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5 de out. de 2011

Neodent

          A Neodent, fabricante de implantes dentários, foi fundada em Curitiba em 1994 pelo cirurgião-dentista Geninho Thomé. Em 2015, a empresa foi adquirida pelo grupo suíço Straumann, o maior vendedor de implantes dentários do mundo, por cerca de R$ 1,2 bilhão, em um negócio feito em duas partes. A primeira foi uma participação de 49%, adquirida em 2012 por R$ 549 milhões, seguida de uma oferta de R$ 680 milhões pelos 51% restantes três anos depois.
          O fundador da Neodent, Geninho Thomé deixou a presidência do negócio em 2015, quando Matthias Schupp se tornou CEO da empresa brasileira. Thomé permanece como presidente do Conselho e presidente científico e tecnológico, sendo responsável por liderar a equipe de inovação.
          O grupo suíço assumiu o controle da empresa curitibana na condição de líder nacional do setor de implantes dentários e com um market share de mais de 40%. Mas, em termos internacionais, a sua participação ainda era irrelevante. Apenas 10% das vendas eram resultado das exportações.
          Com o novo controlador, a fábrica passou por modernizações e foi traçado o plano de internacionalização. Foram abertos escritórios comerciais em vários países, incluindo Estados Unidos, México, Portugal, Espanha, Itália, Argentina e Colômbia. Em 2017, também no Chile, Alemanha, Canadá e Rússia.
          A atual fábrica, que fica na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) é ampliada em 14 mil metros quadrados na área de produção. Cerca de 30 novas máquinas vindas da Alemanha trazem maior eficiência e produtividade à empresa.
          Com obras iniciadas em outubro de 2016, uma nova fábrica da Neodent foi inaugurada em 21 de agosto de 2017. A unidade, que também fica na CIC, foi ampliada de 10 mil metros quadrados para 15 mil metros quadrados. O maquinário foi aumentado em 50% e uma nova linha de produção foi criada, com dez novas máquinas maiores e mais caras, que irão produzir a mais recente linha de implantes da Neodent.
          Com as ampliações, a fábrica aumentou a sua capacidade de produção em mais de 50%. A unidade tem capacidade para produzir mais de nove milhões de peças anualmente, ante as seis milhões de peças até o primeiro semestre de 2017. A fábrica funciona em três turnos, de segunda a sábado, e tem cerca de 600 funcionários. A Neodent tem, ao todo, 1,3 mil empregados.
          Além da fábrica, a Neodent inaugurou o seu novo Centro de Distribuição (CD). Ele foi construído ao lado da planta industrial, com 2,8 mil metros quadrados. Sua capacidade de movimentação é de 2 milhões de peças (implantes dentários e componentes protéticos) por ano e quase toda a operação é automatizada.
          A Neodent lançou em 23 de agosto de 2017,  uma nova linha de implantes dentários. Trata-se de um implante que pode ser usado tanto na maxila, que tem ossos moles e porosos, quanto na mandíbula, que tem ossos mais duros. Antes, a empresa desenvolvia uma linha de produtos para cada tipo de osso. A companhia trata o lançamento como “revolucionário” e afirma ser a primeira a trazer essa inovação para o mercado.
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          A Neodent, apesar de comprada pelo grupo Straumann, continua com gestão e produção independentes. Toda a operação foi mantida em Curitiba, incluindo a parte administrativa, de produção e de pesquisa e desenvolvimento. “Temos espaço para as duas marcas [Neodent e Straumann] crescerem juntas no mercado internacional”, afirma Matthias Schupp.
          Enquanto a Neodent fabrica implantes para o mercado consumidor em geral, a Straumann, que tem fábrica na Suíça, foca no público de maior poder aquisitivo. “Os dentistas podem utilizar os dois sistemas [implante Neodent e implante Straumann]. Depende do tipo de paciente”, explica Schupp.
          Os recentes investimentos e o plano de internacionalização surgiram visando algumas oportunidades de mercado. A primeira seria inserir a Neodent no mercado internacional. A segunda seria a longevidade da população, pois o aumento da expectativa de vida faz com que mais pessoas precisem usar implantes dentários. Por último, a própria falta de higiene bucal impulsiona o setor, principalmente no Brasil e na América Latina.
(Fonte: jornal Gazeta do Povo online - 07.02.2017 / 21.08.2017 - partes)

2 comentários:

Dr Leandro Perez disse...

"Trata-se de um implante que pode ser usado tanto na mandíbula, que tem ossos moles e porosos, quanto no maxilar, que tem ossos mais duros"
Apenas corrigam esta informação pois esta invertida neh kkkk.
Na maxila temos ossos mais moles e porosos...e na mandibula ossos mais duros!!!!

Origem das Marcas disse...

Agradecemos a(o) leitor (a), pela observação. Já fizemos a devida correção do texto.