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4 de out. de 2011

Ryanair

          A companhia aérea irlandesa Ryanair foi fundada em 1985 pelo irlandês Tony Ryan (Thomas Anthony "Tony" Ryan - 1936-2007) e os sócios Christopher Ryan e Liam Lonergan. Até o começo da década de 1990, a Ryanair não passava de uma pequena empresa familiar à beira da falência. Ela havia chegado ao fundo do poço tentando brigar no mercado de aviação com gigantes como British Airways e Lufthansa. Em poucos anos, porém, graças a uma radical guinada no modelo de negócios a Ryanair conseguiu se recuperar. Entre 1988 e 1992, depois de aderir à filosofia de operação de baixo custo, ela saiu do prejuízo e entrou no lucro.
          Mas, a marca mais indelével da companhia ainda estava por vir. Ryan conheceu o irlandês Michael O'Leary quando esse era contador da KPMG, que prestava serviços ao empresário e o contratou. Em pouco tempo, o ex-contador já havia se transformado em presidente da Ryanair. Assumiu o comando em 1994. E começou a mostrar a que veio.
          A guinada da empresa, que alcançou 2 bilhões de dólares de faturamento em 2006, tem O'Leary como um dos maiores responsáveis. Uma de suas medidas de economia, depois imitada pela maioria das concorrentes, foi operar em aeroportos secundários, que cobram taxas menores. Para diminuir o custo do combustível, que representa 30% dos gastos da operação, a empresa só utiliza aviões modernos.
          A Ryanair também se esforça para manter essas aeronaves o máximo de tempo possível no ar. Chega ao limite de se recusar a estacionar os jatos próximos às pontes de embarque para não perder tempo entre um voo e outro. Os passageiros descem no meio da pista mesmo. Durante os voos, quase nada é oferecido de graça aos passageiros. Eles pagam por comidas e bebidas e até por qualquer bagagem transportada.
          A filosofia do corte de custos também atinge em cheio o staff da Ryanair. Na sede administrativa, os funcionários são proibidos de recarregar baterias de celular no local de trabalho. Os pilotos têm de pagar pelos cursos de treinamento, medida que poucas companhias adotam. Uma das estratégias da empresa para suprir a demanda por novos profissionais é cooptar pessoal de companhias aéreas com problemas financeiros. Foi o caso de alguns ex-comandantes da Varig. Apenas num primeiro momento, cerca de 50 deles começaram a trabalhar para a empresa irlandesa.
          Incrível é o fato de O'Leary nem gostar de aviação. Um de seus maiores hobbies é a criação de cavalos de corrida. Bem a seu estilo, O'Leary assim definiu numa entrevista (em 2006) qual é sua relação emocional com o mercado em que atua: "Não gosto de aviões e nunca quis ser piloto como esse pelotão de estúpidos que habita a indústria aérea."
(Fonte: revista Exame - 11.10.2006 / Wikipédia - partes)

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