A empresa nasceu em 1966, quando um grupo de cinco professores mineiros criou o cursinho pré-vestibular Pitágoras numa sala alugada de um colégio. Entre os fundadores do Pitágoras estavam os irmãos Marcos e Walfrido Mares Guia. Em 1972, a empresa abriu a primeira escola. Ao longo dos anos 1980, começou a vender seu sistema de ensino para centenas de escolas. O grande salto veio com a mudança da lei que desregulamentou o ensino superior. Em 2001, o grupo estreou nesse segmento. Em 2005, recebeu uma injeção de capital do Apollo Group, instituição americana vista como potencial investidora em outros negócios.
Em 2007, abriu o capital na bolsa com uma nova marca para a holding: Kroton (Κρότων, em grego, Crotone, em italiano) em homenagem à cidade em que o matemático Pitágoras criou sua primeira escola. Crotone fica no sul da Itália, na região da Calábria. Na Antiguidade, foi colonizada pelos gregos.
Com dinheiro em caixa, a empresa passou a fazer aquisições de outras universidades em situação parecida: alguns milhares de alunos e pouco capital para grandes expansões. Havia centenas de opções na mesa. Em 2009, começou a negociar com a rede mato-grossense Iuni, criada nos anos 1980 pelo empresário Altamiro Galindo. A Iuni chegara a 2009 com cerca de 45 mil alunos e um histórico de aquisições. Quando as duas empresas se juntaram, em 2010, o improvável aconteceu: em seis meses, Rodrigo Galindo, filho de Altamiro, que já havia impressionado os compradores com sua experiência, virou presidente do grupo. A Kroton atinge então 85.000 alunos no ensino superior.
No fim de 2011, no Paraná, a Kroton compra o grupo de ensino a distância (EAD) Unopar, do professor Marco Antonio Laffranchi, por 1,3 bilhão de reais, sendo 1 bilhão de reais em dinheiro e cerca de 300 milhões de reais em ações da Kroton. Se para conseguir seu primeiro bilhão Laffranchi demorou 75 anos, para chegar ao segundo demorou menos de três anos. Em meados de 2014, sua participação na Kroton valia 1,5 bilhões de reais.
Em 2013, Walfrido Mares Guia, do Pitágoras, convence Gabriel Rodrigues da Anhanguera (que já havia adquirido a Uniban) a aceitar a fusão. A conclusão da aquisição foi efetuada em 2014 e, em julho de 2015 foi concluída a integração. Os fundadores das redes Anhanguera, Pitágoras, Iuni e Unopar estão no conselho da Kroton. Com a Unopar, a Uniasselvi, comprada em 2012, e a fusão com a Anhanguera, a Kroton chega a 520.000 alunos no ensino superior. Em 2015, mesmo com a venda da Uniasselvi, a empresa chega a 1.000.000 de alunos.
Com forte participação de seus universitários no programa do governo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), a Kroton tem aproximadamente um milhão de alunos na graduação, quase 300 mil em escolas associadas e quase 200 mil em pós-graduação e cursos livres, beirando um total de 1,5 milhão de alunos. O Grupo Kroton Educacional possui 37 mil colaboradores.
Em 2015, o grupo passou a analisar com mais ênfase o setor de ensino médio. A ligação da Kroton com a educação básica é por meio de uma única escola própria com a bandeira Pitágoras em Belo Horizonte, justamente a escola criada nos primeiros anos do grupo. O material didático dessa escola, porém, é distribuído para 290 mil alunos de 870 escolas do país.
No final da tarde da segunda-feira, dia 15 de agosto de 2016, os acionistas da companhia de educação Estácio aprovam e fusão com a rival Kroton. Mas a aprovação da fusão pelo Cade está mais demorada. Tendo em vista a importância da fusão ou mesmo o receio de aprovação parcial, quando em abril de 2017 ainda não havia um veredito, a Kroton parte para contratações de peso para sua assessoria. Além de José Eduardo Cardozo, a empresa contratou para assessorá-la o ex-presidente do órgão Vinicius Marques. Cardozo, aliás, indicou o atual interino (do Cade), Gilvandro Vasconcelos.
