A cadeia de lojas de móveis, acessórios e decoração Tok&Stok foi fundada em 1978, pela francesa Ghislaine Dubrule e seu marido Régis Dubrule. Em março de 2002, a empresa tinha 25 lojas em nove estados.
A sede da empresa está instalada em uma antiga fábrica da Votorantim na Vila Leopoldina, na cidade de São Paulo,
Em 2012, o fundo de private equity Carlyle comprou 60% da empresa por R$ 700 milhões na época.
O restante permaneceu com a família Dubrule.
A Tok & Stok tem atualmente 59 lojas em quatro formatos diferentes e é controlada pela Estok Comércio e Representações.
Em 20 de outubro de 2020, a Tok&Stok (Estok Comércio e Representações) chegou a entrar com pedido de IPO, alegando que usaria o dinheiro para expansão, transformação digital e melhoria de sua estrutura de capital. A empresa buscava aproveitar uma grande onda de liquidez no mercado financeiro, com recursos injetados nas economias pelos bancos centrais por causa da Covid-19 e das baixas taxas de juros. Porém, a oferta, como muitas outras em 2021, não avançou.
Nos nove primeiros meses de 2020, a Tok&Stok teve receita líquida de R$ 668,1 milhões, com queda de 23,4% sobre igual período do ano anterior. O resultado líquido foi um prejuízo de R$ 11,6 milhões, revertendo lucro de R$ 61,4 milhões em igual intervalo de 2019.
A Toky rejeitou a proposta desde o início e passou a se articular para que os demais acionistas também a recusassem. Recentemente, os gestores da empresa conseguiram se organizar para manter uma cláusula estatutária cuja retirada seria essencial à oferta feita pelos Dubrule. Ela era uma das condicionantes do negócio. As outras eram a aquisição de pelo menos 51% dos papéis e a aprovação da transação pelos credores.
A previsão era que o negócio fosse fechado em 15 de maio (2025). Sem alternativa para concretizar a proposta que fizeram, os Dubrule retiraram-na da mesa.
Em 12 de maio de 2025, a família Dubrule retirou a oferta pública voluntária para aquisição (OPA) da Mobly. Com isso, a disputa pelo controle do grupo de móveis e decorações pode ter chegado ao fim — apesar de os Dubrule dizerem na carta de retirada da oferta que buscarão agora trocar a atual gestão da companhia. “Tendo em vista o valor exorbitante que os ofertantes (a família Dubrule) teriam de pagar aos acionistas (...) foi tomada a decisão de revogar a oferta”, escrevem os Dubrule, na carta enviada à Toky.

(Fonte: Valor Investe - 21.10.2020 / 16.02.2023 / Suno Notícias - 17.04.2023 / 05.09.2023 / Estadão - 10.08.2024 / 21.08.2024 / 14.05.2025 - partes)
Em 2021, a participação da gestora Carlyle foi absorvida pela gestora de ativos SPX.
Em 2022, a Tok & Stok contratou a consultoria Heartman House para ajudar na definição de uma solução financeira, abrangendo inclusive renegociações de dívidas.
Em fevereiro de 2023, a Tok&Stok contrata a Alvarez & Marsal para auxiliar em sua reestruturação. A solução para os problemas financeiros poderia passar por injeção de capital.
Ghislaine Drubule, fundadora da Tok&Stok, voltou ao comando operacional da varejista de móveis, que protagoniza uma crise estimada em R$ 600 milhões. Além disso, três executivos da companhia foram demitidos em 13 de abril de 2023. Segundo informações publicadas pela Bloomberg Línea, Eduardo Henrique Sampaio (COO), Clarice Sangalo Feitosa (diretora de operações vendas-loja) e Ana Cláudia Moura foram desligados da operação. A volta de Ghislaine para o comando da Tok&Stok marca o retorno dos fundadores à gestão do negócio — eles haviam vendido o controle da operação em 2012 para o fundo Carlyle Group, por R$ 700 milhões.
Durante a crise financeira da Tok&Stok, a empresa decidiu colocar o pé no acelerador no seu plano de fechamento de lojas. A empresa confirmou o encerramento de duas unidades em Fortaleza (CE) e deve finalizar outra operação em Porto Alegre (RS).
