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30 de out. de 2011

Banco Inter

           A empresa iniciou suas atividades no ano de 1994. Foi fundada pela MRV Engenharia, com o propósito inicial de conceder crédito, financiamento e investimento. A companhia, chamada de Intermedium Crédito, Financiamento e Investimentos S.A., na época, era especializada no fornecimento de crédito para aquisição de bens, serviços e capital de giro.
          No ano de 2002, quando já havia expandido suas operações passando a atuar também em crédito pessoal, a MRV decidiu transferir o controle acionário do Intermedium para seus respectivos sócios. Assim, o Intermedium, apesar de continuar sendo diretamente/indiretamente controlado pelas mesmas pessoas, deixou de fazer parte da estrutura societária da MRV Engenharia.
          Em 2008, com o desenvolvimento das atividades, os acionistas decidiram transformar o Intermedium em um banco múltiplo, culminando na entrada no segmento de crédito imobiliário para pessoas físicas e jurídicas.         
          A partir de 2015, a instituição mudou a estratégia para uma plataforma digital. Ainda como Banco Intermedium, lançou em 2015 uma conta digital com o intuito de canalizar, futuramente, suas operações por meio de um veículo inteiramente digital. Com o desenvolvimento da plataforma, a companhia passou a oferecer uma gama variada de produtos bancários, de seguros e de investimentos por meio do aplicativo.
          No ano de 2017 a companhia mudou de nome, simplesmente tirou o "medium", passando a ser chamada de Banco Inter.
          O Inter tem como acionistas Maria Fernanda Nazareth Menin Souza Maia, Rafael Nazareth Menin Teixeira de Souza, Aquiles Leonardo Diniz, José Felipe Diniz, Marcos Alberto Cabaleiro Fernandez, Rubens Menin Teixeira de Souza, e João Vitor Nazareth Menin Teixeira de Souza (que ocupa o cargo de presidente do banco).
          No final de 2017, tinha uma carteira de empréstimos de mais de R$ 2,6 bilhões e patrimônio líquido de R$ 390,6 milhões.
          Atua hoje como um dos principais players na modernização da indústria bancária brasileira. Tem como concorrentes mais diretos os bancos Neon, Agibank, Nubank, Next e Original.
          Em abril de 2018, o banco promove seu IPO na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A oferta foi bem sucedida. Na área de marketing, o Banco Inter decidiu estampar sua marca em camisas de times de futebol, como o São Paulo F.C.
          O Banco Inter é atualmente (agosto de 2018) alvo de uma ação civil pública instaurada pela Comissão de Proteção dos Dados Pessoais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por danos morais coletivos. O processo foi motivado pelo vazamento de dados sensíveis de quase 20 mil clientes da instituição em maio de 2018. No dia 30 de julho, o Ministério Público divulgou que dados pessoais de 13 mil clientes, como nome completo, CPF, CNPJ, e dados bancários eram vendidos na internet. Caso seja condenado, o Inter pode ter que pagar indenizações no valor total de R$ 10 milhões. 
          O Inter apresentou em 12 de dezembro de 2018 sua plataforma de investimentos batizada de "Plataforma Aberta Inter (PAI)". A ferramenta inclui um home broker gratuito em que os correntistas poderão comprar e vender ações direto no aplicativo da conta digital, sem taxa de custódia ou corretagem. Inclui também a oferta de fundos de investimento e previdência privada. A empresa afirma que também "aprimorou o formato de plataforma aberta, passando a oferecer, no aplicativo da Conta Digital, produtos de renda fixa emitidos por outros bancos, como LCIs e CDBs e ativos de crédito privado como CRIs, CRAs e debêntures".
          O banco encerrou 2018 com aproximadamente 1,45 milhão de correntistas de todas as faixas etárias, regiões geográficas e perfis de renda. A plataforma de investimento do banco terminou 2018 com 95 mil clientes habilitados para transações. Segundo a empresa, em maio de 2019 o banco atingiu 2,5 milhões de contas digitais.
          Em 29 de julho de 2019, o grupo japonês Softbank aportou R$ 760 milhões no Banco Inter. Com isso, o Softbank ficará com 8% do banco. A compra foi feita através de sua unidade de investimentos sediada em Miami, LA BI Holdco LLC.
          No início de novembro de 2019, o Banco Inter assinou um memorando de entendimento vinculante para aquisição de 70% da DLM Invista Gestão de Recursos por R$ 49 milhões. Com o negócio, o Inter busca fortalecer a sua plataforma de investimentos digital. Com R$ 4,5 bilhões sob seu guarda-chuva, a gestora de origem mineira está no mercado desde 2004. Tem um braço de gestão de patrimônio com fundos e carteiras administradas para clientes de alta renda, além de fazer a gestão de fundos de previdência privada, disponíveis nas principais plataformas de investimentos, com cerca de 40 mil cotistas.