Em julgamento encerrado pouco antes das 21 horas do dia 28 de junho de 2017, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitou a fusão entre a Estácio e a Kroton, por cinco votos a um: “Estaríamos formando aqui uma empresa quase cinco vezes maior que a segunda colocada”, disse o conselheiro Gilvandro de Araújo, ao propor a rejeição do negócio.
Walfrido Mares Guia é um dos três fundadores do Pitágoras ainda remanescentes como acionistas e conselheiros. Há outros três acionistas na mesma condição, de grupos adquiridos.
Em 10 de abril de 2018, a Kroton dá o primeiro passo na educação básica ao adquirir o Colégio Leonardo da Vinci, em Vitória (ES), com 1.300 alunos. É criada a holding Saber, que abrigará os negócios na educação básica.
Poucos dias mais tarde, em 23 de abril de 2018 a Kroton adquire a Somos Educação, pelo total de R$ 4,57 bilhões. A compra foi realizada pela Saber, a holding de educação básica da Kroton, e corresponde à fatia de 73,35% que a Tarpon investimentos mantinha na Somos Educação. A Somos, antiga Abril Educação, que atua nos ensinos infantil, fundamental e médio, apresenta números superlativos: 2944 escolas próprias e parcerias, 60.000 alunos próprios e 998.000 alunos que utilizam material do sistema de ensino. A Kroton é proprietária da rede de escolas bilíngue Red House International.
Depois de todo mundo já ter começado a se acostumar com Kroton, o nome meio estranho para os tupiniquins dado à empresa em homenagem à cidade onde nasceu Pitágoras, nome da escola que foi o embrião do grupo, eis que a empresa resolve mudar o nome. Em 7 de outubro de 2019, anunciou a criação de uma holding que administrará quatro empresas separadas em uma ampla reestruturação corporativa visando um impulso tecnológico. Na prática, a atual Kroton vai se transformar em uma holding de quatro empresas e passará a se chamar Cogna Educação. As ações da Cogna são negociadas na Bovespa sob o ticker "COGN3", em substituiçao a KROT3, da Kroton, a partir de 11 de outubro. O conglomerado continuará a ser chefiado pelo atual presidente da Kroton, Rodrigo Galindo.
No momento da mudança de nome o grupo apresenta números que, mesmo robustos, mostram que é possível crescer muito: possui participação de apenas 3,9% no mercado educacional do país, avaliado em 174 bilhões de reais. As operações de ensino superior continuarão sob a marca Kroton, na qual a empresa atualmente possui mais de 800 mil alunos em 176 faculdades e 1.410 centros de ensino à distância. A participação de mercado neste segmento é de 9,1%. A divisão Kroton terá agora Roberto Valério como presidente.
Com dinheiro em caixa, a empresa passou a fazer aquisições de outras universidades em situação parecida: alguns milhares de alunos e pouco capital para grandes expansões. Havia centenas de opções na mesa. Em 2009, começou a negociar com a rede mato-grossense Iuni, criada nos anos 1980 pelo empresário Altamiro Galindo. A Iuni chegara a 2009 com cerca de 45 mil alunos e um histórico de aquisições. Quando as duas empresas se juntaram, em 2010, o improvável aconteceu: em seis meses, Rodrigo Galindo, filho de Altamiro, que já havia impressionado os compradores com sua experiência, virou presidente do grupo. A Kroton atinge então 85.000 alunos no ensino superior.
No fim de 2011, no Paraná, a Kroton compra o grupo de ensino a distância (EAD) Unopar, do professor Marco Antonio Laffranchi, por 1,3 bilhão de reais, sendo 1 bilhão de reais em dinheiro e cerca de 300 milhões de reais em ações da Kroton. Se para conseguir seu primeiro bilhão Laffranchi demorou 75 anos, para chegar ao segundo demorou menos de três anos. Em meados de 2014, sua participação na Kroton valia 1,5 bilhões de reais.
