Total de visualizações de página

29 de out. de 2011

BlackRock

          Segundo David Carey e John Morris, autores do livro King of Capital - The Remarkable Rise, Fall and Rise Again of Steve Schwarzman and Blackstone, Schwarzman costuma aparecer na sala dos sócios, com dedo em riste, para dizer: "Eu odeio perder dinheiro. Lembrem-se disso". Quando isso acontecia, a consequência era imediata. Ele não esperava o segundo erro para demitir executivos que se metiam em negócios furados. Certa vez, quando um sócio foi explicar a ele por que um negócio estava micado, ouviu a seguinte resposta: "Cadê a p. do meu dinheiro, seu imbecil de m.?" E rua.
          Claro, uma consequência desse temperamento foi a alta rotatividade entre sócios. Uma das maiores perdas foi a de Larry Fink, que fundou, com Schwarzman, a área de gestão de recursos do Blackstone. Fink acabou saindo para fundar a BlackRock, também nos Estados Unidos, - que se tornaria a maior gestora do mundo, com 3,2 trilhões de dólares em ativos (dados de novembro de 2010).
          A definição do nome foi algo "simplório". Tendo saído da "Blackstone", pedra preta, em inglês, simplesmente fundou a "BlackRock", rocha preta.
          O BlackRock é um dos mais agressivos fundos de private equity do mundo. No Brasil, um dos investimentos de peso é na Petrobras. Em junho de 2018, aparecia como o maior investidor privado da petroleira.
          Em março de 2019, depois de nove anos, a BlackRock decide ter novamente um chefe executivo no Brasil. Carlos Massaru Takahashi, que trabalhou como consultor sênior desde 2016, é o novo comandante. A missão é clara: expandir a operação brasileira de distribuição de produtos e serviços para fundos de pensão e investidores institucionais. Considerando dados do início de 2019, o Brasil tem US$ 6.4 bilhões de ativos sob gestão. O México, por exemplo, tem US$ 65 bilhões.
          Considerando dados de maio de 2023, a BlackRock tem sob gestão globalmente aproximadamente de US$ 9 trilhões. A companhia não divulga o patrimônio sob gestão no Brasil, mas dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) apontam que é de pelo menos R$ 16 bilhões.
(Fonte: revista Exame - 17.11.2010 / revista veja - 07.02.2018 / revista Exame -13.06.2018 / Valor - 18.03.2019 / 25.05.2023 - partes)

Nenhum comentário: