Do tempo que escrevia "assucar" nos rótulos de seus produtos e o sistema de distribuição era realizado de porta em porta até hoje, a Cia. União marcou gerações. Desde a fundação em 1910, pelos dois irmãos imigrantes italianos, que desembarcaram no mercado nacional para vender vinho, a empresa transformou-se em uma das mais destacadas do setor sucroalcooleiro.
A cooperativa foi criada em 1959. Conhecida inicialmente como Cooperativa Central, à época detinha apenas dez unidades produtoras paulistas e duas entidades cooperativas regionais, a Coopira e a Coopereste.
Tempos depois, controlada pela Copersucar - Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo , a Cia. União passou a deter mais de 40% do mercado brasileiro de açúcar refinado e responder por um quarto do agronegócio nacional de cana, açúcar e álcool, além de liderar o abastecimento de açúcar para a indústria de alimentos e bebidas.
Quem, que vivia na década de 1970, não se lembra do refrão: "Copersucar... responsável pela metade de todo o açúcar produzido no Brasil", repetido exaustivamente durante as transmissões pela TV dos grandes prêmios de Fórmula 1? A gigante Copersucar patrocinou a única equipe brasileira a participar até hoje da Fórmula 1. Mostrando as dificuldades que a escuderia teria, o batismo foi literalmente de fogo: na estreia, em 12 de janeiro de 1975, um acidente incendiou o carro pilotado por Wilsinho Fittipaldi durante o grande prêmio de F1 da Argentina.
Em 1974, ocorreu o chamado Bull market no mercado do açúcar, e os preços foram às alturas. Por isso que a família Atalla, dona da Copersucar, se deu ao luxo de bancar um carro de Fórmula 1, o Copersucar, pilotado primeiro por Wilson Fittipaldi e mais tarde por seu irmão, Emerson.
Como se tal extravagância não bastasse (o Copersucar jamais ganhou coisa alguma), os Atalla patrocinaram sozinhos a transmissão pela TV da Copa do Mundo da Alemanha no ano do primeiro bull market (1974).
A cooperativa foi criada em 1959. Conhecida inicialmente como Cooperativa Central, à época detinha apenas dez unidades produtoras paulistas e duas entidades cooperativas regionais, a Coopira e a Coopereste.
Tempos depois, controlada pela Copersucar - Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo , a Cia. União passou a deter mais de 40% do mercado brasileiro de açúcar refinado e responder por um quarto do agronegócio nacional de cana, açúcar e álcool, além de liderar o abastecimento de açúcar para a indústria de alimentos e bebidas.
Quem, que vivia na década de 1970, não se lembra do refrão: "Copersucar... responsável pela metade de todo o açúcar produzido no Brasil", repetido exaustivamente durante as transmissões pela TV dos grandes prêmios de Fórmula 1? A gigante Copersucar patrocinou a única equipe brasileira a participar até hoje da Fórmula 1. Mostrando as dificuldades que a escuderia teria, o batismo foi literalmente de fogo: na estreia, em 12 de janeiro de 1975, um acidente incendiou o carro pilotado por Wilsinho Fittipaldi durante o grande prêmio de F1 da Argentina.
Em 1974, ocorreu o chamado Bull market no mercado do açúcar, e os preços foram às alturas. Por isso que a família Atalla, dona da Copersucar, se deu ao luxo de bancar um carro de Fórmula 1, o Copersucar, pilotado primeiro por Wilson Fittipaldi e mais tarde por seu irmão, Emerson.
Como se tal extravagância não bastasse (o Copersucar jamais ganhou coisa alguma), os Atalla patrocinaram sozinhos a transmissão pela TV da Copa do Mundo da Alemanha no ano do primeiro bull market (1974).
Em 1976, a equipe ganhou um reforço, quando Emerson Fittipaldi, irmão mais moço de Wilson, assumiu um dos volantes, deixando a McLaren, equipe pela qual havia se sagrado bicampeão mundial nas temporadas de 1972 e 1974.
Até o seu fim, em 1982 (em 1980 houve novo Bull Market e o preço do açúcar disparou novamente), a Copersucar disputou 104 corridas. Não venceu nenhuma, mas emplacou três pódios (a melhor posição foi o 2º lugar de Emerson no Brasil em 1978) e revelou alguns talentos como o finlandês Keke Rosberg, que chegou ao título da categoria em 1982, ao volante de uma Williams. O sonho grande de Emerson acabou e lhe deixou um prejuízo de 7 milhões de dólares.
Em 2000, os 29 usineiros associados à Copersucar, sabendo da lentidão dos processos de decisão da empresa, da perda de energia em incontáveis reuniões e que até altos executivos tinham pouca autonomia, identificaram a necessidade de tirar o pó acumulado nos 46 anos de existência da cooperativa e encomendaram uma reestruturação a uma consultoria. Foram necessárias mudanças estratégicas. Para se concentrar no ponto forte - venda de grandes volumes para a indústria e para a exportação -, a empresa vendeu à americana Sara Lee as marcas de café Caboclo, Pilão e União.
