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6 de out. de 2011

Crusoé (revista)

         
          Lançada no dia 2 de maio de 2018 pelo site O Antagonista (criado por Mario Sabino e Diogo Mainardi em janeiro de 2015), com o mantra "A liberdade de imprensa só se enfraquece quando não a usamos", Crusoé é a primeira revista semanal de informação inteiramente digital do país.
          Para os responsáveis pela revista, isso significa que, como não têm o fardo de papel impresso, são mais ágeis e custam menos aos assinantes. Ela é semanal, mas trará diariamente notícias de bastidores na seção Diário.
          Robinson Crusoé foi aconselhado pelo pai a não enfrentar os perigos do mar e das terras desconhecidas. Desobedeceu e acabou naufragando numa ilha repleta de canibais, amigo de um nativo a quem salvou de ser devorado e chamou de Sexta-Feira (o dia em que cada nova edição chegará aos assinantes).
          Homem do seu tempo, Robinson Crusoé fez fortuna no Brasil do século XVII, foi escravo e escravizou, antes de viver isolado na ilha onde tentou manter certos valores da civilização. Ao final da sua aventura, tornou-se um sujeito melhor. Revista do tempo contemporâneo, Crusoé, segundo seus fundadores, quer ajudar o Brasil a livrar-se da escravidão da corrupção, da ignorância e do atraso que empobrecem a todos e mantêm todos isolados do mundo moderno. Quem sabe o Brasil não se torna um país melhor?
          A revista, segundo seus idealizadores, nasce para ser uma ilha no jornalismo brasileiro - uma ilha na qual o leitor terá o essencial para sobreviver em meio ao oceano de notícias enviesadas ou simplesmente falsas. E o essencial são reportagens investigativas, entrevistas e artigos exclusivos e destemidos sobre temas candentes da vida nacional (a vida do leitor).
          Sem agendas ideológicas empoeiradas, sem interesses que não sejam a defesa da verdadeira democracia representativa, dos bons cidadãos e do capitalismo que distribui oportunidades a todos. O capitalismo da meritocracia, não o cartorial ou o da cleptocracia. A revista tem como meta fiscalizar incansavelmente o poder, não importa o partido, porque esse é o maior papel da imprensa.
          Os jornalistas de Crusoé Felipe Coutinho (ex-BuzzFeed), Caio Junqueira (ex-Estadão) e Eduardo Barretto (ex-O Globo) são comandados por Rodrigo Rangel, editor-executivo da revista Veja em Brasília, até o início de 2018. O publisher da Crusoé é Mario Sabino. Duda Teixeira é editor de internacional da Crusoé. Diogo Mainardi também faz parte do quadro jornalistas. Eles todos estavam no continente da imprensa tradicional, bem mais protegido das ameaças dos canibais da política, mas naufragaram à vontade de enfrentá-los a céu aberto nesta ilha de jornalismo.
          Assim como em O Antagonista, para garantir a independência editorial da revista, não é aceita
publicidade de governos, estatais e empresas implicadas em esquemas de corrupção. Isso é uma
tremenda - e boa - novidade no panorama jornalístico brasileiro.
          No caso de Crusoé, a principal fonte de financiamento são os assinantes. Caberá apenas a eles, portanto, decidir se seus editores têm o direito de se transformarem numa ilha relevante como a Grã-Bretanha do personagem que lhes empresta o nome ou se uma ilhota a ser varrida do mapa pela indiferença.
          O fortalecimento da liberdade de imprensa é o melhor escudo do cidadão contra os governos, não importa o partido, que o espoliam.
(Fonte: informe de apresentação da revista, com texto adaptado - parte)

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