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6 de out. de 2011

CTG - China Three Gorges

          A estatal CTG, China Three Gorges (Três Gargantas) foi criada para construir a maior usina hidrelétrica do planeta, a gigantesca usina de Três Gargantas. Tem cerca de 100.000 MW de capacidade instalada ao redor do mundo e aproximadamente 25.000 funcionários.
          No Brasil, foi lançada oficialmente em 2013 e, apesar de a CTG ter concluído seu primeiro negócio - a aquisição de 50% em dois projetos hidrelétricos da EDP Energias do Brasil no Amapá - em 2014, a empresa estaria estudando o setor elétrico brasileiro desde os anos 1990: o parque hidrelétrico brasileiro serviu de referência para a construção de Três Gargantas, maior hidrelétrica do mundo, de 22 mil MW, no rio Yangtzé, na China.
          Aqui, a CTG cresceu rapidamente. Em apenas dois anos, tornou-se a segunda maior geradora privada do país, com 6 mil MW, atrás da Engie (ex-Tractebel) (7 mil MW). A estratégia é crescer via fusões e aquisições - principal caminho adotado até o momento - ou mesmo com projetos de energia nova. A CTG concentra apenas ativos de geração de energia no Brasil.
          Em 2016, a CTG pagou R$ 1,7 bilhão pelos ativos de energia da Triunfo. O grande salto da empresa, no entanto, aconteceu após vencer o leilão de relicitação das hidrelétricas Jupiá e Ilha Solteira, em novembro de 2016, desembolsando R$ 13,8 bilhões pelo bônus da outorga.
          Pelos cerca de 2 GW da Duke Energy, foi acordado um valor de US$ 1,2 bilhão, que inclui a assunção de dívidas. Antes disso, a CTG havia investido no Brasil em parcerias com a EDP Energias do Brasil, e também pela aquisição de parques eólicos que pertenciam à EDP Renováveis. A CTG tem ainda uma participação indireta no Brasil por ser controladora da Energias de Portugal (EDP), com 21,35% das ações da companhia portuguesa.
          No Brasil, considerando dados de novembro de 2019, a CTG já investiu R$ 23 bilhões em geração de energia, alcançando um total de 8,27 gigawatts (GW). É dona de um portfólio composto por 17 hidrelétricas e onze parques eólicos.

(Fonte: jornal Valor online - 04.04.2016 / 11.10.2016 / 12.11.2019 - partes) 



English version:
          China Three Gorges (CTG), owner of the Three Gorges power plant in China, has about 100,000MW of installed capacity worldwide, including projects in operation and construction.  
          In Brazil, in November 2015, China Three Gorges (CTG) met expectations and won the concessions of Jupiá and Ilha Solteira, in the auction of operating hydroelectric plants held on November 25th, by power regulator Aneel in São Paulo. With the new concessions, the Chine company becomes Brazil’s second largest privately-held electric generator.
          The two plants, located on the Paraná River, on the border of São Paulo and Mato Grosso do Sul states, total 5,000 megawatts of installed capacity. The bid, which had no competitors, increased CTG’s generation capacity in Brazil to 6,000MW, behind only Tractebel (controlled by Franco-Belgian group Engie), which has 7,300MW.
          Considering all power generators operating in the country, CTG will be the fifth, behind plants of state-owned holding company Eletrobras, whose capacity total 29,600MW, Itaipu Binacional, with 7,000MW, and Petrobras, which has through its thermal-power plants 6,200MW of capacity.
Ilha Solteira and Jupiá plants will cost the Chinese group R$13.8 billion in signature bonuses. Despite the obstacles pointed out by Brazilian companies to get financing, CTG is unlikely to face challenges on this front.
          CTG already had three hydroelectric plants and 11 wind farms in Brazil in partnership with companies with a strong presence in the country. The company had been studying a large investment in Brazil for a while, and the chance to buy these large plants came at the right time. In 2015, CTG had already made an important movement in Brazil with the agreement to buy two power companies of Triunfo group, with installed capacity of about 308MW, paying about R$1.9 billion.
          The company also has 50% of hydroelectric plants Jari and Cachoeira Calderão in partnership with Energias do Brasil, and 33% of the São Manoel plant. Jari is already operating while the others are still under construction. It also controls 11 wind farms in partnership with EDP Renováveis, an investment that was announced in May, 2015.
(Fonte: jornal Valor International edition - 26.11.2015)

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