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6 de out. de 2011

Engie (ex-Tractebel)

          Em 1998, o governo decidiu privatizar e Gerasul, uma empresa de geração de energia da região Sul. Na ocasião, seus ativos equivaliam a 5% do valor de mercado da Eletrobras, da qual fazia parte. A Gerasul e nove de suas usinas foi adquirida pela franco-belga Tractebel, que desembolsou 2 bilhões de dólares e a transformou ao longo dos anos, graças a uma gestão profissional e livre de interferência política, na mais valiosa empresa do país no setor elétrico.
          Naquele mesmo ano, a Tractebel obteve vitória nos leilões da concessão da hidrelétrica de Cana Brava.
          Quando privatizou a Gerasul, Fernando Henrique Cardoso tinha o plano de vender outras empresas da Eletrobras, mas esbarrou na mesma resistência política que perdurou por pelo menos duas décadas.
          A Tractebel Energia é a maior geradora privada de energia do Brasil e sua capacidade instalada própria de 6.964,7 MW correspondia a cerca de 6% do total no país ao final de 2013. Com sede em Florianópolis (SC), a companhia está presente em todas as regiões do Brasil, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí e Ceará. A Tractebel Energia atua na geração e comercialização de energia, por meio da implantação e operação de usinas.
          Controlada pelo grupo franco-belga Engie (antes conhecido como GDF Suez, vide origem da marca GDF Suez neste blog), a Companhia encerrou 2013 com um quadro de 1.125 empregados próprios e 869 empregados de empresas contratadas. A Tractebel Energia tem como clientes concessionárias de distribuição de energia elétrica e consumidores livres.
          A Tractebel anuncia, em julho de 2016, que passa a ter um novo nome: Engie Brasil Energia S.A.. Além disso, a companhia informou que a partir de 21 de julho de 2016 seu ticker foi alterado para EGIE3, com nome de pregão Engie Brasil. A mudança tem por objetivo adotar a mesma denominação do grupo controlador da companhia na Europa, o grupo Engie.
          Com dados de agosto de 2017 a Engie (o novo nome da companhia) vale quase uma Eletrobras e meia, ainda que a capacidade de geração seja apenas 20% da que a estatal possui.
          Em leilão realizado em 27 de setembro de 2017, o grupo Engie, dono de outras nove hidrelétricas no Brasil e líder no consórcio da usina de Jirau, adquire as usinas hidrelétricas Jaguara e Miranda, anteriormente administradas pela estatal mineira de energia Cemig.
          Maior investidor privado em geração de energia do Brasil, o grupo Engie possui 40% de participação na usina de Jirau, no rio Madeira (RO). Inaugurada em 16 de dezembro de 2016 Jirau é a terceira maior hidrelétrica em operação do país - atrás de Itaipu e Tucuruí - e possui 50 turbinas. Além da Engie, são sócias no empreendimento as estatais Eletrosul e Chesf, ambas subsidiárias da Eletrobras com 20% cada, e a japonesa Mitsui, também com 20%.
          A Engie possui 153.090 colaboradores em todo o mundo e obteve receitas de € 69,6 bilhões em 2016.
          No Brasil, a Engie é a maior produtora privada de energia elétrica no país, operando uma capacidade instalada de 10.290 MW em 32 usinas em todo o Brasil, o que representa cerca de 6% da capacidade do país (com dados de setembro de 2018, a Engie tem parque gerador para cera de 13 mil MW, dos quais 9,2 mil MW de propriedade do grupo). O Grupo possui 90% de sua capacidade instalada no país proveniente de fontes limpas, renováveis e com baixas emissões de gases de efeito estufa, posição que tem sido reforçada pela construção de novas eólicas no nordeste do país e por uma das maiores hidrelétricas do País, Jirau (3.750 MW), localizada no rio Madeira. O Grupo também atua na área geração solar distribuída e oferece serviços relacionados à energia, engenharia e integração de sistemas, atuando no desenvolvimento de sistemas de telecomunicação e segurança, iluminação pública e mobilidade urbana para cidades inteligentes, infraestruturas e a indústria de óleo e gás.
          Com base em dados de 2016, a Engie Brasil tem receita anual na faixa de R$ 6,5 bilhões e conta com 3.000 colaboradores.
