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1 de out. de 2011

Vinci Partners / Vinci Compass / Verde Asset

          Leonardo di Ser Piero da Vinci se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. É frequentemente descrito como alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela capacidade de invenção. Para o grupo que criou a empresa de private equity Vinci Partners, Leonardo é uma inspiração devido à sua multiplicidade de talentos, sua engenhosidade e sua criatividade, qualidades necessárias para empreender e construir novos valores.
          Gestora totalmente independente, a Vinci Partners foi fundada em 2009 no Rio de Janeiro por 25 ex-sócios do Pactual, incluindo 2/3 do antigo Comitê Executivo do banco, grupo liderado por Gilberto Sayão, ex- controlador do Banco Pactual.
          Com mais de 13.000 restaurantes em quase 100 países, no Brasil a Burger King abriu sua primeira loja em 2004 e permaneceu por um período com uma quantidade modesta de lanchonetes, mas, desde 2011, quando a operação brasileira foi comprada parcialmente pelo fundo Vinci Partners, abriu centenas de lojas no país, alcançando 531 lojas no final de 2015. No Brasil, a Burger King é comandada pelos fundos Vinci Partners, 3G Capital e Temasek. Tem também participação dos investidores Sommerville Investments e Montjuic.
          Depois de um ano procurando oportunidade no setor, em 28 de maio de 2012, a Vinci Partners comprou 70% da Cecrisa Revestimentos Cerâmicos S.A. O valor do negócio foi de R$ 250 milhões. Do dinheiro, R$ 200 milhões foram direto para o caixa da empresa. A maior parte dos recursos deve ser usada para o pagamento de dívidas. Os outros R$ 50 milhões foram para a família Freitas, fundadora da companhia e que continuou com assentos no conselho da empresa. A Cecrisa registrou em 2011 um faturamento bruto de R$ 750 milhões. A empresa tinha cinco unidades industriais, exportava para 50 países e contava com 2,5 mil funcionários. Em maio de 2019, a Cecrisa passou para as mãos da Duratex.
          A compra da Cecrisa foi o quinto investimento de um fundo de US$ 1,4 bilhão levantado pela Vinci para a compra de participação em empresas.
          Em 13 de março de 2019, o Burger King Brasil divulga que vai fazer uma oferta subsequente de ações (follow-on) para dar saída parcial aos investidores Vinci Partners, Sommerville Investments e Montjuic, além de outros acionistas pessoas físicas. Com a redução da ordem de 40% na posição detida atualmente por esses acionistas, o maior investidor da companhia será a Burger King Corporation, indiretamente controlada pela brasileira 3G Capital.
          Em maio de 2019 a Vero internet se formou como resultado da consolidação de pequenos provedores de internet em Minas Gerais, capitaneada pela Vinci Partners. Pequenos provedores de internet se destacaram nos últimos anos permanecendo resilientes em meio à recessão enquanto conectavam áreas não servidas plenamente. Enxergando isso, a gestora Vinci Partners finalmente se movimentou para esse setor e despendeu algo entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões para comprar participação num grupo de oito provedores: BD OnLine, NWNet, efibra, PowerLine, Getelecom, Viaceu, iareal e CityIO, que já estavam considerando uma consolidação. A Vinci começará com uma fatia de 50% mas tem plano de acumular cerca de 70% como investimentos nos próximos cinco anos. Vero nasce com receita bruta de R$ 13 milhões, 750 funcionários, 140.000 clientes e 2.400 quilômetros de rede de fibra ótica.
          A Vinci conta com um time de aproximadamente 297 funcionários dos quais 34 são sócios, com expertise e experiências complementares e um longo histórico. A empresa tem um bem-sucedido histórico de parcerias com empresas e empresários e ampla rede de relacionamentos e recursos empregada em prol dos investimentos da empresa. Seus sócios e funcionários investem seu próprio capital, aproximadamente R$ 5 bilhões, nos fundos da casa. Os investimentos são feitos nos mesmos termos e condições oferecidos aos clientes. Considerando dados de maio de 2019, a Vinci Partners tem R$ 56 bilhões sob gestão no Brasil. Tem escritórios no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e New York.