Em 2013, Walfrido Mares Guia, do Pitágoras, convence Gabriel Rodrigues da Anhanguera (que já havia adquirido a Uniban) a aceitar a fusão. A conclusão da aquisição foi efetuada em 2014 e, em julho de 2015 foi concluída a integração. Os fundadores das redes Anhanguera, Pitágoras, Iuni e Unopar estão no conselho da Kroton. Com a Unopar, a Uniasselvi, comprada em 2012, e a fusão com a Anhanguera, a Kroton chega a 520.000 alunos no ensino superior. Em 2015, mesmo com a venda da Uniasselvi, a empresa chega a 1.000.000 de alunos.
Com forte participação de seus universitários no programa do governo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), a Kroton tem aproximadamente um milhão de alunos na graduação, quase 300 mil em escolas associadas e quase 200 mil em pós-graduação e cursos livres, beirando um total de 1,5 milhão de alunos. O Grupo Kroton Educacional possui 37 mil colaboradores.
Em 2015, o grupo passou a analisar com mais ênfase o setor de ensino médio. A ligação da Kroton com a educação básica é por meio de uma única escola própria com a bandeira Pitágoras em Belo Horizonte, justamente a escola criada nos primeiros anos do grupo. O material didático dessa escola, porém, é distribuído para 290 mil alunos de 870 escolas do país.
No final da tarde da segunda-feira, dia 15 de agosto de 2016, os acionistas da companhia de educação Estácio aprovam e fusão com a rival Kroton. Mas a aprovação da fusão pelo Cade está mais demorada. Tendo em vista a importância da fusão ou mesmo o receio de aprovação parcial, quando em abril de 2017 ainda não havia um veredito, a Kroton parte para contratações de peso para sua assessoria. Além de José Eduardo Cardozo, a empresa contratou para assessorá-la o ex-presidente do órgão Vinicius Marques. Cardozo, aliás, indicou o atual interino (do Cade), Gilvandro Vasconcelos.
Em julgamento encerrado pouco antes das 21 horas do dia 28 de junho de 2017, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitou a fusão entre a Estácio e a Kroton, por cinco votos a um: “Estaríamos formando aqui uma empresa quase cinco vezes maior que a segunda colocada”, disse o conselheiro Gilvandro de Araújo, ao propor a rejeição do negócio.
Walfrido Mares Guia é um dos três fundadores do Pitágoras ainda remanescentes como acionistas e conselheiros. Há outros três acionistas na mesma condição, de grupos adquiridos.
Em 10 de abril de 2018, a Kroton dá o primeiro passo na educação básica ao adquirir o Colégio Leonardo da Vinci, em Vitória (ES), com 1.300 alunos. É criada a holding Saber, que abrigará os negócios na educação básica.
Poucos dias mais tarde, em 23 de abril de 2018 a Kroton adquire a Somos Educação, pelo total de R$ 4,57 bilhões. A compra foi realizada pela Saber, a holding de educação básica da Kroton, e corresponde à fatia de 73,35% que a Tarpon investimentos mantinha na Somos Educação. A Somos, antiga Abril Educação, que atua nos ensinos infantil, fundamental e médio, apresenta números superlativos: 2944 escolas próprias e parcerias, 60.000 alunos próprios e 998.000 alunos que utilizam material do sistema de ensino. A Kroton é proprietária da rede de escolas bilíngue Red House International.
Depois de todo mundo já ter começado a se acostumar com Kroton, o nome meio estranho para os tupiniquins dado à empresa em homenagem à cidade onde nasceu Pitágoras, nome da escola que foi o embrião do grupo, eis que a empresa resolve mudar o nome. Em 7 de outubro de 2019, anunciou a criação de uma holding que administrará quatro empresas separadas em uma ampla reestruturação corporativa visando um impulso tecnológico. Na prática, a atual Kroton vai se transformar em uma holding de quatro empresas e passará a se chamar Cogna Educação. As ações da Cogna são negociadas na Bovespa sob o ticker "COGN3", em substituiçao a KROT3, da Kroton, a partir de 11 de outubro. O conglomerado continuará a ser chefiado pelo atual presidente da Kroton, Rodrigo Galindo.