Em outubro de 2003, então reunindo 91 produtores de açúcar e álcool na cooperativa, a Copersucar pôs à venda sua divisão de consumo. A área, cujo principal produto era o açúcar União, respondia por 17% do faturamento da Copersucar, superior a 4 bilhões de reais por ano. Cargill e Unilever estariam entre os candidatos à compra.
Em setembro de 2004, a Copersucar fechou a venda da divisão de consumo, incluindo o açúcar União, uma das marcas mais populares do país. O comprador é o empresário Roberto de Rezende Barbosa, dono da Usina Nova América e presidente do centro de tecnologia canavieira da própria Copersucar. A divisão de consumo respondia por 17% do faturamento anual de 4 bilhões de reais da cooperativa.
Com a intenção de profissionalizar a gestão, foram contratados executivos para substituir os cooperados na diretoria. Foi aí que a Copersucar enfrentou o que talvez seja um dos maiores desafios das empresas - transformar a própria cultura. Nesses momentos, um misto de costumes enraizados, apego a processos e medo do desconhecido parece tomar conta das organizações que se dispõem a experimentar uma transição radical. Às vezes, o choque entre o velho e o novo produz baixas. A mais evidente foi a do executivo Cassio Paulo França Domingues Filho, ex-diretor da multinacional Cargill, chamado para ser o primeiro profissional a ocupar a presidência da Copersucar. Ele ficou apenas um ano e meio e pediu demissão em dezembro de 2004. Não teria suportado o centralismo dos cooperados. A empresa demorou para achar um substituto.
Domingues também teve dificuldade para lidar com duas grandes facções que dividiam a Copersucar. De um lado, o líder era o discreto Antonio José Zillo, com vários cursos no exterior e respeitado pela habilidade como negociador. Do outro, o extrovertido Homero Corrêa de Arruda Filho, representante de um ramo da família canavieira Ometto. As duas partes não teriam concordado sobre a venda da União, o que atrasou as negociações. De 1990 a 2005 a empresa perdeu quase 60 associados. Cada um que sai leva uma fatia da produção. Por volta de 2000 , a Copersucar detinha quase 30% da cana do Centro-Sul. Na colheita 2005/2006 contribuiu com aproximadamente 20%. Ruete de Oliveira, presidente do conselho de administração iria elaborar um plano para atrair novos associados.
Em março de 2011 a empresa associou-se a outros grandes grupos empresariais, por meio da Logum Logística S.A. para realização de investimentos em logística. Trata-se da criação de um sistema integrado de distribuição de etanol, com a construção e desenvolvimento de polidutos, interligando as regiões produtoras aos maiores centros consumidores.
Em 2012 a Copersucar inaugurou o Terminal Multimodal de Ribeirão Preto. A obra incluiu a construção de uma pera ferroviária de 2,8 km de extensão, o que trouxe importantes ganhos de produtividade e sociais ao sistema Copersucar.
A empresa compartilhou a liderança e o patrocínio de notáveis avanços na reorganização do setor, na profissionalização das entidades de classe, na luta pela abertura de novos mercados e, fundamentalmente, no desenvolvimento de tecnologias que elevaram o Brasil à posição de vanguarda na competitividade mundial em açúcar e etanol.
Em 2012, a marca de açúcar União passa para as mãos da produtora de alimentos Camil.
A Copersucar, tinha sua sede em suntuoso edifício na avenida Paulista em São Paulo, mas a partir de fevereiro de 2020, a companhia passou a ter um novo endereço: o WT Morumbi, localizado na Avenida das Nações Unidas 14261.
Até o seu fim, em 1982 (em 1980 houve novo Bull Market e o preço do açúcar disparou novamente), a Copersucar disputou 104 corridas. Não venceu nenhuma, mas emplacou três pódios (a melhor posição foi o 2º lugar de Emerson no Brasil em 1978) e revelou alguns talentos como o finlandês Keke Rosberg, que chegou ao título da categoria em 1982, ao volante de uma Williams. O sonho grande de Emerson acabou e lhe deixou um prejuízo de 7 milhões de dólares.
Em 2000, os 29 usineiros associados à Copersucar, sabendo da lentidão dos processos de decisão da empresa, da perda de energia em incontáveis reuniões e que até altos executivos tinham pouca autonomia, identificaram a necessidade de tirar o pó acumulado nos 46 anos de existência da cooperativa e encomendaram uma reestruturação a uma consultoria. Foram necessárias mudanças estratégicas. Para se concentrar no ponto forte - venda de grandes volumes para a indústria e para a exportação -, a empresa vendeu à americana Sara Lee as marcas de café Caboclo, Pilão e União.
Em outubro de 2003, então reunindo 91 produtores de açúcar e álcool na cooperativa, a Copersucar pôs à venda sua divisão de consumo. A área, cujo principal produto era o açúcar União, respondia por 17% do faturamento da Copersucar, superior a 4 bilhões de reais por ano. Cargill e Unilever estariam entre os candidatos à compra.
