A gigante da indústria química Solvay foi fundada na Bégica em 1863 por Ernest Solvay para produzir carbonato de sódio. A empresa tem sua sede em Bruxelas.
Entre 2012 e 2017, a Solvay adquiriu 17 empresas concorrentes em todo o mundo, entre elas a indústria química francesa Rhodia e a americana Cytec, líder global no segmento chamado de materiais avançados, que são plásticos de alto desempenho utilizados, por exemplo, na produção de aviões, de foguetes e de automóveis de luxo.
A Rhodia foi incorporada pelo conglomerado químico em 2012. Uma das unidades da Rhodia fica em Santo André (SP).
A Rhodia foi incorporada pelo conglomerado químico em 2012. Uma das unidades da Rhodia fica em Santo André (SP).
Somente as aquisições da Rhodia e Cytec representaram investimentos de cerca de € 9 bilhões, consolidando esse ciclo como o mais intenso processo de expansão em 155 anos de existência da companhia. “A estratégia é nos consolidar em frentes de negócios que, inevitavelmente, irão se transformar nas próximas décadas”, disse o CEO mundial e chairman, Jean-Pierre Clamadieu, em encontro em meados de 2018 com parceiros e analistas do setor, em Bruxelas.
O Brasil, onde a empresa aportou em 1919, é peça-chave. Desde fevereiro de 2017, a subsidiária está sob comando da executiva Daniela Manique, a primeira mulher a ocupar o cargo máximo da operação da América Latina. Antes da Solvay, a executiva passou pelas diretorias da Shell e do Grupo Ultra, dono da rede Ipiranga.
O ajuste inclui também a venda de algumas de suas divisões de negócios, como ocorreu no biênio 2017-2018. A Solvay se desfez de sua produção de plástico PVC, incluindo a Indupa na América do Sul. Além disso, parou de produzir o “acetow”, matéria-prima à base de acetato de celulose utilizado para a produção, principalmente, de filtros de cigarros. A Solvay vendeu a área de poliamida para a alemã Basf.
Em mais de 100 anos no Brasil, em apenas um houve prejuízo: 1990. Foi um período complicado para toda a indústria, com as incertezas na eleição do ex-presidente Fernando Collor, planos econômicos e outros fatores.
Dentro da estratégia orquestrada por Daniela para a Solvay está, principalmente, o desenvolvimento de produtos “verdes”. Em outubro de 2018, com investimento de R$ 50 milhões, a empresa inaugura sua nova fábrica de solventes oxigenados de fonte renovável, em Paulínia, no interior paulista. Chamada de linha Augeo, ela será voltada a suprir a demanda de mercados em crescimento no exterior, como Air Care e Home Care. Essa fábrica já inicia suas operações com 100% da capacidade.
Em maio de 2022, veio a lume que a Solvay fechou as portas para uma potencial venda de ativos na América Latina depois de decidir dividir os negócios em duas empresas públicas independentes. Em vez disso, a operação ganhará destaque dentro da empresa global de produtos químicos essenciais a ser formada a partir da divisão, disse Daniela Manique, presidente-executiva da Solvay na América Latina.O Brasil, onde a empresa aportou em 1919, é peça-chave. Desde fevereiro de 2017, a subsidiária está sob comando da executiva Daniela Manique, a primeira mulher a ocupar o cargo máximo da operação da América Latina. Antes da Solvay, a executiva passou pelas diretorias da Shell e do Grupo Ultra, dono da rede Ipiranga.
O ajuste inclui também a venda de algumas de suas divisões de negócios, como ocorreu no biênio 2017-2018. A Solvay se desfez de sua produção de plástico PVC, incluindo a Indupa na América do Sul. Além disso, parou de produzir o “acetow”, matéria-prima à base de acetato de celulose utilizado para a produção, principalmente, de filtros de cigarros. A Solvay vendeu a área de poliamida para a alemã Basf.
Em mais de 100 anos no Brasil, em apenas um houve prejuízo: 1990. Foi um período complicado para toda a indústria, com as incertezas na eleição do ex-presidente Fernando Collor, planos econômicos e outros fatores.
Dentro da estratégia orquestrada por Daniela para a Solvay está, principalmente, o desenvolvimento de produtos “verdes”. Em outubro de 2018, com investimento de R$ 50 milhões, a empresa inaugura sua nova fábrica de solventes oxigenados de fonte renovável, em Paulínia, no interior paulista. Chamada de linha Augeo, ela será voltada a suprir a demanda de mercados em crescimento no exterior, como Air Care e Home Care. Essa fábrica já inicia suas operações com 100% da capacidade.
Em 2021, a Solvay estudou a venda da Coatis, divisão cujas operações estão concentradas no Brasil, e atraiu potenciais compradores, incluindo grandes empresas nacionais e estrangeiras e fundos de private equity. Em março de 2022, no entanto, a matriz revelou planos de dividir os negócios em duas novas empresas, apelidadas de EssentialCo e SpecialtyCo por enquanto, a fim de “aprimorar o foco estratégico e otimizar as oportunidades de crescimento”. Os nomes definitivos das novas empresas, que serão controladas pela família Solvay e negociadas na Euronext em Bruxelas e Paris, deverão ser confirmados no primeiro trimestre de 2023, devendo estar operacionais até ao final desse ano. ano.
A EssentialCo manterá os principais negócios de monotecnologia, incluindo carbonato de sódio, peróxidos, sílica e Coatis, com vendas líquidas de € 4,1 bilhões em 2021. A SpecialtyCo manterá as operações de materiais, abrangendo polímeros especiais, compósitos de alto desempenho e soluções, que no ano passado gerou vendas líquidas de quase € 6 bilhões. Todos os ativos brasileiros permanecerão com a EssentialCo, exceto a planta da Novecare em Itatiba, São Paulo. Além das operações próprias na região, a Solvay é sócia da PQM (Produtos Químicos Makay) na Peróxidos do Brasil.
Em 2021, a Solvay faturou € 1,3 bilhão na América Latina. Em todo o mundo, as vendas líquidas atingiram € 10,1 bilhões. A empresa atua em 55 países e emprega mais de 30 mil pessoas.
(Fonte: revista IstoÉDinheiro - 20.09.2018 / jornal Valor - 23.05.2022 - partes)
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