A OGX, empresa do grupo EBX, de Eike Batista, foi criada em 2007 para explorar óleo (petróleo) e gás (Óleo e Gás ajudaram a formar a sigla, juntamente com o "X" multiplicador de Eike) no Brasil e na Colômbia. Captou 6,7 bilhões de reais no maior IPO da história do Brasil, realizado em 13 de junho de 2008, à época equivalentes a 3 bilhões de dólares, com cada ação vendida por 1.131,00 reais.
Os lotes submarinos que a OGX iria explorar na Bacia de Santos já tinham sido estudados por geólogos da Petrobras, que os consideravam de baixo teor comercial.
Os lotes submarinos que a OGX iria explorar na Bacia de Santos já tinham sido estudados por geólogos da Petrobras, que os consideravam de baixo teor comercial.
Mesmo assim, a OGX atraiu integrantes da alta cúpula da Petrobras. Luiz Reis, ex-gerente geral de projetos e exploração, com 42 anos de empresa, foi um dos que deixaram a estatal. Paulo Mendonça, ex-gerente executivo de exploração e produção da Petrobras, com 34 anos de casa, foi outro que atendeu ao convite de Eike Batista.
Quem realmente ganhou muito dinheiro com o IPO da OGX foram os bancos que conduziram as démarches do lançamento, principalmente o Credit Suisse, o Itaú BBA, o Pactual e o Merrill Lynch. Quando as ações passaram para o poder do público, essas instituições já tinham embolsado suas polpudas comissões, coisa que, aliás, é lugar comum nos IPOs.
Não foram apenas pequenos investidores ingênuos que compraram as ações. O grosso dos papeis foi adquirido pelos grandes fundos internacionais.
A OGX perfurou mais de 90 poços até meados de 2012. Iniciou a extração de óleo na bacia de Campos em janeiro de 2012.
Na última semana de junho de 2012, nuvens cinzentas pairaram sobre as empresas do grupo EBX. A OGX informou que a vasão dos dois primeiros poços seria de 5000 barris por dia cada um. Pode não ser pouco, mas era abaixo do que a própria empresa tinha informado anteriormente. No dia 26 de junho, a OGX anuncia que seu primeiro campo produziria um quarto do petróleo previsto. As ações caem 40% em dois dias.
Quem realmente ganhou muito dinheiro com o IPO da OGX foram os bancos que conduziram as démarches do lançamento, principalmente o Credit Suisse, o Itaú BBA, o Pactual e o Merrill Lynch. Quando as ações passaram para o poder do público, essas instituições já tinham embolsado suas polpudas comissões, coisa que, aliás, é lugar comum nos IPOs.
Não foram apenas pequenos investidores ingênuos que compraram as ações. O grosso dos papeis foi adquirido pelos grandes fundos internacionais.
A OGX perfurou mais de 90 poços até meados de 2012. Iniciou a extração de óleo na bacia de Campos em janeiro de 2012.
Na última semana de junho de 2012, nuvens cinzentas pairaram sobre as empresas do grupo EBX. A OGX informou que a vasão dos dois primeiros poços seria de 5000 barris por dia cada um. Pode não ser pouco, mas era abaixo do que a própria empresa tinha informado anteriormente. No dia 26 de junho, a OGX anuncia que seu primeiro campo produziria um quarto do petróleo previsto. As ações caem 40% em dois dias.
No dia 24 de outubro de 2012, Eike informa à CVM que injetará até 1 bilhão de dólares do próprio bolso na OGX caso a empresa não consiga outra forma de se financiar (numa operação conhecida como put).
Em 21 de junho de 2013, Pedro Malan, Rodolpho Tourinho e Ellen Gracie renunciam ao conselho de administração da OGX depois de descobrir que Eike havia se recusado a assinar o put.
No dia 6 de setembro de 2013, a diretoria da OGX exerce a put contra Eike por unanimidade. Três dias depois, dia 9, Eike questiona a validade da put e informa que pode contestá-la em corte arbitral.
No dia 1º de outubro de 2013, a OGX dá calote de 45 milhões de dólares, referentes aos juros de uma dívida de 1,1 bilhão captado com títulos no exterior. No dia 30, a empresa entra com pedido de recuperação judicial, apenas cinco anos depois de fazer o maior IPO do país. As ações da OGX que valiam mais de 10 reais em junho de 2012, chegara a 20 centavos em outubro de 2013.
Na noite do dia 24 de dezembro de 2013, um acordo foi fechado entre mais de uma centena de executivos e advogados da OGX, da OSX e credores da petroleira. Esse acordo deu "de presente" ao ex-bilionário Eike Batista a troca de US$ 5,8 bilhões em dívidas por participação acionária no empreendimento. Ele ainda ficou com 9,4% da companhia. Quem recebeu a negociação como um presente de 1º de abril foram os minoritários, ao ver sua participação de 50% da OGX se transformar em 5%.
O acordo, por seus próprios termos, trouxe uma certa marca de esperança na recuperação da empresa (no princípio de dezembro de 2013, a plataforma FPSO OSX-3 de extração de petróleo entrou em operação no campo de Tubarão Martelo). Mas o X da figuração extrassensorial que Eike, frequentador de mesas de videntes, considerava sinal de multiplicação, de bom augúrio, não interessou aos que o tiraram do buraco: a empresa-mãe passou a se chamar OLP - Óleo e Gás Participações.
A OGX, então já com o nome de Dommo Energia, e segunda maior empresa privada de petróleo do país (perdendo apenas para a PetroRio (antiga HRT)), saiu da recuperação judicial em 2017, mas continuou enfrentando dificuldades financeiras que a impediram, por exemplo, de honrar as necessidades de investimento para a exploração do campo de Atlanta, de onde foi expulsa no final de 2017 por dever às suas sócias na área, incluindo a QGEP.
Em 24 de outubro de 2022, a Dommo e a Petro Rio OpCo Exploração Petrolífera (OpCo), subsidiária da Prio, informaram que os acionistas de cada companhia, reunidos em assembleia, aprovaram o protocolo de justificação e a incorporação das ações da Dommo, que correspondem à totalidade do capital social da companhia, pela OpCo.O acordo, por seus próprios termos, trouxe uma certa marca de esperança na recuperação da empresa (no princípio de dezembro de 2013, a plataforma FPSO OSX-3 de extração de petróleo entrou em operação no campo de Tubarão Martelo). Mas o X da figuração extrassensorial que Eike, frequentador de mesas de videntes, considerava sinal de multiplicação, de bom augúrio, não interessou aos que o tiraram do buraco: a empresa-mãe passou a se chamar OLP - Óleo e Gás Participações.
A OGX, então já com o nome de Dommo Energia, e segunda maior empresa privada de petróleo do país (perdendo apenas para a PetroRio (antiga HRT)), saiu da recuperação judicial em 2017, mas continuou enfrentando dificuldades financeiras que a impediram, por exemplo, de honrar as necessidades de investimento para a exploração do campo de Atlanta, de onde foi expulsa no final de 2017 por dever às suas sócias na área, incluindo a QGEP.
(Fonte: revista Exame - 12.09.2007 / Melhores e Maiores - Exame - julho 2012 / 13.11.2013 / jornal Valor - 04.02.2014 / O Antagonista - 26.03.2018 / Valor - 25.10.2022 - partes)
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