A estrela vermelha do logotipo da Heineken é um dos mais antigos e misteriosos símbolos na fabricação de cerveja. Cervejeiros medievais penduravam esse símbolo nos barris para proteger a bebida em preparo e garantir sua qualidade com o poder das cinco pontas que simbolizam: terra, fogo, vento, água e um quinto elemento desconhecido, que eles acreditavam que era mágico.
A história da Heineken se iniciou em 1864, quando Gerard Adriaan Heineken adquiriu uma pequena cervejaria em Amsterdã, no coração da Holanda. Cinco anos depois, em 1869, Gerard decidiu mudar o processo de produção, adotando o método alemão de baixa fermentação. O resultado foi uma cerveja de altíssima qualidade, apreciada em todo o mundo há mais de um século e meio.
A pequena cervejaria conquistou respeito e não parou de crescer: ainda na primeira metade do século XX, a Heineken se internacionalizou e expandiu seus negócios a mercados até então improváveis, como a Ásia. Nos Estados Unidos, foi a primeira cerveja importada depois do fim da Lei Seca, em 1933. A partir da década de 1950, a estratégia global da Heineken se intensificou e, por meio de aquisições, a cervejaria holandesa conquistou o mundo.
Em 1952, a Heineken passou a ser administrada pela Heineken N.V., uma holding nada comum, que tem o objetivo de manter a estabilidade, a independência e o renome do Grupo Heineken, qualidades que se consolidaram ao longo do tempo por quatro gerações da mesma família, e de criar as condições adequadas para um crescimento constante e seguro.
Em 1968, assumiu a Amstel, e as aquisições prosseguiram nas décadas seguintes.
No início da década de 1990, a Heineken fez acordo com a Kaiser para a fabricação da cerveja no Brasil. Além de fabricar, a cervejaria brasileira ficou responsável pela distribuição da Heineken.
A Heineken estabeleceu presença mais forte no Brasil através da aquisição, em maio (janeiro?) de 2010, do negócio de fabricação de cerveja da mexicana Femsa, com cinco cervejarias. Sua cerveja principal era a Kaiser. Fabricava também a Bavaria, Xingu, Sol e a própria Heineken. A distribuição era feita pelas engarrafadoras da Coca-Cola. O negócio envolveu um montante de 7,6 bilhões de dólares.
Em fevereiro de 2012, a Heineken teria feito um lance pela brasileira Petrópolis, disse o jornal holandês Het Financieele Dagblad, citando fontes não identificadas de um jornal brasileiro.
Em 13 de fevereiro de 2017, a Heineken anunciou a compra da Brasil Kirin, controlada pelo grupo japonês Kirin, por 664 milhões de euros (R$ 2,2 bilhões). Com a aquisição, a Heineken se torna a segunda maior cervejaria do Brasil, com 17,4% de market share. Após a conclusão do negócio, a Brasil Kirin será consolidada com a Heineken. A operação avalia a Brasil Kirin em 1,025 bilhão de euros (R$ 3,3 bilhões), incluindo dívidas.
A Brasil Kirin foi criada em 2012 após a compra da Schincariol pela japonesa Kirin Holdings Company (em 2011), por 2,6 bilhões de dólares. Tem 12 fábricas e rede própria de distribuição. A empresa possui presença particularmente forte no Norte e Nordeste, onde a Heineken tem menos exposição. A carteira de cervejas, que inclui marcas provenientes da Schincariol como Schin, Devassa, No Grau, Baden Baden, Eisenbahn, Cintra e Glacial, tem participação de mercado de 9,9% (dados de janeiro de 2017). A Brasil Kirin também tem uma linha de refrigerantes, com participação de mercado de 2% na categoria, entre os quais as também provenientes da Schincariol como a Itubaína, criada em 1954, e outros refrigerantes, sucos, energéticos e águas das marcas Schin, Fibz, Ecco, Skinka e Viva Skin. A conclusão da compra foi aprovada sem restrições pelo Cade em maio de 2017.
Com essa aquisição, a Heineken dobrou de tamanho. E pagou um preço atrativo - 65% menos do que os japoneses da Kirin haviam pago seis anos antes. Mas, junto com as 12 fábricas, que elevaram a capacidade de produção de 20 milhões de hectolitros para 50 milhões, os holandeses herdaram processos judiciais complexos, que se arrastam há anos, e levam o comando da Heineken a avaliar a possibilidade de fechar fábricas no Nordeste.
