Em 1906, o coronel Benjamin Guimarães começou uma indústria têxtil chamada Ferreira Guimarães, em Belo Horizonte, que deu início à trajetória do Grupo BMG.
Após investimentos da família em diversos setores como indústria têxtil, setor imobiliário, agroindústria e no setor de serviços, em 1930, o médico Antônio Mourão Guimarães, filho de Benjamin, fundou em Belo Horizonte o Banco Crédito Predial S.A., que mais tarde seria denominado Banco de Minas Gerais S.A. (década de 1940) e posteriormente Banco BMG.
Após investimentos da família em diversos setores como indústria têxtil, setor imobiliário, agroindústria e no setor de serviços, em 1930, o médico Antônio Mourão Guimarães, filho de Benjamin, fundou em Belo Horizonte o Banco Crédito Predial S.A., que mais tarde seria denominado Banco de Minas Gerais S.A. (década de 1940) e posteriormente Banco BMG.
O patriarca, Flávio Pentagna Guimarães, nascido em 1929, filho do fundador, é um homem que tem gosto pelo poder. Antigamente as cadeiras que ficavam de frente para sua mesa eram bem mais baixas do que a sua, uma maneira de ressaltar psicologicamente a sua predominância. E exerce o poder, se necessário, até contrariando sua formação de banqueiro. Em 1973, Flávio Guimarães tomou a decisão de vender as cartas patentes de todas as 150 agências do Banco de Minas Gerais, antiga denominação do BMG, para o Banco Real. Conservou a financeira, a empresa de leasing, a corretora e a companhia de crédito imobiliário. Esta última foi vendida mais tarde para o Banco Econômico.
Se Flávio Guimarães se arrependeu de não ter mais um banco varejista, nunca deixou transparecer, pelo menos enquanto manteve inativa a carta patente do BMG. Anos depois, esse instrumento de controle do sistema financeiro perdeu o valor que tinha antes no mercado, porque o governo passou a distribuir autorizações a granel para a abertura de bancos múltiplos.
No renascimento do banco, Flávio Guimarães, que é pai de quatro filhos, fez um desenho conservador para a instituição. Pouco agressivo, o banco concentrava 70% dos negócios em Minas. "Isso durou até 1989", diz Antônio Guimarães, um dos filhos. Foi quando se contratou a consultoria Booz, Allen, que apontou dentre outras sugestões mudança de ênfase de operações para a praça de São Paulo, que logo passou a responder por 70% dos negócios do BMG.
Na questão da profissionalização, mesmo sem abrir mão da presença dos membros da família na diretoria, o BMG acabou contratando, em meados de 1991, um executivo de peso, João Batista de Abreu, ex-ministro do Planejamento do governo Sarney. Depois de Abreu novos executivos foram contratados. Marco Aurélio Cançado, ex-Banco Interatlântico, assumiu como diretor financeiro em meados de 1994.
Na década de 1980, o Banco BMG era líder no financiamento de veículos leves e pesados. Até meados dos anos 1990, o foco do Banco BMG foi no financiamento no setor de atacado e varejo.
Em 1998, o Banco BMG lançou o crédito consignado, sendo o primeiro banco no Brasil a trabalhar com esse produto. A partir daí, esse passou a ser o foco dos negócios do Banco BMG.
Em 2005, o Banco BMG foi o primeiro banco a lançar o cartão de crédito consignado.
Desde 2009 os acionistas do Banco BMG detêm 90% de uma companhia de crédito ao consumo (fully-licensed consumer finance) com escritório na Flórida, nos Estados Unidos, denominada “BMG Money”, que opera com foco em crédito consignado para funcionários dos setores público e privado.
Em 2010, o crédito consignado representava 90% dos ativos do Banco BMG. Das operações totais do país para este produto, o Banco BMG foi responsável por 20%, sendo líder no Brasil nesse setor. O BMG possuía 12 agências próprias e atuava através de um modelo de parceria com 1.044 correspondentes bancários que se subdividem em 3.098 pontos de venda e em mais de 30 mil agentes no Brasil. Desta forma, o Banco BMG estava presente em mais de 5 mil municípios brasileiros.