          No início de março de 2024, a Vinci Partners fecha uma transação que antecipa em anos sua expansão de volume sob gestão e a consolida como gestora regional na América Latina. A firma de origem carioca está fazendo uma combinação de negócios com a nova-iorquina Compass, que fará o AUM saltar de cerca de US$ 14 bilhões para pouco mais US$ 50 bilhões - passando o Pátria neste quesito e se tornando a maior gestora brasileira independente na região em volume de fundos alternativos.
          “A companhia se torna um portal para o investimento alternativo na América Latina”, define Alessandro Horta, CEO da Vinci. A expansão regional já era um plano apresentado pela companhia ao mercado desde seu IPO em bolsa americana. Essa é a segunda transação recente da firma de Horta, que no fim do ano passado fechou um acordo estratégico com a Ares Management - mas é a mais relevante em magnitude.
          A Vinci incorpora a Compass, que recebe 11,78 milhões de ações da gestora brasileira e um pagamento em papéis conversíveis no montante de US$ 31,3 milhões (cerca de R$ 154 milhões). Assim, os então atuais acionistas da Compass ficaram com 18% da Vinci. A previsão é que a transação seja concluída no terceiro trimestre
          Há baixíssima sobreposição geográfica, de base de investidores e de portfólio entre as companhias. O negócio adiciona de imediato, na ação, lucro de assessoria e gestão.
          Os acionistas da Compass tem ainda um earnout de 7,5% da Vinci, dependendo do atingimento de metas até 2028. Os sócios-fundadores da empresa, Manuel Balbontín e Jaime de la Barra, que são presidente e vice-presidente da gestora, passam a integrar o conselho de administração da Vinci.
          A Compass foi fundada em Nova York há 28 anos, mas sempre com foco na América Latina. A companhia atua principalmente em soluções de investimento - segmento conhecido no setor pela sigla IP&S. A empresa está em sete países na América Latina e tem escritório também no Reino Unido, além dos EUA.
          Em 6 de outubro de 2025, a Vinci Compass anunciou que chegou a um acordo para adquirir 50,1% da Verde Asset por R$ 46,8 milhões, mais uma parte em ações. Depois de cinco anos, a empresa pode adquirir a fatia restante por R$ 127,4 milhões, a depender do atingimento de determinadas condições (“earnout”).
          A negociações entre a Vinci e a gestora de Luis Stuhlberger já havia sido noticiada pelo Valor em junho. O veterano gestor se tornará sócio da Vinci e continuará como CEO da Verde. A transação deve ser concluída no quarto trimestre (2025), segundo a Vinci.
          A Verde tem R$ 16 bilhões em ativos sob gestão em fundos multiestratégia e planos de previdência brasileiros e globais. “É uma honra receber Luis Stuhlberger como sócio da Vinci Compass, uma figura marcante nos mercados brasileiros e uma das vozes mais influentes e confiáveis do País em alocação de ativos”, diz em nota Alessandro Horta, CEO da Vinci.
          A transação foi estruturada em duas fases. Na primeira fase, a Vinci vai adquirir 50,1% da Verde, pagando 3,1 milhões de novas ações ordinárias Classe A e R$ 46,8 milhões em dinheiro. O pagamento da primeira fase será realizado em duas partes, a primeira no fechamento da operação, fixada em 2,2 milhões de ações e R$ 32,4 milhões, e a segunda após dois anos, estimada em 900 mil ações e R$ 14,4 milhões em dinheiro, dependendo das metas de receita e outras condições habituais.
          A segunda fase foi estruturada como um “earnout”, a ser pago após cinco anos do fechamento, em que a Vinci vai adquirir os 49,9% restantes da Verde, pagando em ações e/ou dinheiro, e um valor estimado em R$ 127,4 milhões.
(Fonte: OESP - 04.06.2012 / Valor - 28.05.2019 / 07.03.2024 / 07.10.2025 / site da empresa - partes)

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