A Heineken passa a ter seu próprio sistema de distribuição, utilizando a estruturada da Brasil Kirin. O acordo com a Coca-Cola, porém, tem contrato para distribuição até 2022. Esse assunto está no meio de uma batalha judicial que envolve 1 milhão de pontos de venda. No início de julho de 2017, a Heineken oficializou em comunicado aos distribuidores da Coca-Cola sua intenção de pôr fim à parceria.
Em 2017, a Heineken adquire a cervejaria Lagunitas, que se tornara uma das cervejas artesanais mais populares e de crescimento mais rápido nos Estados Unidos.
Em meados de 2018, a Heineken (mundial) participa de processo de aquisição de uma participação de US$ 3,1 bilhões da China Resources Beer, a maior cervejaria da China. Concluída a compra, terá uma participação de 40% da China Resources Beer Holdings, fabricante da Snow, a marca mais vendida do país.
Com sede em São Paulo, a Heineken atua no Brasil com as marcas Heineken, Sol, Bavaria, Kaiser, Xingu, Amstel e Lagunitas. Importa a famosíssima cerveja austríaca Edelweiss, que faz parte de seu portfólio europeu. Da Brasil Kirin a Heineken herdou as marcas Schin (Nova Schin), Devassa, Baden Baden, Eisenbahn, Kirin Ichiban, No Grau, Cintra e Glacial. No conjunto, são 14 marcas, que agora estão sob o guarda-chuva da Heineken. O portfólio de não alcoólicos inclui Água Schin, Schin Tônica, Skinka e os refrigerantes Itubaína, FYs e Viva Schin.
Em março de 2019, a Heineken Brasil troca de comando: entra o executivo Mauricio Giamellaro, que substituiu Didier Debrose.
O Grupo gera mais de 13 mil empregos e tem 15 unidades no país, sendo 12 cervejarias, localizadas em Alagoinhas (BA), Alexânia (GO), Araraquara (SP), Benevides (PA), Caxias (MA), Igarassu (PE), Igrejinha (RS), Itu (SP), Jacareí (SP), Pacatuba (CE), Ponta Grossa (PR) e Recife (PE), duas microcervejarias, em Campos do Jordão (SP) e Blumenau (SC), e uma xaroparia, em Manaus (AM).
No segundo semestre de 2019, a Heineken investe R$ 985 milhões para dobrar a capacidade de produção nas fábricas paulistas de Araraquara, Itu e Jacareí, Alagoinhas (BA) e Ponta Grossa (PR).
A história da Heineken se iniciou em 1864, quando Gerard Adriaan Heineken adquiriu uma pequena cervejaria em Amsterdã, no coração da Holanda. Cinco anos depois, em 1869, Gerard decidiu mudar o processo de produção, adotando o método alemão de baixa fermentação. O resultado foi uma cerveja de altíssima qualidade, apreciada em todo o mundo há mais de um século e meio.
A pequena cervejaria conquistou respeito e não parou de crescer: ainda na primeira metade do século XX, a Heineken se internacionalizou e expandiu seus negócios a mercados até então improváveis, como a Ásia. Nos Estados Unidos, foi a primeira cerveja importada depois do fim da Lei Seca, em 1933. A partir da década de 1950, a estratégia global da Heineken se intensificou e, por meio de aquisições, a cervejaria holandesa conquistou o mundo.
Em 1952, a Heineken passou a ser administrada pela Heineken N.V., uma holding nada comum, que tem o objetivo de manter a estabilidade, a independência e o renome do Grupo Heineken, qualidades que se consolidaram ao longo do tempo por quatro gerações da mesma família, e de criar as condições adequadas para um crescimento constante e seguro.
Em 1968, assumiu a Amstel, e as aquisições prosseguiram nas décadas seguintes.
No início da década de 1990, a Heineken fez acordo com a Kaiser para a fabricação da cerveja no Brasil. Além de fabricar, a cervejaria brasileira ficou responsável pela distribuição da Heineken.
A Heineken estabeleceu presença mais forte no Brasil através da aquisição, em maio (janeiro?) de 2010, do negócio de fabricação de cerveja da mexicana Femsa, com cinco cervejarias. Sua cerveja principal era a Kaiser. Fabricava também a Bavaria, Xingu, Sol e a própria Heineken. A distribuição era feita pelas engarrafadoras da Coca-Cola. O negócio envolveu um montante de 7,6 bilhões de dólares.
Em fevereiro de 2012, a Heineken teria feito um lance pela brasileira Petrópolis, disse o jornal holandês Het Financieele Dagblad, citando fontes não identificadas de um jornal brasileiro.
