A varejista de moda feminina Marisa foi fundada por Bernardo Goldfarb. Em 1990, assume a presidência seu filho Marcio Goldfarb.
A sede da varejista na Barra Funda, em São Paulo, em um antigo galpão industrial adquirido pela família há mais de 70 anos.
Em junho de 2016, como última etapa do processo para tornar a gestão da companhia mais profissional, Marcio Goldfarb deixa a presidência da empresa e passa o bastão para o executivo Marcelo Araujo, ex-presidente do grupo Libra. O plano de recuperação de vendas no varejo, tem foco no público feminino e na classe C e em manter um controle rígido de despesas.
Marcio Goldfarb passa a ocupar o cargo de presidente do conselho de administração da Marisa. Cassio Casseb Lima, que presidia o conselho, permanece como membro independente do colegiado. Dessa forma, os irmãos Marcio, Denise Goldfarb Terpins e Decio Goldfarb ficarão concentrados no conselho da rede.
Marcio Goldfarb é o maior acionista da Marisa, com 25,82% do capital. Denise Goldfarb Terpins e família detêm 24,58% e Decio Goldfarb e família são donos de 24,3%. Além deles, o Coronation Fund Managers possui 11,19% das ações, e o TP Partner Public Equities Fund responde por 4,21% das ações. Os demais 9,9% das ações são pulverizadas entre pequenos acionistas, e não é suficiente para a ação ter boa liquidez na BM&FBovespa.
Em outubro de 2019, a Marisa tinha 358 lojas, com receita líquida anual em torno de 2,7 bilhões de reais.
A sede da varejista na Barra Funda, em São Paulo, em um antigo galpão industrial adquirido pela família há mais de 70 anos.
Em junho de 2016, como última etapa do processo para tornar a gestão da companhia mais profissional, Marcio Goldfarb deixa a presidência da empresa e passa o bastão para o executivo Marcelo Araujo, ex-presidente do grupo Libra. O plano de recuperação de vendas no varejo, tem foco no público feminino e na classe C e em manter um controle rígido de despesas.
Marcio Goldfarb passa a ocupar o cargo de presidente do conselho de administração da Marisa. Cassio Casseb Lima, que presidia o conselho, permanece como membro independente do colegiado. Dessa forma, os irmãos Marcio, Denise Goldfarb Terpins e Decio Goldfarb ficarão concentrados no conselho da rede.
Marcio Goldfarb é o maior acionista da Marisa, com 25,82% do capital. Denise Goldfarb Terpins e família detêm 24,58% e Decio Goldfarb e família são donos de 24,3%. Além deles, o Coronation Fund Managers possui 11,19% das ações, e o TP Partner Public Equities Fund responde por 4,21% das ações. Os demais 9,9% das ações são pulverizadas entre pequenos acionistas, e não é suficiente para a ação ter boa liquidez na BM&FBovespa.
Em outubro de 2019, a Marisa tinha 358 lojas, com receita líquida anual em torno de 2,7 bilhões de reais.
Foram inaugurados em 17 de dezembro de 2019, os primeiros quiosques do Magazine Luiza dentro das lojas da Marisa na modalidade store in store – ou seja, quando um ponto de venda ganha espaço em outro ponto de venda. O início da parceria entre as duas varejistas acontece na cidade de São Paulo nas unidades da Marisa da Avenida Paulista, Teodoro Sampaio (Pinheiros) e Shopping Andorinha (Horto Florestal); e em cidades da região metropolitana (Osasco e Itapevi). O plano dos dois players seria lançar, até maio de 2020 (para captar o consumo do Dia das Mães), outras 295 unidades em todo o país, que terão o foco na venda de eletrônicos, acessórios e dispositivos de casa conectada, como o Google Nest, caixa de som inteligente do Google. A parceria entre as duas varejistas marca o início da comercialização de produtos eletrônicos na rede Marisa, especializada em moda feminina. A gestão das unidades, assim como toda estratégia comercial, financiamento e faturamento ficará sob responsabilidade do Magalu.
No início de fevereiro de 2023, a consultoria Galeazzi Associados foi contratada para reduzir os custos da empresa
Nas primeiras semanas de fevereiro de 2023, a Marisa anunciou diversas mudanças. Pressionada por dívidas que vencem em um futuro próximo, passará por uma grande reestruturação. Com mais uma troca de comando, a quarta em menos de um ano, o acionista controlador – a família Goldfarb – nomeou João Pinheiro Nogueira Batista como CEO para tentar mais uma vez reformular a empresa.
Em seu primeiro encontro presencial com a Galeazzi Associados, João Nogueira quis saber quais lojas estavam perdendo dinheiro e quantas devem fechar. Em 30 de setembro de 2022, a Marisa tinha 344 lojas.
Nogueira não conhecia a empresa e primeiro encontro presencial com os Goldfarb aconteceu no dia 12 de fevereiro, na sede da BR Partners, em São Paulo. O banco de investimentos está focado em renegociar a dívida de curto prazo da varejista, que reportou uma dívida líquida de R$ 566 milhões no terceiro trimestre de 2022, dos quais cerca de R$ 200 milhões vencem em 2023. Na mesma semana em que Nogueira foi anunciado como presidente, o diretor financeiro da Marisa, Renê Santiago, renunciou.
