Em 2010, antes de a chinesa Xiaomi vender qualquer smartphone, 56 dos primeiros funcionários reuniram US$ 11 milhões para investir na startup. Funcionários comuns recorreram às suas poupanças e pediram empréstimos aos pais. Uma recepcionista usou o dinheiro de seu dote.
Em 2018, eram 56 sortudos. A Xiaomi é uma das fabricantes de smartphones mais bem-sucedidas do mundo.
A decisão fortuita começou com trabalhadores como Li Weixing, um ex-engenheiro da Microsoft que foi o funcionário número 12. Em 2010, a equipe trabalhava sete dias por semana em um parque de escritórios básico em Pequim para colocar a desconhecida fabricante de celulares em funcionamento. Quando se espalhou a notícia de que Lei Jun e seus cofundadores estavam reunindo dinheiro próprio para uma rodada de financiamento de risco, Li e outros quiseram se juntar a eles.
Li, que ajudou a criar o sistema operacional móvel da Xiaomi, tinha cerca de 500.000 yuans (US$ 79.000) em economias. "Não era suficiente para comprar uma casa, então ele perguntou se em vez disso poderia investir na Xiaomi", disse o CEO Lei, em entrevista, na sede de Pequim. "Nós dissemos que não podíamos permitir que apenas Weixing investisse, por isso deixamos que todos entrassem."Alguns dos primeiros funcionários da Xiaomi já eram ricos, inclusive Lei, que fez fortuna comandando a produtora de software Kingsoft e investindo em startups chinesas. Mas muitos funcionários, naquela época, tiveram que juntar dinheiro para participar.
Em 2018, eram 56 sortudos. A Xiaomi é uma das fabricantes de smartphones mais bem-sucedidas do mundo.
A decisão fortuita começou com trabalhadores como Li Weixing, um ex-engenheiro da Microsoft que foi o funcionário número 12. Em 2010, a equipe trabalhava sete dias por semana em um parque de escritórios básico em Pequim para colocar a desconhecida fabricante de celulares em funcionamento. Quando se espalhou a notícia de que Lei Jun e seus cofundadores estavam reunindo dinheiro próprio para uma rodada de financiamento de risco, Li e outros quiseram se juntar a eles.
Li, que ajudou a criar o sistema operacional móvel da Xiaomi, tinha cerca de 500.000 yuans (US$ 79.000) em economias. "Não era suficiente para comprar uma casa, então ele perguntou se em vez disso poderia investir na Xiaomi", disse o CEO Lei, em entrevista, na sede de Pequim. "Nós dissemos que não podíamos permitir que apenas Weixing investisse, por isso deixamos que todos entrassem."Alguns dos primeiros funcionários da Xiaomi já eram ricos, inclusive Lei, que fez fortuna comandando a produtora de software Kingsoft e investindo em startups chinesas. Mas muitos funcionários, naquela época, tiveram que juntar dinheiro para participar.
Li e outros preferiam investir em uma iniciativa que conheciam, e não no incerto mercado de ações. Agora, Li deverá ganhar entre US$ 10 milhões e US$ 20 milhões, dependendo do valor do IPO da Xiaomi. A funcionária número 14, uma recepcionista que atualmente trabalha no escritório de recursos humanos da Xiaomi, contribuiu com seu dote, que somava cerca de 200.000 yuans (US$ 31.000). A participação pode valer agora até US$ 8 milhões.
Após uma primeira onda de interesse, Lei decidiu estabelecer o valor máximo de 300.000 yuans para os investimentos de cada funcionário comum, para limitar o risco e impedir que eles contraíssem empréstimos para investir. "O interesse foi avassalador, mas estabelecemos um limite porque ficamos preocupados. Se todos colocassem muito dinheiro, seria muito ruim se a empresa falisse", disse o cofundador Li Wanqiang, em entrevista, em março de 2018.
O grupo poderá chegar a ganhar coletivamente US$ 3 bilhões se a Xiaomi vender 15% da empresa, a uma avaliação de US$ 100 bilhões ao abrir o capital, feita no fim de 2017, segundo cálculos baseados no prospecto da Xiaomi. Uma estimativa mais conservadora prevê pagamento de US$ 1,4 bilhão para os 56 funcionários se a Xiaomi vender 25% da empresa por U$ 50 bilhões.