Em 13 de fevereiro de 2017, a Heineken anunciou a compra da Brasil Kirin, controlada pelo grupo japonês Kirin, por 664 milhões de euros (R$ 2,2 bilhões). Com a aquisição, a Heineken se torna a segunda maior cervejaria do Brasil, com 17,4% de market share. Após a conclusão do negócio, a Brasil Kirin será consolidada com a Heineken. A operação avalia a Brasil Kirin em 1,025 bilhão de euros (R$ 3,3 bilhões), incluindo dívidas.
A Brasil Kirin foi criada em 2012 após a compra da Schincariol pela japonesa Kirin Holdings Company (em 2011), por 2,6 bilhões de dólares. Tem 12 fábricas e rede própria de distribuição. A empresa possui presença particularmente forte no Norte e Nordeste, onde a Heineken tem menos exposição. A carteira de cervejas, que inclui marcas provenientes da Schincariol como Schin, Devassa, No Grau, Baden Baden, Eisenbahn, Cintra e Glacial, tem participação de mercado de 9,9% (dados de janeiro de 2017). A Brasil Kirin também tem uma linha de refrigerantes, com participação de mercado de 2% na categoria, entre os quais as também provenientes da Schincariol como a Itubaína, criada em 1954, e outros refrigerantes, sucos, energéticos e águas das marcas Schin, Fibz, Ecco, Skinka e Viva Skin. A conclusão da compra foi aprovada sem restrições pelo Cade em maio de 2017.
Com essa aquisição, a Heineken dobrou de tamanho. E pagou um preço atrativo - 65% menos do que os japoneses da Kirin haviam pago seis anos antes. Mas, junto com as 12 fábricas, que elevaram a capacidade de produção de 20 milhões de hectolitros para 50 milhões, os holandeses herdaram processos judiciais complexos, que se arrastam há anos, e levam o comando da Heineken a avaliar a possibilidade de fechar fábricas no Nordeste.
A Heineken passa a ter seu próprio sistema de distribuição, utilizando a estruturada da Brasil Kirin. O acordo com a Coca-Cola, porém, tem contrato para distribuição até 2022. Esse assunto está no meio de uma batalha judicial que envolve 1 milhão de pontos de venda. No início de julho de 2017, a Heineken oficializou em comunicado aos distribuidores da Coca-Cola sua intenção de pôr fim à parceria.
Em 2017, a Heineken adquire a cervejaria Lagunitas, que se tornara uma das cervejas artesanais mais populares e de crescimento mais rápido nos Estados Unidos.
Em meados de 2018, a Heineken (mundial) participa de processo de aquisição de uma participação de US$ 3,1 bilhões da China Resources Beer, a maior cervejaria da China. Concluída a compra, terá uma participação de 40% da China Resources Beer Holdings, fabricante da Snow, a marca mais vendida do país.
Com sede em São Paulo, a Heineken atua no Brasil com as marcas Heineken, Sol, Bavaria, Kaiser, Xingu, Amstel e Lagunitas. Importa a famosíssima cerveja austríaca Edelweiss, que faz parte de seu portfólio europeu. Da Brasil Kirin a Heineken herdou as marcas Schin (Nova Schin), Devassa, Baden Baden, Eisenbahn, Kirin Ichiban, No Grau, Cintra e Glacial. No conjunto, são 14 marcas, que agora estão sob o guarda-chuva da Heineken. O portfólio de não alcoólicos inclui Água Schin, Schin Tônica, Skinka e os refrigerantes Itubaína, FYs e Viva Schin.
Em março de 2019, a Heineken Brasil troca de comando: entra o executivo Mauricio Giamellaro, que substituiu Didier Debrose.
O Grupo gera mais de 13 mil empregos e tem 15 unidades no país, sendo 12 cervejarias, localizadas em Alagoinhas (BA), Alexânia (GO), Araraquara (SP), Benevides (PA), Caxias (MA), Igarassu (PE), Igrejinha (RS), Itu (SP), Jacareí (SP), Pacatuba (CE), Ponta Grossa (PR) e Recife (PE), duas microcervejarias, em Campos do Jordão (SP) e Blumenau (SC), e uma xaroparia, em Manaus (AM).
No segundo semestre de 2019, a Heineken investe R$ 985 milhões para dobrar a capacidade de produção nas fábricas paulistas de Araraquara, Itu e Jacareí, Alagoinhas (BA) e Ponta Grossa (PR).
