Quem chega para uma reunião no grupo Nexxera será encaminhado à sala Jurerê. Ou então às salas Brava, dos Ingleses, Campeche ou Santinho. Batizá-las com nomes de praias de Florianópolis foi a forma que os fundadores encontraram para lembrar, todo santo dia, de como e onde tudo começou. Foi numa conversa na praia dos Ingleses que Edenir Silva, Rui Müller e Edson Silva, hoje presidente da Nexxera decidiram abrir a empresa Daquela reunião com pé na areia e sol na cabeça – com muito entusiasmo e pouco planejamento – nasceu uma companhia com três funcionários (eles mesmos) e três sedes: a casa de cada um.
Nos anos 1980, Silva e companhia integravam a primeira geração de analistas de sistema do Banco do Estado de Santa Catarina, o Besc. Uma das funções da equipe era buscar no mercado as melhores soluções de automação bancária. Anos depois, cheios de conhecimento sobre o assunto, eles optaram pelo voo-solo naquela conversa na praia dos Ingleses. “Usamos o último salário para dar início às atividades da empresa, que na época se chamava Compumarket”, conta Silva. “Depois vendemos carro, casa na praia, tudo para investir na companhia.”
Entre os primeiros clientes estavam as conterrâneas Tramontina e Marisol. Mas foi um acordo com o Banco Meridional que pavimentou o caminho para o crescimento: a instituição abriu sua lista de clientes corporativos aos parceiros e novos contratos foram surgindo. Logo, Santa Catarina já parecia pequena para a Compumarket. Era a hora de tentar a sorte em São Paulo.
Ainda que tivesse fechado bons contratos, a empresa ainda não estava na fase de gastar com “luxos”. Tudo o que entrava era investido no próprio negócio. Sendo assim, a viagem de Silva e seus sócios para São Paulo teria de ser feita de ônibus. Dez horas de estrada, desembarque na rodoviária do Tietê e táxi até o potencial cliente – que, claro, não precisaria saber dos pormenores da viagem (não pegava bem..). Fechado o negócio, o empresário paulista quis comemorar com um almoço. Escolheu um lugar caro. E Silva se sentiu na obrigação de pagar a conta. “Deixamos ele comer à vontade e pedimos, para nós, pratos baratos”, lembra. “No final, o cliente falou: essa é por minha conta.”
O pior veio depois. O cliente fez questão que seu motorista levasse os sócios ao aeroporto. “Tínhamos vindo de ônibus, paletó na mala. Como dizer que íamos para a rodoviária?” Não disseram. Conclusão: “O motorista nos levou até Guarulhos e tivemos de pegar um táxi para a rodoviária”. Na viagem de volta, durante a parada do ônibus, o trio só tinha dinheiro para um cafezinho. Vida de empreendedor...
A empresa começou como Compumarket Comunicação de Dados, em 1992. Em 1995, fez o lançamento do produto Skyline e deu início à estruturação da rede de comunicação (VAN).
Em 1998, a companhia adquiriu o primeiro datacenter próprio e, dois anos depois, em 2000, a
Compumarket passou a ser holding e a empresa passou a se chamar Nexxera Tecnologia e Serviços.
A estratégia de reinvestir capital e desenvolver produtos para as necessidades dos clientes pagou-se, no final. Em 2000, a Nexxera passou a ser alvo de investidores. Chegou a fechar contrato com o Opportunity, mas devolveu o dinheiro um ano depois por “incompatibilidade de expectativas” entre os sócios. Silva diz ter tomado a decisão certa. Era hora de voltar-se para dentro, “reinvestindo em projetos de longo prazo”.
A Nexxera passou a ser responsável pelo desenvolvimento e inteligência do grupo com um conjunto de empresas coligadas:
Nexxpago - transações presenciais e virtuais com cartões;
myreks - plataforma inovadora de recomendações de produtos em e-commerces;
Maná Saúde - descontos exclusivos em consultas, exames, vacinas, medicamentos e bem-estar;
Maná Clube - rede de descontos em lazer, alimentação e bem-estar;
yupee - gerenciador financeiro pessoal;
ianexx - Inteligência Artificial para recuperação de crédito, análise de comportamento e interação robótica;
Control - soluções robóticas customizadas da concepção à entrega. RPA - Robotics Process Automation.
O nome Grupo Nexxera pode até soar diferentão, mas a empresa quer provar ser bem mais íntima do que se imagina. Para o mercado, a Nexxera atua como principal gateway de transações financeiras e mercantis do país. Em outras palavras, oferece uma plataforma segura para as empresas se comunicarem com bancos e vice-versa, além de outros produtos que automatizam processos financeiros como gestão de pagamentos, relacionamento com fornecedores, administração de cobranças e conferência de extratos multibancos.
A especialidade da Nexxera é oferecer plataformas integradas de serviços de automação bancária, gestão de cobranças e recebimentos e tecnologias de relacionamento com fornecedores.
Entre os clientes estão SKY, Natura, Ambev, Celesc, Bradesco, SBT, Decolar e C&A. Grandes marcas do dia a dia que usam soluções do Grupo Nexxera.
Considerando dados do início de 2016, a Nexxera está conectada a 75 bancos e oito empresas de cartão, e faz mais de 5,2 bilhões de transações por ano. Quase 3 milhões de pessoas usam, de graça, a tecnologia da empresa. São os clientes dos clientes corporativos. O desafio é fazer com que eles gerem receita. É a estratégia do Vale do Silício: conquistar a base, depois começar a remunerar. O grupo é formado por dez empresas, emprega 320 pessoas, fatura R$ 120 milhões e ocupa um prédio inteiro em Florianópolis.