Em setembro de 2004, a Copersucar fechou a venda da divisão de consumo, incluindo o açúcar União, uma das marcas mais populares do país. O comprador é o empresário Roberto de Rezende Barbosa, dono da Usina Nova América e presidente do centro de tecnologia canavieira da própria Copersucar. A divisão de consumo respondia por 17% do faturamento anual de 4 bilhões de reais da cooperativa.
Com a intenção de profissionalizar a gestão, foram contratados executivos para substituir os cooperados na diretoria. Foi aí que a Copersucar enfrentou o que talvez seja um dos maiores desafios das empresas - transformar a própria cultura. Nesses momentos, um misto de costumes enraizados, apego a processos e medo do desconhecido parece tomar conta das organizações que se dispõem a experimentar uma transição radical. Às vezes, o choque entre o velho e o novo produz baixas. A mais evidente foi a do executivo Cassio Paulo França Domingues Filho, ex-diretor da multinacional Cargill, chamado para ser o primeiro profissional a ocupar a presidência da Copersucar. Ele ficou apenas um ano e meio e pediu demissão em dezembro de 2004. Não teria suportado o centralismo dos cooperados. A empresa demorou para achar um substituto.
Domingues também teve dificuldade para lidar com duas grandes facções que dividiam a Copersucar. De um lado, o líder era o discreto Antonio José Zillo, com vários cursos no exterior e respeitado pela habilidade como negociador. Do outro, o extrovertido Homero Corrêa de Arruda Filho, representante de um ramo da família canavieira Ometto. As duas partes não teriam concordado sobre a venda da União, o que atrasou as negociações. De 1990 a 2005 a empresa perdeu quase 60 associados. Cada um que sai leva uma fatia da produção. Por volta de 2000 , a Copersucar detinha quase 30% da cana do Centro-Sul. Na colheita 2005/2006 contribuiu com aproximadamente 20%. Ruete de Oliveira, presidente do conselho de administração iria elaborar um plano para atrair novos associados.
Em março de 2011 a empresa associou-se a outros grandes grupos empresariais, por meio da Logum Logística S.A. para realização de investimentos em logística. Trata-se da criação de um sistema integrado de distribuição de etanol, com a construção e desenvolvimento de polidutos, interligando as regiões produtoras aos maiores centros consumidores.
Em 2012 a Copersucar inaugurou o Terminal Multimodal de Ribeirão Preto. A obra incluiu a construção de uma pera ferroviária de 2,8 km de extensão, o que trouxe importantes ganhos de produtividade e sociais ao sistema Copersucar.
A empresa compartilhou a liderança e o patrocínio de notáveis avanços na reorganização do setor, na profissionalização das entidades de classe, na luta pela abertura de novos mercados e, fundamentalmente, no desenvolvimento de tecnologias que elevaram o Brasil à posição de vanguarda na competitividade mundial em açúcar e etanol.
Em 2012, a marca de açúcar União passa para as mãos da produtora de alimentos Camil.
A Copersucar, tinha sua sede em suntuoso edifício na avenida Paulista em São Paulo, mas a partir de fevereiro de 2020, a companhia passou a ter um novo endereço: o WT Morumbi, localizado na Avenida das Nações Unidas 14261.
A empresa conta hoje com 43 Unidades Produtoras Sócias, pertencentes a 24 grupos econômicos. Essas 43 unidades fazem parte da cooperativa criada em 1959.
A empresa é a maior trading de açúcar e etanol do mundo. Possui 50% de participação na Alvean, criada em 2014, joint venture para o segmento de açúcar, ao lado da americana Cargill.
A empresa é a maior trading de açúcar e etanol do mundo. Possui 50% de participação na Alvean, criada em 2014, joint venture para o segmento de açúcar, ao lado da americana Cargill.
Em 31 de março de 2021, a Copersucar compra a participação da americana Cargill na Alvean, tornando-se a única acionista do negócio. A concretização da compra ocorreu em 17 de junho quando a transação foi aprovada pelo órgão antitruste Cade por um valor não revelado. Para a Copersucar, a estrutura atual da empresa, com sete escritórios espalhados pelo mundo, é suficiente para atender a demanda de clientes que já estão espalhados por 80 países. A Alvean continuará usando a estrutura da Cargill para exportação, mas agora como cliente.
Com 22 grupos econômicos e 37 unidades produtivas, a Copersucar responde por quase 30% da comercialização do mercado livre global, por meio da Alvean; 30% de etanol, com a joint venture Evolua, que tem como sócia a Vibra (antiga BR Distribuidora). A Copersucar também atua no mercado norte-americano por meio da EcoEnergy.
(Fonte: revista Exame - 15.10.2003 / 15.09.2004 / 08.06.2005 / Veja São Paulo - 21.01.2015/ revista Veja 13.04.2016 / site da empresa / Os Mercadores da Noite -Ivan Sant'Anna) / Valor - 18.06.2021 / 24.08.2023 - partes)
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