A empresa estatal francesa de energia nuclear Areva foi criada em 2001. Na verdade, a estatal só existe por causa do empenho pessoal da executiva Anne Lauvergeon, nascida em 1960, uma ex-integrante do governo de François Mitterand. Foi dela a ideia de reunir todas as pequenas companhias já existentes numa só.
À frente das operações desde o início, Lauvergeon colheu resultados significativos já nos primeiros 3 anos da empresa. Não só na França, onde, em 2004, 75% de toda a energia era nuclear. Ela fechou enormes contratos para a cessão de reatores para países como os Estados Unidos, Finlândia e China.
Lauvergeon é uma das executivas mais poderosas e também detestadas da Europa. É conhecida como "Atômica Anne!" ou "dama de ferro francesa". É odiada porque defende abertamente o uso dessa tecnologia, uma causa que desperta reações raivosas de grupos de ambientalistas, de alguns setores da esquerda e era (em 2004) combatida por 62% dos franceses. Sem receio de impopularidade, sua argumentação é farta em ironias contra seus adversários. Uma das provocações preferidas da "Atômica Anne" é fustigar o lobby verde com a defesa de que a energia nuclear é a maneira mais "limpa" de evitar o aquecimento climático mundial.
Considerando dados de 2004, a Areva tinha faturamento de 12 bilhões de dólares e 50.000 empregados.
(Fonte: revista Exame - 04.08.2004
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