No momento da mudança de nome o grupo apresenta números que, mesmo robustos, mostram que é possível crescer muito: possui participação de apenas 3,9% no mercado educacional do país, avaliado em 174 bilhões de reais. As operações de ensino superior continuarão sob a marca Kroton, na qual a empresa atualmente possui mais de 800 mil alunos em 176 faculdades e 1.410 centros de ensino à distância. A participação de mercado neste segmento é de 9,1%. A divisão Kroton terá agora Roberto Valério como presidente.
Cogna e a TIM anunciaram em 8 de julho de 2021 uma parceria para a criação de uma nova companhia voltada à oferta de cursos de educação superior e livres digitais e desenvolvidos para uso em celulares. A nova empresa, Ampli, será controlada pela Anhanguera Educacional, subsidiária da Cogna, e a TIM poderá ter uma participação de até 30% no empreendimento, dependendo dos resultados da parceria entre as duas companhias. A Ampli é uma plataforma criada pela Cogna por volta de julho de 2020 e que oferece cursos de graduação, pós-graduação e livres “ligados a profissões do futuro”, afirmou o grupo de educação. A plataforma permite ingresso semanal de alunos e oferece cursos de menor duração, entre 18 meses e 36 meses, afirmou a Cogna. A Cogna afirmou também que a TIM, que tem 50 milhões de usuários, lançará campanhas de marketing e oferecerá em seus canais de vendas os cursos da Ampli. Segundo a Cogna, a oferta envolverá 250 cursos de graduação e pós-graduação e mais de 400 cursos livres.
No setor de educação básica, no qual o grupo possui participação de mercado de 1,2%, a Cogna Educação operará como Saber (que é a subsidiária responsável pelos colégios próprios do grupo), com Paulo Serino atuando como presidente.
As outras empresas controladas pela holding serão focadas em serviços corporativos ao ensino superior (Platos, que é a subsidiária criada para atender outras faculdades do mercado) e a educação básica (Vasta Educação). A Vasta Educação é uma subsidiária da Cogna que produz conteúdo didático e oferece serviços educacionais para colégios. A Vasta é dona de marcas reconhecidas como os sistemas de ensino Anglo e pH e as editoras Saraiva, Ática e Scipione. Em 23 de julho de 2020, a Cogna Educação confirmou que foi realizado o lançamento nos Estados Unidos da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da sua subsidiária Vasta Plataform.
As outras empresas controladas pela holding serão focadas em serviços corporativos ao ensino superior (Platos, que é a subsidiária criada para atender outras faculdades do mercado) e a educação básica (Vasta Educação). A Vasta Educação é uma subsidiária da Cogna que produz conteúdo didático e oferece serviços educacionais para colégios. A Vasta é dona de marcas reconhecidas como os sistemas de ensino Anglo e pH e as editoras Saraiva, Ática e Scipione. Em 23 de julho de 2020, a Cogna Educação confirmou que foi realizado o lançamento nos Estados Unidos da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da sua subsidiária Vasta Plataform.
No final de outubro de 2021, a Cogna concluiu as operações com a Eleva Educação. A Somos Sistemas, controlada da Vasta, adquiriu a Editora Eleva, sociedade que detém os ativos relacionados aos sistemas de ensino até então comercializados pela Eleva Educação.
(Fonte: revista Exame - 18.01.2006 / 11.06.2014 / 23.07.2014 / jornal Valor online - 29.04.2015 / 16.08.2016 / revista Veja 12.04.2017 / 21.06.2017 / Valor - 11.04.2018 / 23.04.2018 / revista Veja - 02.05.2018 / Yahoo! Notícias/Reuters - 07.10.2019 / Valor - 22.11.2019 / 23.07.2020 / 01.112021 - partes).
(Fonte: revista Exame - 18.01.2006 / 11.06.2014 / 23.07.2014 / jornal Valor online - 29.04.2015 / 16.08.2016 / revista Veja 12.04.2017 / 21.06.2017 / Valor - 11.04.2018 / 23.04.2018 / revista Veja - 02.05.2018 / Yahoo! Notícias/Reuters - 07.10.2019 / Valor - 22.11.2019 / 23.07.2020 / 01.112021 - partes).
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