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3 de out. de 2011

Pluna

         A companhia de aviação Pluna foi fundada em setembro de 1936 e iniciou suas operações em 19 de novembro do mesmo ano. A empresa foi criada por Jorge e Alberto Márquez Vaesa, dois irmãos que tinham obtido o apoio financeiro e técnico necessário por intermédio do embaixador do Reino Unido no Uruguai, Sir Eugen Millington-Drake.
          O nome PLUNA é um acrônimo para "Primeras Líneas Uruguayas de Navegación Aérea" (em português: "Primeiras Linhas Uruguaias de Navegação Aérea"). A companhia operou primeiramente duas aeronaves De Havilland Dragonflys, com capacidade para cinco passageiros, de Montevidéu para Salto e Paysandú.
          Após a Segunda Guerra Mundial, a Pluna incluiu dois Douglas DC-2 em sua frota, que foram operados na rota de Montevidéu para Salto e Paysandú, até 1951. No mesmo ano, um Douglas DC-3 e quatro De Havilland Heron foram adicionados à frota. Em 12 de novembro de 1951, a companhia foi estatizada pelo governo uruguaio. Os DC-3 permaneceram em serviço até 1971, quando foram vendidos à Força Aérea Uruguaia e convertidos em aeronaves militares.
          Em 1995 a empresa foi privatizada e o governo uruguaio vendeu 51% das ações para uma joint-venture formada pelo consórcio argentino Tevycom e por empresários uruguaios; os outros 49% foram vendidos à Varig.
          Em abril de 2000, a companhia tinha 635 funcionários e a frota era composta por seis Boeing 737-200 e um McDonnell Douglas DC-10 para servir diversos destinos, como Assunção, Buenos Aires, Córdoba, Florianópolis, Madrid, Montevidéu, Punta del Este, Rio de Janeiro, Rosario, Salvador, Santiago e São Paulo.
          No final de 2005, os principais acionistas da companhia eram o Governo do Uruguai (49%), a Varig (49%), e investidores privados (2%). Quando a Varig entrou em recuperação judicial, a companhia tentou vender sua participação na Pluna para a Conviasa, companhia estatal venezuelana, mas o negócio foi cancelado em julho de 2006.
          Em 2007, a Leadgate Investment assumiu a gestão da Pluna, após um longo histórico de privatização e falência nas mãos da brasileira Varig. A empresa iniciou um processo de modernização que a levou a adotar um modelo de baixo custo, adquirir até 13 aviões Bombardier CRJ-900 e estabelecer um hub no Aeroporto de Carrasco para conectar cidades do Cone Sul como Buenos Aires, Campinas, Córdoba, Florianópolis, Foz do Iguaçu, Santiago do Chile, Assunção, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Porto Alegre. Isso permitiu que atingisse recordes de tráfego de passageiros, com um nível de desempenho nunca antes visto no Uruguai, como informa o portal Aviacionline.
          Logo após a falência da Varig, o governo uruguaio anunciou que a frota e as rotas da Pluna seriam leiloadas. Em setembro de 2012 houve o leilão das sete aeronaves Bombardier CRJ900 remanescentes, mas a venda do resto da companhia foi adiado para outubro de 2012. A Cosmo Airlines, companhia charter espanhola, comprou todas as aeronaves pelo valor de 137 milhões de euros.
O governo de Mujica, alegando má gestão por parte dos executivos da Leadgate (que nunca progrediu judicialmente), procedeu à estatização de 100% da Pluna para posteriormente liquidá-la e criar uma nova empresa chamada Alas Uruguay, que operou apenas entre 2015 e 2016.
          Em 2019, uma ação foi apresentada pelaa Caballero Verde, um grupo panamenho que havia adquirido a Latin American Regional Aviation Holding (LARAH), proprietária de 75% da Pluna por meio da Leadgate Investment no momento do fechamento, alegando que a decisão do estado uruguaio de nacionalizar e liquidar a Pluna prejudicou seus interesses e não foi resultado de qualquer conduta irregular dos acionistas, como tentaram justificar na época funcionários do governo de José “Pepe” Mujica, apontados por alguns setores como os principais responsáveis políticos pelo fechamento da histórica companhia aérea para favorecer outros interesses.
          Em fevereiro de 2024, o CIADI (Centro Internacional de Arbitragem de Disputas sobre Investimentos) decidiu contra o estado uruguaio e o condenou a pagar cerca de US$80 milhões de dólares por considerá-lo responsável pelo fechamento da Pluna em 2012. Além disso, o CIADI determinou que o Uruguai deve pagar 500 mil dólares por cada mês de atraso no pagamento da condenação.
(Fonte: Wikipédia / Aero In - 14.02.2024 - partes)


Em 2019, uma ação foi apresentada pelaa Caballero Verde, um grupo panamenho que havia adquirido a Latin American Regional Aviation Holding (LARAH), proprietária de 75% da Pluna por meio da Leadgate Investment no momento do fechamento, alegando que a decisão do estado uruguaio de nacionalizar e liquidar a Pluna prejudicou seus interesses e não foi resultado de qualquer conduta irregular dos acionistas, como tentaram justificar na época funcionários do governo de José “Pepe” Mujica, apontados por alguns setores como os principais responsáveis políticos pelo fechamento da histórica companhia aérea para favorecer outros interesses.



Desde que a Leadgate assumiu a gestão da Pluna em 2007, após um longo histórico de privatização e falência nas mãos da brasileira Varig, a empresa iniciou um processo de modernização que a levou a adotar um modelo de baixo custo, adquirir até 13 aviões Bombardier CRJ-900 e estabelecer um hub no Aeroporto de Carrasco para conectar cidades do Cone Sul como Buenos Aires, Campinas, Córdoba, Florianópolis, Foz do Iguaçu, Santiago do Chile, Assunção, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Porto Alegre.

Isso permitiu que atingisse recordes de tráfego de passageiros, com um nível de desempenho nunca antes visto no Uruguai, como informa o portal parceiro Aviacionline.


Mas em 2012, o governo de Mujica, alegando má gestão por parte dos executivos da Leadgate (que nunca progrediu judicialmente), procedeu à estatização de 100% da Pluna para posteriormente liquidá-la e criar uma nova empresa chamada Alas Uruguay, que operou apenas entre 2015 e 2016.

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