Em 2010, o Banco BMG comprou a GE Money do Brasil, empresa que possuía o Banco GE Capital S.A. e a promotora de vendas e prestadora de serviços GE Promoções. A compra incluiu a rede física de 54 lojas e parcerias com varejistas, sendo a principal delas com o Walmart para quem a GE financiava as vendas de cartões de crédito. Após a compra pelo banco BMG, a GE Money passou a se chamar Banco Cifra.
Também em 2010, o Banco Schahin, posteriormente chamado Banco de Crédito Varejo, foi comprado pelo BMG numa operação financeira de R$ 230 milhões.
Em 2012, o Banco BMG e o Banco Itaú Unibanco se associaram para a criação de uma nova instituição financeira denominada Itaú BMG Consignado. A joint-venture começou com capital inicial de R$ 1 bilhão e teve como objetivo a expansão da comercialização de créditos consignados no Brasil. Nessa associação, o Itaú, através de uma operação financeira de R$ 700 milhões, passou a ter o controle de 70% do capital da nova entidade, enquanto o Banco BMG controlava os restantes 30%.
Em setembro de 2012, quatro diretores do banco BMG foram indiciados pela procuradoria da república. O Ministério Público Federal alegou que o banco liberou dinheiro mediante empréstimos simulados ao PT, entre outros. Na época o banco acabou por não entrar no julgamento do STF, pois foi decidido que as relações entre o banco e o governo deveriam ser mais bem investigadas.
Flávio Pentagna Guimarães e seu filho Ricardo Annes Guimarães, deixaram o dia a dia da instituição em 2012 e, desde então, o banco vem trilhando um ambicioso caminho de profissionalização e diversificação dos negócios.
Em 2015, a Lendico Brasil começou a operar no país através do correspondente bancário Banco BMG, pois ainda não é permitida a operação de empréstimos P2P no Brasil. O Banco BMG passou então a oferecer, em julho de 2015, aos seus clientes pessoa física, o crédito pessoal digital através da Lendico, utilizando uma plataforma 100% online. A Lendico não faz parte do Conglomerado Financeiro BMG, contudo, seus acionistas detêm 50% da empresa.
Em Janeiro de 2016, foi lançado o novo canal de distribuição via rede de franquias, help! loja de crédito, focada no varejo segmentado para aposentados e pensionistas do INSS e servidores públicos. Dentre os produtos ofertados pelas franquias estão: cartão de crédito consignado, empréstimo consignado, crédito pessoal com débito em conta, seguros, entre outros produtos financeiros e não financeiros.
Em 28 de dezembro de 2016, o BMG encerrou a joint-venture de quatro anos com o Itaú Unibanco, acordo marcado pela venda da sua carteira de empréstimos consignados, de R$ 29 bilhões, por R$ 1,2 bilhão.
Em 2017, o BMG lançou o BMG Invest Digital, no qual é possível abrir contas de maneira 100% digital via site ou aplicativo. A plataforma oferece ao mercado soluções de investimentos, com uma gama de produtos de renda fixa, adequados ao perfil de cada investidor.
Em setembro de 2018, a instituição comprou, sem divulgar o valor, 65% do capital da Granito, empresa que processa transações com cartões de crédito e débito. A aquisição da Granito, que processou R$ 1 bilhão em transações em 2018, aprofunda o esforço de diversificação, pois vai tornar o banco mais competitivo junto às micro e pequenas empresas.
Na década 2001-2010, as três letras eram sinônimo de crédito consignado vendido por agentes autônomos. Agora, o foco está nos 3,6 milhões de cartões de crédito emitidos para a concessão desses empréstimos.