Nogueira não entende nada de moda nem de varejo. Foi diretor financeiro da Petrobras e CEO da empresa de energia Evoltz, Suzano Petroquímica e Swiss Re. Ele também é presidente do Porto de Vitória e membro do conselho de administração da petroquímica Braskem. Um dos motivos de sua contratação foi por sua experiência em reestruturações, como nos casos da Usina Cerradinho e da Evoltz. Ele também foi conselheiro da Novonor (ex-Odebrecht) em um momento crítico para a incorporadora.
O MBank, braço financeiro da Marisa, também cortou o financiamento a clientes. “Financiar clientes faz sentido [dar crédito para compras na Marisa], mas oferecer empréstimos bancários não". A torneira já está fechada.
Outra opção já em cima da mesa é vender o “balcão” da Marisa. A Marisa oferece planos de seguros e cartões de crédito quando os clientes chegam ao caixa para pagar suas compras. Em relação aos seguros, ela tem um acordo com a Assurant que vence no início de 2025. Quanto aos cartões de crédito, havia um acordo com o Itaú, mas o contrato foi rescindido há alguns dias.
Não há intenção de vender a empresa. Com a análise em mãos, a Marisa tem grandes chances de passar por uma injeção de capital. Segundo Nogueira, a família pode desembolsar o dinheiro, mas também está sendo analisada a chegada de um investidor externo que aceite injetar novo capital na varejista.
Para um aumento de capital com entrada de recursos de terceiros, a alta diluição pode ser um entrave – as ações da empresa sofreram forte desvalorização na B3 e hoje cada ação vale menos de R$ 1. “Faz sentido ouvir propostas em algum momento. Já recebi ligações, é uma marca forte”, disse. Uma forma de tentar evitar a diluição dos atuais acionistas seria propor a entrada de recursos via dívida, com conversão de ações.
Em seu primeiro encontro presencial com a Galeazzi Associados, João Nogueira quis saber quais lojas estavam perdendo dinheiro e quantas devem fechar. Em 30 de setembro de 2022, a Marisa tinha 344 lojas.
Nogueira não conhecia a empresa e primeiro encontro presencial com os Goldfarb aconteceu no dia 12 de fevereiro, na sede da BR Partners, em São Paulo. O banco de investimentos está focado em renegociar a dívida de curto prazo da varejista, que reportou uma dívida líquida de R$ 566 milhões no terceiro trimestre de 2022, dos quais cerca de R$ 200 milhões vencem em 2023. Na mesma semana em que Nogueira foi anunciado como presidente, o diretor financeiro da Marisa, Renê Santiago, renunciou.
Nogueira não entende nada de moda nem de varejo. Foi diretor financeiro da Petrobras e CEO da empresa de energia Evoltz, Suzano Petroquímica e Swiss Re. Ele também é presidente do Porto de Vitória e membro do conselho de administração da petroquímica Braskem. Um dos motivos de sua contratação foi por sua experiência em reestruturações, como nos casos da Usina Cerradinho e da Evoltz. Ele também foi conselheiro da Novonor (ex-Odebrecht) em um momento crítico para a incorporadora.
O MBank, braço financeiro da Marisa, também cortou o financiamento a clientes. “Financiar clientes faz sentido [dar crédito para compras na Marisa], mas oferecer empréstimos bancários não". A torneira já está fechada.
Outra opção já em cima da mesa é vender o “balcão” da Marisa. A Marisa oferece planos de seguros e cartões de crédito quando os clientes chegam ao caixa para pagar suas compras. Em relação aos seguros, ela tem um acordo com a Assurant que vence no início de 2025. Quanto aos cartões de crédito, havia um acordo com o Itaú, mas o contrato foi rescindido há alguns dias.
Não há intenção de vender a empresa. Com a análise em mãos, a Marisa tem grandes chances de passar por uma injeção de capital. Segundo Nogueira, a família pode desembolsar o dinheiro, mas também está sendo analisada a chegada de um investidor externo que aceite injetar novo capital na varejista.
Para um aumento de capital com entrada de recursos de terceiros, a alta diluição pode ser um entrave – as ações da empresa sofreram forte desvalorização na B3 e hoje cada ação vale menos de R$ 1. “Faz sentido ouvir propostas em algum momento. Já recebi ligações, é uma marca forte”, disse. Uma forma de tentar evitar a diluição dos atuais acionistas seria propor a entrada de recursos via dívida, com conversão de ações.
Após o fechamento de mercado de 26 de setembro de 2023, a Marisa divulgou que firmou uma parceria com a Ademicon Administradora de Consórcios, a maior administradora independente de consórcio do Brasil em créditos ativos, para a criação do Consórcio Marisa. A Marisa destacou que a nova parceria é mais um movimento rumo à ampliação da oferta de produtos e serviços de terceiros por meio de seus canais de vendas, elevando o potencial de rentabilização da operação da varejista.
(Fonte: jornal Valor online - 09.06.2016 / InfoMoney - 17.12.2019 / Valor - 22.02.2023 / Dica de Hoje Research - 27.09.2023 - partes)
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