          Na tarde do dia 5 de abril de 2019, o consórcio formado pela Engie e o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) apresentou a melhor proposta pela aquisição de 90% da Transportadora Associada de Gás (TAG). A proposta considera um valor de R$ 35,1 bilhões para 100% da TAG, na data base de dezembro de 2017. Após ajustes e atualizações financeiras, a transação, quando concluída, representará para a Petrobras um valor total estimado de US$ 8,6 bilhões, a uma taxa de câmbio de 3,85 R$/US$. Com a transação, a estrutura societária da TAG ficará da seguinte forma: Engie, 29,5%; Engie Brasil Energia (EBE), 29,5%; CDPQ, 31,5%; e Petrobras, 10%.
          Em 29 de setembro de 2021, numa transação de R$ 41.25 milhões, a Engie Brasil anuncia a aquisição da Assu Sol Geração de Energia, dona do projeto do Complexo Fotovoltaico Assú Sol, localizado no município de Assú, no Rio Grande do Sul. O projeto tem capacidade instalada total estimada em até 750 megawatts.
          Em leilão de transmissão realizado em 30 de junho de 2022 na B3, o Consórcio Engie Brasil Transmissão arrematou o Lote 7 (1 instalação no estado do Pará) por valor RAP de R$ 6.484.596,00 num deságio de (-)59,90% abaixo do valor de referência.
          Em meados de setembro de 2022, a Engie Brasil Energia vendeu a usina termelétrica de Pampa Sul, no município de Candiota (RS), para os fundos de investimento em participações Grafito e Perfin Space X, geridos pelas empresas Starboard e Perfin, por R$ 2,2 bilhões. O valor é dividido entre o preço da venda, de até R$ 450 milhões, e da assunção do endividamento pelos compradores, no valor aproximado de R$ 1,8 bilhão.
          Em 30 de setembro de 2022, a Engie Brasil Energia divulgou que assinou com a Vestas do Brasil Energia Eólica o contrato de fornecimento de até 188 aerogeradores do modelo V150 – com potência de 4,5 MW cada. Segundo a companhia, esse é um dos marcos que permitem o início da implantação do Conjunto Eólico Serra do Assuruá. O acordo ainda prevê o transporte, montagem, instalação, comissionamento e manutenção de longo prazo dos aerogeradores, incluindo eventuais trocas dos grandes componentes e garantias de disponibilidade. Serra do Assuruá está localizado no município de Gentio do Ouro, estado da Bahia, a cerca de 200 quilômetros da região onde a Engie já possui em operação os Conjuntos Eólicos Umburanas, Campo Largo I e II. Composto por 24 parques eólicos, a serem implantados em fase única, o projeto possui outorga emitida pela Aneel e capacidade instalada prevista de 846 MW, com estimativa de investimento da ordem de R$ 6 bilhões e geração de cerca de três mil empregos diretos e indiretos na região.
          Em 30 de outubro de 2023, a Engie Brasil Energia  informou ao mercado que adquiriu a totalidade das ações de emissão da Atlas Energia Renovável do Brasil S.A. e da Atlas Brasil Energia Holding 2 S.A. A operação envolve conjuntos fotovoltaicos em Juazeiro (BA), São Pedro (BA), Sol do Futuro (CE), Sertão Solar BA) e Lar do Sol (MG) que totalizam 545 MW de capacidade instalada. O valor total da transação será de aproximadamente R$ 3.240.000,00 (três bilhões, duzentos e quarenta milhões de reais), dividido entre o preço da compra, no montante de até R$ 2.269.000.000,00 (dois bilhões, duzentos e sessenta e nove milhões de reais), e o endividamento líquido da Atlas, no valor aproximado de R$ 971.000.000,00 (novecentos e setenta e um milhões de reais), que passa a ser consolidado.
          Em 28 de dezembro de 2023, a Engie Brasil Energia anunciou a venda de 15% de sua participação na Transportadora Associada de Gás (TAG) para o fundo canadense CDPQ, por R$ 3,1 bilhões. A Engie S.A. manterá participação de 32,5%, enquanto a Engie Brasil ficará com 17,5%. A CDPQ assume os 50% restantes. O controle da empresa será compartilhado pelas companhias.
(Fonte: Wikipédia / LinkedIn / revista Veja - 30.08.2017 / 04.10.2017 / jornal Valor - 20.09.2018 / 05.04.2019 / G1 - 30.06.2022 / 16.09.2022 / Dica de Hoje - 30.09.2022 / Comunicado da empresa - 30.10.2023 - partes)

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