Cartões e maquininhas indicam o futuro dos negócios do BMG, cuja carteira de crédito somava R$ 9,1 bilhões no primeiro semestre de 2018, sendo 74% referentes aos cartões de crédito consignado. Essa nova frente, liderada pelo atual presidente Marco Antonio Antunes, começou a ser trabalhada em 2016. O BMG tem R$ 16,1 bilhões em ativos e cerca de 4 milhões de clientes. Seu banco digital, aberto em janeiro de 2019, tem 610 mil contas abertas. A rede de lojas de crédito Help! soma 732 unidades.
O banco investiu na profissionalização e na governança, alterou sua estratégia de marketing – os patrocínios para times de futebol levaram um cartão vermelho (?) – e vem preparando uma aposta nos meios digitais. Hoje, eles estão restritos a uma plataforma de distribuição de investimentos e à concessão de crédito por meio da fintech Lendico, que atua como correspondente bancário. Estar perto das fintechs é uma regra. A instituição fechou uma parceria com a Bossa Nova Investimentos, além de manter a incubadora BMG UpTech, que já fez aportes em dezenas 30 empresas.
No início de julho de 2021, o Banco BMG assinou um acordo de investimentos para a aquisição de participação acionária na Araújo Fontes Consultoria e Negócios Imobiliários e na AF Invest.Na década de 1980, o Banco BMG era líder no financiamento de veículos leves e pesados. Até meados dos anos 1990, o foco do Banco BMG foi no financiamento no setor de atacado e varejo.
Em 1998, o Banco BMG lançou o crédito consignado, sendo o primeiro banco no Brasil a trabalhar com esse produto. A partir daí, esse passou a ser o foco dos negócios do Banco BMG.
Em 2005, o Banco BMG foi o primeiro banco a lançar o cartão de crédito consignado.
Desde 2009 os acionistas do Banco BMG detêm 90% de uma companhia de crédito ao consumo (fully-licensed consumer finance) com escritório na Flórida, nos Estados Unidos, denominada “BMG Money”, que opera com foco em crédito consignado para funcionários dos setores público e privado.
Em 2010, o crédito consignado representava 90% dos ativos do Banco BMG. Das operações totais do país para este produto, o Banco BMG foi responsável por 20%, sendo líder no Brasil nesse setor. O BMG possuía 12 agências próprias e atuava através de um modelo de parceria com 1.044 correspondentes bancários que se subdividem em 3.098 pontos de venda e em mais de 30 mil agentes no Brasil. Desta forma, o Banco BMG estava presente em mais de 5 mil municípios brasileiros.
Em 2010, o Banco BMG comprou a GE Money do Brasil, empresa que possuía o Banco GE Capital S.A. e a promotora de vendas e prestadora de serviços GE Promoções. A compra incluiu a rede física de 54 lojas e parcerias com varejistas, sendo a principal delas com o Walmart para quem a GE financiava as vendas de cartões de crédito. Após a compra pelo banco BMG, a GE Money passou a se chamar Banco Cifra.
Também em 2010, o Banco Schahin, posteriormente chamado Banco de Crédito Varejo, foi comprado pelo BMG numa operação financeira de R$ 230 milhões.
Em 2012, o Banco BMG e o Banco Itaú Unibanco se associaram para a criação de uma nova instituição financeira denominada Itaú BMG Consignado. A joint-venture começou com capital inicial de R$ 1 bilhão e teve como objetivo a expansão da comercialização de créditos consignados no Brasil. Nessa associação, o Itaú, através de uma operação financeira de R$ 700 milhões, passou a ter o controle de 70% do capital da nova entidade, enquanto o Banco BMG controlava os restantes 30%.
Em setembro de 2012, quatro diretores do banco BMG foram indiciados pela procuradoria da república. O Ministério Público Federal alegou que o banco liberou dinheiro mediante empréstimos simulados ao PT, entre outros. Na época o banco acabou por não entrar no julgamento do STF, pois foi decidido que as relações entre o banco e o governo deveriam ser mais bem investigadas.
Flávio Pentagna Guimarães e seu filho Ricardo Annes Guimarães, deixaram o dia a dia da instituição em 2012 e, desde então, o banco vem trilhando um ambicioso caminho de profissionalização e diversificação dos negócios.
