Ao anunciar em março de 2012, que produziria uma coleção de alta joalheria, a centenária Lalique provocou reações desdenhosas. Concorrentes julgaram tratar-se de jogada de marketing de uma das mais famosas cristalerias francesas tentando expandir os horizontes de negócio - a Lalique é sinônimo de bibelôs e objetos de decoração. O que muita gente desconhecia é que, com a decisão, a empresa voltava às raízes. Fundada por René Lalique, em 1885, a maison foi um dos principais nomes no universo das joias na virada do século XIX para o XX. Símbolo de estilo art noveau, o "joalheiro-poeta", como era chamado pelos contemporâneos, enfeitou as grandes figuras de seu tempo com borboletas, pássaros e libélulas preciosas. As peças faziam sucesso entre as mulheres célebres da belle époque, como a atriz Sarah Bernhardt.
"René era usado pelas mulheres mais fortes e ousadas da época, que buscavam, com as peças, destoar das esposas de seus amantes" diz o designer Quentin Obadia, egresso da Boucheron. Por um ano, Obadia mergulhou nos milhares de desenhos e nas peças emblemáticas do fundador. O resultado chegou à loja da Rue Royale, em Paris, reformada para receber a primeira coleção, Odisseia do Fogo Sagrado. A ideia é lançar, uma vez por ano, algumas dezenas de peças de alta joalheria, fabricadas pelos artesãos da Praça Vendôme. A intenção não é reeditar o passado, mas explorar aspectos do estilo René Lalique, como recorrer à figura feminina. É o caso da mulher-pássaro do impressionante colar Vesta. Avaliada em 500.000 euros é uma das peças únicas da coleção - nada mais justo - na figura da Fênix renascendo das cinzas. É ressuscitada também outra marca registrada da casa: a mistura de cristais com pedras preciosas, revolucionária um século atrás.
Comprada pelo suíço Silvio Denz, em 2008, a Lalique, segundo ele, pode decorar uma casa inteira com seus objetos.
(Fonte: revista Luxo - agosto 2012 - Silvano Mendes)
"René era usado pelas mulheres mais fortes e ousadas da época, que buscavam, com as peças, destoar das esposas de seus amantes" diz o designer Quentin Obadia, egresso da Boucheron. Por um ano, Obadia mergulhou nos milhares de desenhos e nas peças emblemáticas do fundador. O resultado chegou à loja da Rue Royale, em Paris, reformada para receber a primeira coleção, Odisseia do Fogo Sagrado. A ideia é lançar, uma vez por ano, algumas dezenas de peças de alta joalheria, fabricadas pelos artesãos da Praça Vendôme. A intenção não é reeditar o passado, mas explorar aspectos do estilo René Lalique, como recorrer à figura feminina. É o caso da mulher-pássaro do impressionante colar Vesta. Avaliada em 500.000 euros é uma das peças únicas da coleção - nada mais justo - na figura da Fênix renascendo das cinzas. É ressuscitada também outra marca registrada da casa: a mistura de cristais com pedras preciosas, revolucionária um século atrás.
Comprada pelo suíço Silvio Denz, em 2008, a Lalique, segundo ele, pode decorar uma casa inteira com seus objetos.
(Fonte: revista Luxo - agosto 2012 - Silvano Mendes)
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