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2 de out. de 2011

Thomas Cook

          A operadora de turismo britânica Thomas Cook foi fundada em 1841. A empresa é  pioneira nos pacotes de viagem de férias familiares na Europa, América, África e Oriente Médio e é a mais antiga do mundo.
          A Thomas Cook foi abalada por uma dívida de US$ 2,1 bilhões. O grupo registrou uma forte queda em seus negócios nos últimos anos, consequência da concorrência intensa dos sites de viagens e das dúvidas dos turistas a viajar ante as incertezas sobre o Brexit, adiado duas vezes em 2019.
          Segundo Deirdre Hutton, presidente da Autoridade Britânica de Aviação Civil (CAA), disse à BBC que a Thomas Cook entrou em colapso porque falhou em modernizar sua abordagem a um mercado de turismo cada vez mais digital e "incrivelmente competitivo".
          A operadora de viagens britânica Thomas Cook administrava hotéis, resorts e companhias aéreas e transportava 19 milhões de pessoas por ano para 16 países, principalmente da Europa, operando uma frota de mais de 100 aviões. 
          A operadora apresentou um plano de reestruturação no qual o conglomerado chinês Fosun assumiria o controle de suas atividades, ao mesmo tempo que os credores (que incluem, entre outros, os bancos RBS, Barclays e Lloyds) assumiriam as atividades de sua companhia aérea. Mas não houve um desfecho positivo.
          Em 23 de setembro de 2019, a Thomas Cook declarou falência. A empresa ainda negociou intensamente durante todo o fim de semana anterior em busca de uma injeção de capital de 200 milhões de libras (quase 250 milhões de dólares) para evitar o colapso. Mas as conversas com credores, acionistas e governo fracassaram, e a operadora encerrou as atividades.
          Isso obrigou as autoridades a iniciar uma operação sem precedentes para repatriar 600 mil turistas que estavam de férias pelo mundo, sendo 150 mil britânicos. É considerada a maior repatriação em tempos de paz no Reino Unido. A ajuda de governos e de seguradoras para levar turistas de volta para casa se faz necessária. Entre os países com mais turistas afetados pela falência, estão Alemanha, Grécia, Turquia, Egito, Espanha, Suécia e Chipre.
          As aeronaves mobilizadas pela Autoridade Britânica de Aviação Civil (CAA) começaram a decolar de Palma de Mallorca (Espanha). Muitos turistas britânicos estão em Cuba, Turquia, Grécia e Tunísia. Aviões emprestados por companhias aéreas também serão utilizados.
          A companhia aérea alemã Condor, que pertence ao grupo Thomas Cook, anunciou que mantém seus voos, apesar da falência, e solicitou um empréstimo de emergência ao governo alemão.
          A Thomas Cook não operava voos no Brasil.
          A falência da Thomas Cook atinge sites globais de agendamento de viagens, empresas de cartão de crédito, agências de turismo que usam suas linhas aéreas e ruas comerciais britânicas em que seus agentes foram obrigados a fechar as portas.
          A Thomas Cook tem 22 mil funcionários em todo o mundo, 9 mil deles no Reino Unido. Todos estão com os empregos ameaçados.
          Mais de 2.500 empregos podem ser salvos com a venda da rede de 555 agências da Thomas Cook no Reino Unido para a Hays Travel, em outubro de 2019. A Hays Travel é uma grande rede independente de agências de viagens do Reino Unido.
(Fonte: Uol / G1 / Reuters - 23.09.2019 / The Guardian - 09.10.2019 - parte)

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