          Em 17 de novembro de 2020, o Banco Inter celebrou um memorando de entendimento para comprar 45% do capital da BMG Granito, empresa que atua em meios de pagamentos, por R$ 90 milhões. Com isso, o banco irá dividir a empresa com o Banco BMG e os executivos da Granito, que deterão, respectivamente, 45% e 10% do capital. De acordo com a companhia, a compra faz parte da estratégia do Inter de adquirir novas empresas de forte base tecnológica e perfil inovador. Fundada em 2015, a Granito atua no setor de captura de pagamento (adquirência), desenvolvendo produtos customizados para seus clientes. Trabalha com mais de 20 bandeiras e possui mais de 20 parceiros e escritórios comerciais próprios.
          Em maio de 2021, vem a público que a Stone vai investir até R$ 2,5 bilhões no Banco Inter, que vai realizar uma oferta primária de ações (“follow on”) na B3 em paralelo a esse investimento. Com o aporte, a companhia listada na Nasdaq terá até 4,99% do capital do Inter. A Stone terá direito a um assento no conselho do Inter, entrará para o acordo de acionistas e afirma que a parceria poderá levar seus clientes ao shopping virtual (marketplace) do banco, entre outros benefícios.
          Em 8 de julho de 2020, o Banco Inter informa que chegou a 6 milhões de clientes.
          Na última semana de agosto de 2021, o banco Inter anunciou a aquisição da empresa Usend, especializada na oferta de serviços financeiros e não financeiros no mercado americano. Com a iniciativa, que ainda depende de aprovações regulatórias, o banco passa a competir com as empresas Chime e SoFi no ramo do digital banking. O CEO do Banco Inter, Lucas Menin, disse que essa é a transação mais importante para a companhia desde o IPO, tanto em valor quanto em estratégia.
          Em 23 de novembro de 2021, o Banco Inter formalizou a aquisição de 100% do capital social da Pronto Money Transfer, empresa de tecnologia financeira sediada nos Estados Unidos, com subsidiárias no Brasil, Canadá e Reino Unido, que oferece, entre outros produtos, serviços de câmbio e pagamento, além de solução digital para transferências nacionais e internacionais.
          Em fins de novembro de 2021, o Banco Inter informou que a reorganização societária da companhia foi aprovada em assembleia extraordinária, com votos favoráveis de mais de 82% das ações em circulação de investidores presentes no encontro. O objetivo é migrar a base acionária do banco digital para a Inter Platform Inc., que será listada na bolsa americana Nasdaq, em Nova York.
          Em abril de 2022, a instituição informou que alcançou 18,6 milhões de clientes.
          Os acionistas aprovaram em 12 de maio de 2022 a proposta da empresa de migrar as ações da bolsa de valores brasileira B3 para a americana Nasdaq. 85% dos acionistas presentes votaram pela transação. Foi a segunda vez que o Inter tentou convencer os acionistas a concordar com sua proposta. Na primeira tentativa, no fim de 2021, o Inter esperava que os pedidos de resgates dos acionistas não ultrapassassem R$ 2 bilhões, o que não aconteceu, e havia uma limitação no valor do caixa.
O Banco Inter, deve ter seus papéis listados em Nasdaq no fim de junho de 2022.
          Em 23 de junho de 2022, as ações da Inter&Co, holding do banco Inter, estrearam na bolsa de tecnologia Nasdaq, em Nova York, sob o código INTR, após a reorganização societária da companhia. As ações do banco (BIDI3, BIDI4, BIDI11) deixaram de ser negociadas na B3 em 17 de junho (2022) e os recibos de ações (BDRs) da holding estrearam em 20 de junho, sob o ticker INBR31. Também em 23 de junho, houve a entrega das ações Classe A da Inter&Co para os acionistas que solicitaram o desfazimento de BDRs. Para cada seis ações preferenciais do Inter e/ou seis ordinárias, o acionista recebeu um BDR. Para cada duas units, também foi entregue um BDR. De acordo com a Inter&Co, após o recebimento dos BDRs na sua carteira, o acionista poderá cancelá-los e transformá-los em ações Classe A listadas diretamente na bolsa americana. “Para isso, deverá seguir as instruções e requisitos aplicáveis por meio dos seus respectivos agentes de custódia na B3 a qualquer momento”.
          Em 8 de fevereiro de 2023, a Inter&Co, controladora do grupo Inter, anunciou a aquisição de 100% do capital social da YellowFi, como forma de expandir a oferta de produtos nos Estados Unidos.
(Fonte - Canaltech - msn notícias - 15.08.2018 / jornal OESP - 17.08.2018 / jornal Valor - 12.12.2018 - iupana - 29.07.2019 / IstoÉDinheiro - 31.07.2019 / 06.08.2019 / Valor - 07.11.2019 / Money Times - 17.11.2020 / Infomoney - 24.05.2021 / Capital Aberto - 28.08.2021 / ElevenFinacial - 23.11.2021 / Capital Aberto - 27.11.2021 / Valor - 12.04.2022 / iupana - 13.05.2022 / Valor - 23.06.2022 / 08.02.2023 - partes)

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