Em 2015, a Lendico Brasil começou a operar no país através do correspondente bancário Banco BMG, pois ainda não é permitida a operação de empréstimos P2P no Brasil. O Banco BMG passou então a oferecer, em julho de 2015, aos seus clientes pessoa física, o crédito pessoal digital através da Lendico, utilizando uma plataforma 100% online. A Lendico não faz parte do Conglomerado Financeiro BMG, contudo, seus acionistas detêm 50% da empresa.
Em Janeiro de 2016, foi lançado o novo canal de distribuição via rede de franquias, help! loja de crédito, focada no varejo segmentado para aposentados e pensionistas do INSS e servidores públicos. Dentre os produtos ofertados pelas franquias estão: cartão de crédito consignado, empréstimo consignado, crédito pessoal com débito em conta, seguros, entre outros produtos financeiros e não financeiros.
Em 28 de dezembro de 2016, o BMG encerrou a joint-venture de quatro anos com o Itaú Unibanco, acordo marcado pela venda da sua carteira de empréstimos consignados, de R$ 29 bilhões, por R$ 1,2 bilhão.
Em 2017, o BMG lançou o BMG Invest Digital, no qual é possível abrir contas de maneira 100% digital via site ou aplicativo. A plataforma oferece ao mercado soluções de investimentos, com uma gama de produtos de renda fixa, adequados ao perfil de cada investidor.
Em setembro de 2018, a instituição comprou, sem divulgar o valor, 65% do capital da Granito, empresa que processa transações com cartões de crédito e débito. A aquisição da Granito, que processou R$ 1 bilhão em transações em 2018, aprofunda o esforço de diversificação, pois vai tornar o banco mais competitivo junto às micro e pequenas empresas.
Na década 2001-2010, as três letras eram sinônimo de crédito consignado vendido por agentes autônomos. Agora, o foco está nos 3,6 milhões de cartões de crédito emitidos para a concessão desses empréstimos.
Cartões e maquininhas indicam o futuro dos negócios do BMG, cuja carteira de crédito somava R$ 9,1 bilhões no primeiro semestre de 2018, sendo 74% referentes aos cartões de crédito consignado. Essa nova frente, liderada pelo atual presidente Marco Antonio Antunes, começou a ser trabalhada em 2016. O BMG tem R$ 16,1 bilhões em ativos e cerca de 4 milhões de clientes. Seu banco digital, aberto em janeiro de 2019, tem 610 mil contas abertas. A rede de lojas de crédito Help! soma 732 unidades.
O banco investiu na profissionalização e na governança, alterou sua estratégia de marketing – os patrocínios para times de futebol levaram um cartão vermelho (?) – e vem preparando uma aposta nos meios digitais. Hoje, eles estão restritos a uma plataforma de distribuição de investimentos e à concessão de crédito por meio da fintech Lendico, que atua como correspondente bancário. Estar perto das fintechs é uma regra. A instituição fechou uma parceria com a Bossa Nova Investimentos, além de manter a incubadora BMG UpTech, que já fez aportes em dezenas 30 empresas.
Flávio Pentagna Guimarães, que ainda era o maior acionista do BMG, morreu em 19 de janeiro de 2023, de causas naturais. O empresário tinha ações ordinárias de usufruto vitalício. Elas agora serão controladas por quatro dos seus herdeiros.
(Fonte: Wikipédia / revista Exame - 29.04.1992 / 14.09.1994 / revista IstoÉDinheiro - 16.01.2019 / Valor 19.11.2019 / jornal Estado de Minas - 19.01.2023 - partes)
Um comentário:
Não ficou claro o texto. Como ele manteve inativa as cartas patentes se ele vendeu as cartas patentes? Mais uma coisa, que se relaciona a esta dúvida. Hoje o banco faz publicidade que tem quase 100 anos. Isso seria errado, porque aquele banco lá de 1930 foi vendido?
Postar um comentário