A Nexxera tem escritórios em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Miami e Bogotá. O plano de crescimento inclui a captação de clientes nos Estados Unidos e na América Latina. Mas a prioridade continua sendo o Brasil.
(Fonte: site da empresa / Época Negócios - dezembro 2015 - partes)
Nos anos 1980, Silva e companhia integravam a primeira geração de analistas de sistema do Banco do Estado de Santa Catarina, o Besc. Uma das funções da equipe era buscar no mercado as melhores soluções de automação bancária. Anos depois, cheios de conhecimento sobre o assunto, eles optaram pelo voo-solo naquela conversa na praia dos Ingleses. “Usamos o último salário para dar início às atividades da empresa, que na época se chamava Compumarket”, conta Silva. “Depois vendemos carro, casa na praia, tudo para investir na companhia.”
Entre os primeiros clientes estavam as conterrâneas Tramontina e Marisol. Mas foi um acordo com o Banco Meridional que pavimentou o caminho para o crescimento: a instituição abriu sua lista de clientes corporativos aos parceiros e novos contratos foram surgindo. Logo, Santa Catarina já parecia pequena para a Compumarket. Era a hora de tentar a sorte em São Paulo.
Ainda que tivesse fechado bons contratos, a empresa ainda não estava na fase de gastar com “luxos”. Tudo o que entrava era investido no próprio negócio. Sendo assim, a viagem de Silva e seus sócios para São Paulo teria de ser feita de ônibus. Dez horas de estrada, desembarque na rodoviária do Tietê e táxi até o potencial cliente – que, claro, não precisaria saber dos pormenores da viagem (não pegava bem..). Fechado o negócio, o empresário paulista quis comemorar com um almoço. Escolheu um lugar caro. E Silva se sentiu na obrigação de pagar a conta. “Deixamos ele comer à vontade e pedimos, para nós, pratos baratos”, lembra. “No final, o cliente falou: essa é por minha conta.”
O pior veio depois. O cliente fez questão que seu motorista levasse os sócios ao aeroporto. “Tínhamos vindo de ônibus, paletó na mala. Como dizer que íamos para a rodoviária?” Não disseram. Conclusão: “O motorista nos levou até Guarulhos e tivemos de pegar um táxi para a rodoviária”. Na viagem de volta, durante a parada do ônibus, o trio só tinha dinheiro para um cafezinho. Vida de empreendedor...
A empresa começou como Compumarket Comunicação de Dados, em 1992. Em 1995, fez o lançamento do produto Skyline e deu início à estruturação da rede de comunicação (VAN).
Em 1998, a companhia adquiriu o primeiro datacenter próprio e, dois anos depois, em 2000, a
Compumarket passou a ser holding e a empresa passou a se chamar Nexxera Tecnologia e Serviços.
A estratégia de reinvestir capital e desenvolver produtos para as necessidades dos clientes pagou-se, no final. Em 2000, a Nexxera passou a ser alvo de investidores. Chegou a fechar contrato com o Opportunity, mas devolveu o dinheiro um ano depois por “incompatibilidade de expectativas” entre os sócios. Silva diz ter tomado a decisão certa. Era hora de voltar-se para dentro, “reinvestindo em projetos de longo prazo”.
A Nexxera passou a ser responsável pelo desenvolvimento e inteligência do grupo com um conjunto de empresas coligadas:
Nexxpago - transações presenciais e virtuais com cartões;
myreks - plataforma inovadora de recomendações de produtos em e-commerces;
Maná Saúde - descontos exclusivos em consultas, exames, vacinas, medicamentos e bem-estar;
Maná Clube - rede de descontos em lazer, alimentação e bem-estar;
yupee - gerenciador financeiro pessoal;
ianexx - Inteligência Artificial para recuperação de crédito, análise de comportamento e interação robótica;
Control - soluções robóticas customizadas da concepção à entrega. RPA - Robotics Process Automation.
O nome Grupo Nexxera pode até soar diferentão, mas a empresa quer provar ser bem mais íntima do que se imagina. Para o mercado, a Nexxera atua como principal gateway de transações financeiras e mercantis do país. Em outras palavras, oferece uma plataforma segura para as empresas se comunicarem com bancos e vice-versa, além de outros produtos que automatizam processos financeiros como gestão de pagamentos, relacionamento com fornecedores, administração de cobranças e conferência de extratos multibancos.
A especialidade da Nexxera é oferecer plataformas integradas de serviços de automação bancária, gestão de cobranças e recebimentos e tecnologias de relacionamento com fornecedores.
Entre os clientes estão SKY, Natura, Ambev, Celesc, Bradesco, SBT, Decolar e C&A. Grandes marcas do dia a dia que usam soluções do Grupo Nexxera.
Considerando dados do início de 2016, a Nexxera está conectada a 75 bancos e oito empresas de cartão, e faz mais de 5,2 bilhões de transações por ano. Quase 3 milhões de pessoas usam, de graça, a tecnologia da empresa. São os clientes dos clientes corporativos. O desafio é fazer com que eles gerem receita. É a estratégia do Vale do Silício: conquistar a base, depois começar a remunerar. O grupo é formado por dez empresas, emprega 320 pessoas, fatura R$ 120 milhões e ocupa um prédio inteiro em Florianópolis.
A Nexxera tem escritórios em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Miami e Bogotá. O plano de crescimento inclui a captação de clientes nos Estados Unidos e na América Latina. Mas a prioridade continua sendo o Brasil.
(Fonte: site da empresa / Época Negócios - dezembro 2015 - partes)
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