A Cetenco Engenharia S.A. esteve presente em empreendimentos que marcaram o desenvolvimento do Brasil e do mundo. Atua na área de construção desde meados da década de 1930 no Brasil e no exterior, na execução de obras nas diversas áreas da engenharia.
Ao longo de sua existência, a Cetenco destacou-se sempre pelo emprego de modernas e avançadas técnicas de construção com emprego e desenvolvimento de tecnologias de ponta, visando à constante preocupação com a responsabilidade social e respeito ao meio ambiente, atuando com ênfase em barragens, eclusas e usinas hidrelétricas, metrôs, pontes e viadutos, túneis, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, linhas de transmissão, subestações e edificações industriais, comerciais e de alto padrão.
Dessa forma, o nome Cetenco está gravado em várias das principais e mais complexas obras da engenharia nacional e mundial como, por exemplo, na construção da usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu, na Usina Hidrelétrica de Guri (Venezuela), Hidrelétrica de Paulo Afonso IV, construção da Ferrovia do Aço, Rodovia dos Imigrantes, Bandeirantes e Castelo Branco, metrôs de São Paulo, Rio de Janeiro e Caracas (Venezuela), Terminal Marítimo de Sepetiba, Estação de Tratamento de Barueri, Barragens e Eclusas de Barra Bonita, Ibitinga e Promissão, os Edifícios Plaza Centenário e Cetenco Plaza, dentre muitos outros.
Nos jardins do complexo Cetenco Plaza na Avenida Paulista, abertos por mais de trinta anos, com um chafariz e o restaurante Spot no cenário, paulistanos sentavam-se, namoravam nos banquinhos de concreto, passeavam com seus cães. Muitas filmagens eram feitas no local. Para muitos era um dos cenários mais parecidos com certos pontos de Manhattan, em Nova York.
Pois, é justamente num dos complexos mais convidativos da Avenida Paulista, o Cetenco Plaza (foto acima), que a empresa entrou na contramão da história. Após uma reforma, o edifício mais parece a entrada de um presídio de segurança máxima.
Além do alambrado preto, vidros foram colocados com desleixo em cima do jardim. Ironicamente, trata-se de um dos metros quadrados mais protegidos da cidade - o condomínio abriga não só o Tribunal Regional Federal, dono de vários andares ali, mas também a Caixa Econômica, e ainda tem a sede paulistana do Banco Central como vizinho. Não existe nenhum registro recente de crime naquela praça. Nem dormiam ali as dezenas de moradores de rua comuns nas calçadas dos Jardins e de Higienópolis.
Felizmente, porém, o Cetenco é exceção. Outras instituições da Paulista mostram como se contribui para uma cidade melhor. Para constatar isso basta visitar, por exemplo, o Instituto Moreira Salles, sem muro, o vão do Masp, o Conjunto Nacional, também sem muros. Do Centro Cultural Fiesp à escadaria da Gazeta, sobram exemplos de como a responsabilidade de viver em sociedade também leva em conta o que fazemos pelo ambiente urbano. Algo a que o condomínio Cetenco agora cercado decidiu dar as costas.
Como os jovens de hoje não querem ficar enfurnados em uma cidadela, talvez algumas empresas mais antenadas deixem o Cetenco. Talvez o Tribunal Regional Federal perceba como é ruim para a sua imagem isolar-se em plena Paulista. Se a vacância aumentar, talvez doa no bolso, e a lambança em obra tão medonha possa ser desfeita pelo menos em parte.
(Fonte: site da empresa / revista Veja São Paulo - 08.05.2019 - partes)
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