Durante a crise financeira da Tok&Stok, a empresa decidiu colocar o pé no acelerador no seu plano de fechamento de lojas. A empresa confirmou o encerramento de duas unidades em Fortaleza (CE) e deve finalizar outra operação em Porto Alegre (RS).
Desde o início de 2023, a Tok&Stok e a loja de móveis e decoração online Mobly estariam em negociação para uma possível fusão. A Tok&Stok encerrou 2022 com prejuízo líquido de R$ 460,7 milhões e a Mobly reportou receita líquida de R$ 637,1 milhões
A Tok&Stok fez uma liquidação às pressas para fechar uma das suas lojas em Recife (PE). Segundo informações divulgadas na segunda, 17 de abril de 2023, a unidade foi encerrada no fim de semana anterior após vender todo o estoque pela metade do preço.
Em junho de 2023, o Carlyle investiu R$ 100 milhões na Tok&Stok e reescalonou uma dívida de R$ 350 milhões com bancos que passou a vencer em 2029.
Uma das hipóteses do mercado para a crise na Tok&Stok é de que a empresa teria feito um grande estoque para o Natal e não conseguiu desová-lo como planejado, desorganizando o capital de giro. Todo o segundo semestre de 2022 foi de vendas baixas para as varejistas de modo geral. O setor vem de dois anos de dificuldades, com o salto dos juros em um momento de alto endividamento após a pandemia de Covid-19.
Uma das hipóteses do mercado para a crise na Tok&Stok é de que a empresa teria feito um grande estoque para o Natal e não conseguiu desová-lo como planejado, desorganizando o capital de giro. Todo o segundo semestre de 2022 foi de vendas baixas para as varejistas de modo geral. O setor vem de dois anos de dificuldades, com o salto dos juros em um momento de alto endividamento após a pandemia de Covid-19.
No início de setembro de 2023, o fundo de private equity Carlyle, que controla a Tok&Stok, e a Home24, acionista controladora da Mobly, finalizaram os termos de um acordo de fusão.
A transação ocorrerá na forma de troca de ações, com os acionistas da Mobly detendo 80% da nova empresa e os acionistas da Tok&Stok – que, além do fundo, incluem os fundadores Regis e Ghislaine Drubule – detendo 20%. Ambos os acionistas estarão sujeitos a um período de indisponibilidade de dois anos, durante os quais não poderão vender as suas ações.
Após a fusão, a Home24 planeja fazer uma oferta pública de aquisição aos acionistas da Mobly ao preço de R$ 6,50, o que representa um prêmio de 68% sobre o preço atual das ações. Pelos termos do acordo, o Carlyle terá a opção de comprar mais 10% da empresa por R$ 9.
A nova empresa contará com a força do canal de vendas online da Mobly e ampliará sua rede de lojas físicas com unidades Tok&Stok. A Mobly conta atualmente com 17 lojas e três unidades franqueadas (Mobly Zip). A Tok&Stok fechou 17 lojas em 2023 como parte de seu plano de reorganização e tinha 51 unidades.
Em 8 de agosto de 2024 a A Mobly anunciou acordo para ser a controladora da Tok&Stok criando assim um gigante no mercado de móveis e decoração, com receita anual estimada de R$ 1,6 bilhão. Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a Mobly afirma que a operação tem o objetivo de fortalecer sua presença no mercado por meio da diversificação e complementaridade do portfólio de produtos e serviços. O valor estimado da Tok&Stok hoje é de R$ 112 milhões – a companhia já foi avaliada em R$ 1,1 bilhão. 70 é o número de lojas físicas que terão Tok&Stok e Mobly juntas.
A
família Dubrule, fundadora e acionista da
rede Tok&Stok, pediu à 2.ª Vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem da Comarca de São Paulo a suspensão da Recuperação Extrajudicial da empresa e da realização de
assembleia extraordinária de acionistas marcada
para amanhã, dia 22. Requisitou ainda que a gestora SPX, acionista majoritária da Tok&Stok, seja
impedida de votar nessa assembleia. Os Dubrule
tentam impedir a concretização da venda da fatia
da Tok&Stok, que pertence à SPX, para a Mobly.
