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5 de out. de 2011

Mosaic Fertilizantes

          A norte-americana Mosaic é uma das maiores empresas de fertilizantes do mundo.   
          Em dezembro de 2016, a Mosaic adquire os ativos de fertilizantes da Vale (Cia. Vale do Rio Doce), por um valor total de aproximadamente US$ 2,5 bilhões. A operação foi concluída em 2018. A transação não incluiu ativos de nitrogenados e fosfatados de Cubatão (SP).
          Como resultado da operação, a Vale passou a ter uma participação minoritária da multinacional americana. Em 2011, a Vale havia adquirido a Fosfértil e, pouco tempo depois, fechou seu capital.
          Ao ganhar ainda mais envergadura no Brasil após adquirir ativos da Vale, a Mosaic Fertilizantes passou a estudar alternativas para reduzir seus custos logísticos, que aumentaram em decorrência do avanço da produção.
          No ano de 2019, os investimentos foram de US$ 200 milhões em projetos no Brasil, principalmente na integração dos ativos adquiridos em 2018 da Vale.
          Em meados de novembro de 2022, a Mosaic e a Casa dos Ventos assinaram um acordo comercial para fornecer 30 megawatts médios (aMW) de energia eólica por 14 anos a partir do complexo eólico Umari, no estado do Rio Grande do Norte, a partir de 2026. Com a parceria, a Mosaic torna-se a primeira empresa de fertilizantes do Brasil a investir na aquisição de energia eólica com possibilidade de se tornar uma autoprodutora com capacidade para suprir 30% da energia contratada no período de 2026 a 2039, além de proporcionando estabilidade no abastecimento. Para a Casa dos Ventos, o modelo de parcerias para autoprodução com grandes empresas fortalece o ramo de geração, que acumula 1,7 GW de ativos em construção e em operação dedicados ao mercado livre. A construção do complexo eólico Umari começou em 2021 e contará com 45 aerogeradores da Vestas com capacidade total de 202,5 ​​MW. É menor do que os megaprojetos que a Casa do Ventos vem implementando, mas é capaz de evitar a emissão anual de cerca de 405 mil toneladas de CO2 equivalente na atmosfera.
          A Mosaic é a maior produtora de fosfatados do mundo e a quarta na área de potássicos. Essa duas fontes são as mais demandadas no Brasil, porque a soja, que absorve mais de 40% do volume de adubos vendido, é uma planta fixadora de nitrogênio por natureza. É dona de produção própria de potássio e fosfato, a Mosaic
          A empresa tornou-se líder na distribuição de fertilizantes no Brasil em 2022. De acordo com os balanços financeiros divulgados em 22 de fevereiro de 2023, a participação de mercado da Mosaic Fertilizantes na distribuição passou de 16% para 18%. A distribuição é a área que atende redes varejistas, cooperativas e produtores agrícolas.
          A empresa tem sua área administrativa centralizada em Uberlândia (MG) e minas de fosfatados em Tapira (MG), Araxá (MG) e Catalão (GO).
          Com o objetivo de expandir seus negócios na mais nova fronteira agrícola do Brasil, a região conhecida como Matopiba (divisa com os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a Mosaic Fertilizantes anunciou em 23 de fevereiro de 2023 um investimento de R$ 400 milhões para a construção de uma fábrica em Palmeirante (Tocantins).
          Além do potencial de consumo, Palmeirante é estratégico para a Mosaic por outros motivos. É o município onde está sendo instalado o Terminal Integrado de Palmeirante, negócio fruto de uma parceria entre a operadora logística VLI e a Companhia Portuária Operadora do Itaqui (Copi) — terminal que recebe fertilizantes no porto de Itaqui, em São Luís.
          Com a nova planta de mistura, a subsidiária local da Mosaic Company planeja adicionar 500 mil toneladas de produtos a partir de 2025 a uma área atualmente atendida por uma planta de mistura arrendada em São Luís (Maranhão). Essa unidade já fornece 350 mil toneladas de fórmulas para o Matopi (Maranhão, Tocantins e Piauí).
          A Bahia é atendida por outra fábrica localizada em Luís Eduardo Magalhães (BA). Em Sergipe, a empresa possui uma mina de potássio.
          A Mosaic Fertilizantes, uma das principais empresas do setor no Brasil, entra, em abril de 2024, também em bioinsumos, com a criação da Mosaic Bioscience Brasil, braço da empresa voltado para bionutrição de plantas e do solo e um desmembramento da Mosaic Biosciences, que surgiu nos Estados Unidos em 2023. A filial daqui nasce com um portfólio de quatro produtos voltados para soja e milho, que representam mais de 88% da produção brasileira de grãos, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento. Eduardo Monteiro, country manager da Mosaic Fertilizantes, diz que a expectativa é a de que no primeiro ano sejam vendidos 170 mil litros desses produtos, com faturamento de US$ 1 milhão. O plano é ser líder no setor e faturar US$ 100 milhões até 2030.
(Fonte: jornal Valor - 20.11.2019 / 17.11.2022 / 23.02.2023 / Estadão - 08.04.2024 - partes)

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