma mudança visual extinguiu uma das características dos DKWs: as portas suicidas, que abriam em sentido contrário ao dos carros em geral. Foi justamente uma abertura convencional que foi aplicada ao Belcar e à Vemaguet. Nesse mesmo ano, um projeto sem relação com a DKW alemã passou a ser produzido no Brasil. O belo sedã de duas portas Fissore era fruto de uma parceria da Vemag com a empresa italiana Carrozzeria Fissore, que justifica o nome do modelo. Se nas linhas ele empolgava, o desempenho era uma decepção. A ideia original era utilizar um motor V6 dois tempos que estava sendo desenvolvido na Alemanha, mas que nunca chegou a ser utilizado pela Auto Union.
Em 1965, a Volkswagen comprou a Auto Union na Alemanha e decidiu manter somente a marca Audi, alegando que não produziria mais motores dois tempos. Isso representou uma indecisão sobre o futuro da Vemag no Brasil, já que não havia a certeza de que a empresa conseguiria a licença dos veículos Audi.
A Veículos e Máquinas Agrícolas S.A. (Vemag) até negociou com outras fabricantes, mas nada foi para frente. Assim como aconteceu na Europa, a Volkswagen comprou o espólio da Vemag e encerrou a produção em outubro de 1967. No total, foram produzidos 109.343 automóveis, sendo 55.692 peruas, 51.162 sedãs e 2.489 Fissores, além dos 7.848 jipes Candango.
(Fonte: garagem360 - msn - 14.03.2017)
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