O negócio foi anunciado em 8 de agosto e criaria
a maior empresa de móveis e decorações da
América Latina, com faturamento de R$ 1,6 bilhão.
Para a família, haveria conflitos de interesse que justificariam esta tomada de decisão por parte da Justiça.
Entre eles, o fato de que a SPX não teria o desejo de
atender ao melhor interesse da Tok&Stok, como determina a Lei das SAs, mas sim estaria sendo movida exclusivamente pela venda de suas ações da companhia.
Este teria sido o motivo de a SPX ter impedido o aumento de capital de R$ 220 milhões na varejista, proposto pelos Dubrule. Além disso, a gestora teria pedido que a família fizesse uma oferta por sua participação, mesmo com a empresa tendo dívidas em torno
de R$ 450 milhões com Bradesco, Santander e BB.
Sem conseguir
vender sua fatia aos Dubrule, a
SPX teria partido para a negociação com a Mobly. Pelo acordo
anunciado, houve trocas de
ações e a participação de 60%
da SPX na Tok&Stok se transformou em 12% na nova Mobly.
Simultaneamente, foi pedida a
recuperação extrajudicial da
Tok&Stok, com um acordo previamente assinado com os bancos credores, que alongaram as
dívidas. Essa situação permitiria ganhos com sinergia promovidos com a união das duas empresas, ao longo de dois anos.
Para os Dubrule, porém, haveria conflito de
interesse também com os bancos. Isso porque Bradesco e
Santander seriam remunerados em R$ 20 milhões pela Mobly, no fechamento do negócio. Como também são credores, haveria conflito de interesses. Segundo uma fonte, um
banco credor não poderia trabalhar também como vendedor do negócio. Para os Dubrule, a SPX destruiu o valor da
Tok&Stok, e a Mobly é queimadora de caixa. Somados os dois
negócios, não parariam em pé.
Fontes
próximas ao negócio veem o
pedido da família Dubrule à
Justiça como mais uma manobra protelatória, que não vem
encontrando amparo em juízo. Liminares pedidas anteriormente não foram acatadas.
Desta vez, a Justiça deu prazo
para a SPX responder até a
próxima semana, depois da assembleia de acionistas.
Para essas fontes, os bancos teriam trabalhado por um ano e meio para
achar um comprador para a
Tok&Stok. Foram assinados
acordos de confidencialidade
com 30 potenciais interessados, e os Dubrule estavam à
par de todas as negociações,
sem terem se oposto anteriormente ao trabalho.
No início de março de 2025, a Regain Participações (de Ghislaine e Regis Dubrule) e Paul Marie Dubrule haviam oferecido R$ 0,68 por ação da companhia para fazer a OPA, valor 51% abaixo dos papéis da Mobly (que mudou recentemente seu nome para Toky) no dia anterior à oferta. Dependendo da adesão dos acionistas, o capital da empresa poderia ou não ser fechado.A Toky rejeitou a proposta desde o início e passou a se articular para que os demais acionistas também a recusassem. Recentemente, os gestores da empresa conseguiram se organizar para manter uma cláusula estatutária cuja retirada seria essencial à oferta feita pelos Dubrule. Ela era uma das condicionantes do negócio. As outras eram a aquisição de pelo menos 51% dos papéis e a aprovação da transação pelos credores.
A previsão era que o negócio fosse fechado em 15 de maio (2025). Sem alternativa para concretizar a proposta que fizeram, os Dubrule retiraram-na da mesa.
Em 12 de maio de 2025, a família Dubrule retirou a oferta pública voluntária para aquisição (OPA) da Mobly. Com isso, a disputa pelo controle do grupo de móveis e decorações pode ter chegado ao fim — apesar de os Dubrule dizerem na carta de retirada da oferta que buscarão agora trocar a atual gestão da companhia. “Tendo em vista o valor exorbitante que os ofertantes (a família Dubrule) teriam de pagar aos acionistas (...) foi tomada a decisão de revogar a oferta”, escrevem os Dubrule, na carta enviada à Toky.
(Fonte: Valor Investe - 21.10.2020 / 16.02.2023 / Suno Notícias - 17.04.2023 / 05.09.2023 / Estadão - 10.08.2024 / 21.08.2024 / 14.05.2025 - partes)

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