Em dezembro de 2020, a Heineken Brasil comunicou que realizará investimento de R$1,8 bilhão para construir uma nova fábrica no Brasil no estado de Minas Gerais. A unidade ficará localizada na cidade de Pedro Leopoldo, pertencente a região metropolitana de Belo Horizonte, e tem previsão de gerar mais de 350 empregos diretos.
Hoje, a Heineken é a cervejaria número 1 na Europa, a segunda maior do mundo em rentabilidade no setor e a terceira em volume de vendas, com mais de 250 marcas, mais de 85 mil funcionários, 165 cervejarias e atuação em mais de 70 países. E a Heineken chega a 192 países.
Hoje, a Heineken é a cervejaria número 1 na Europa, a segunda maior do mundo em rentabilidade no setor e a terceira em volume de vendas, com mais de 250 marcas, mais de 85 mil funcionários, 165 cervejarias e atuação em mais de 70 países. E a Heineken chega a 192 países.
No Brasil, a Heineken responde por mais de 10 mil empregos e é o segundo player no mercado brasileiro. Possui 15 unidades de produção no Brasil. Todas foram adquiridas durante a compra da Brasil Kirin em 2017, que por sua vez possuía as cervejarias que uma vez já pertenceram a Schincariol. Logo, a fábrica em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, será a primeira da multinacional totalmente construída no Brasil.
Em 24 de fevereiro de 2021, o Grupo Heineken, The Coca-Cola Company e Sistema Coca-Cola Brasil chegaram a um acordo para redesenhar sua parceria de distribuição no Brasil. O contrato, que deve entrar em vigor a partir da metade de 2021, define que as partes iniciarão uma "suave transição das marcas Heineken e Amstel para a rede de distribuição do Grupo Heineken no Brasil". O Sistema Coca-Cola continuará a oferecer Kaiser, Bavaria e Sol. Este portfólio ainda será complementado com a marca premium Eisenbahn e outras marcas internacionais. No início de março de 2021, após anunciar uma mudança de contrato de distribuição com o Sistema Coca-Cola, o Grupo Heineken no Brasil passou a realizar uma parceria com a Danone Águas para a venda e distribuição dos produtos da marca Bonafont nas regiões Sul e Sudeste. Assim, Bonafont Água Leve fortalecerá o portfólio de bebidas não-alcoólicas do Grupo Heineken.
Desde julho de 2021, a Heineken passou a distribuir sozinha seus principais rótulos, como as cervejas Heineken e Amstel. Os engarrafadores da Coca-Cola ficaram com Kaiser, Bavaria e Sol, e conseguiram encontrar outras cervejas para distribuir.
Em 27 de abril de 2022, a Heineken divulgou que vai construir uma nova fábrica no Brasil, a 15ª no país. A unidade ficará localizada na cidade mineira de Passos, Minas Gerais. A cidade foi escolhida em detrimento de Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte, depois que as obras da cidade foram embargadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em setembro de 2021.
Em fevereiro de 2023, Bill Gates comprou uma participação de 3,76% na Heineken, no valor de US$ 939 milhões – apesar de ter dito anteriormente que não gostava muito de cerveja. Essa compra foi feita junto à Femsa que fez um desinvestimento total na Heineken, vendendo as outras ações que possuía para a própria Heineken por 292 milhões de euros.
Somente em agosto de 2023, a Heineken vendeu as operações da empresa na Rússia. O negócio inclui a propriedade de sete fábricas, que empregam 1,8 mil trabalhadores. Mesmo assim, a Heineken decidiu vender tudo por 1 euro (pouco mais de R$ 5). A Heineken disse que sofre um prejuízo de 300 milhões de euros com a venda da divisão, que está sendo transferida para a empresa russa Arnest, fabricante de latas de aerossóis. Com a decisão, a cervejaria vai finalmente cessar suas operações na Rússia, quase um ano e meio após ter se comprometido a deixar aquele mercado.(Fonte: Portal Terra - 20.02.2012 / porta copo da Heineken / jornal Valor online - 08.05.2017 / 23.08.2017 / site da empresa / Notícias RSS - 03.08.2018 / jornal Valor - 10.08.2018 / 28.10.2019 revistabeerart.com / Catalisi - 21.12.2020 / Eleven Financial- 25.02.2021 / Exame - 06.03.2021 / Valor - 25.11.2021 / 27.04.2022 / NY Times - 23.02.2023 / Época Negócios 28.08.2023 - partes)
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