Após uma primeira onda de interesse, Lei decidiu estabelecer o valor máximo de 300.000 yuans para os investimentos de cada funcionário comum, para limitar o risco e impedir que eles contraíssem empréstimos para investir. "O interesse foi avassalador, mas estabelecemos um limite porque ficamos preocupados. Se todos colocassem muito dinheiro, seria muito ruim se a empresa falisse", disse o cofundador Li Wanqiang, em entrevista, em março de 2018.
O grupo poderá chegar a ganhar coletivamente US$ 3 bilhões se a Xiaomi vender 15% da empresa, a uma avaliação de US$ 100 bilhões ao abrir o capital, feita no fim de 2017, segundo cálculos baseados no prospecto da Xiaomi. Uma estimativa mais conservadora prevê pagamento de US$ 1,4 bilhão para os 56 funcionários se a Xiaomi vender 25% da empresa por U$ 50 bilhões.
A Xiaomi esteve no mercado brasileiro em 2015, mas acabou engolida pela competição e por erros de estratégia, como vender produtos apenas em seu próprio site. Apesar dos resultados ruins, a empresa deixou uma boa impressão para um nicho de usuários – um público que gosta de tecnologia e de pagar pouco, na comparação com marcas como Samsung, Apple e Motorola.
Em 2018, para estar no mercado brasileiro, a Xiaomi fechou uma parceria com a fabricante de eletrônicos DL, de Santa Rita do Sapucaí (MG), que cuidará de distribuição e vendas dos aparelhos no país. Por enquanto, os produtos serão importados da China, mas não estão descartados planos para fabricação local a longo prazo. “Queremos mostrar a experiência Xiaomi para os brasileiros: a ideia é que o consumidor use o smartphone, mas também uma pulseira inteligente ou um robô, de forma integrada”, diz Luciano Barbosa, diretor de produtos da DL e líder do projeto da Xiaomi no País.
Na manhã de 1º de junho de 2019, a Xiaomi abre sua primeira loja física em São Paulo, com uma fila de mais de mil pessoas, dobrando quarteirões em torno do shopping Ibirapuera em Moema, na zona sul da capital paulista. Elas estavam interessadas em conhecer os produtos da quarta maior fabricante de smartphones do mundo, ganhar brindes e ter descontos agressivos.
Na manhã de 1º de junho de 2019, a Xiaomi abre sua primeira loja física em São Paulo, com uma fila de mais de mil pessoas, dobrando quarteirões em torno do shopping Ibirapuera em Moema, na zona sul da capital paulista. Elas estavam interessadas em conhecer os produtos da quarta maior fabricante de smartphones do mundo, ganhar brindes e ter descontos agressivos.
(Fonte: jornal Valor 23.05.2018 / Estadão - 02.06.2019 - partes)
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A fabricante chinesa de celulares Xiaomi aportou no Brasil em 2016, mas foi uma tentativa frustrada em entrar no mercado brasileiro. A Xiaomi não conseguiu montar no Brasil um sistema eficiente de venda no varejo físico. E acabou abandonando o país.
Em 2019, a Xiaomi volta ao mercado brasileiro, agora, por meio de um acordo com a DL, uma distribuidora especializada em celulares.
A companhia chinesa vai vender, inicialmente, dois modelos no Brasil: Redmi Note 6 Pro e PocoPhone F1.
O mercado brasileiro de celulares já é disputado por marcas estrangeiras como Samsung, Motorola, LG e Apple.
Considerando o ranking do início de 2019, a Xiaomi é a quarta maior fabricante de celulares do mundo.
(Fonte: jornal Valor - 19.02.2019)
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A fabricante chinesa de celulares Xiaomi aportou no Brasil em 2016, mas foi uma tentativa frustrada em entrar no mercado brasileiro. A Xiaomi não conseguiu montar no Brasil um sistema eficiente de venda no varejo físico. E acabou abandonando o país.
Em 2019, a Xiaomi volta ao mercado brasileiro, agora, por meio de um acordo com a DL, uma distribuidora especializada em celulares.
A companhia chinesa vai vender, inicialmente, dois modelos no Brasil: Redmi Note 6 Pro e PocoPhone F1.
O mercado brasileiro de celulares já é disputado por marcas estrangeiras como Samsung, Motorola, LG e Apple.
Considerando o ranking do início de 2019, a Xiaomi é a quarta maior fabricante de celulares do mundo.
(Fonte: jornal Valor - 19.02.2019)
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