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1 de out. de 2011

WeWork

          A WeWork (nós trabalhamos, em inglês) é uma empresa especializada em disponibilizar áreas a ser locadas para espaços de trabalho compartilhados, os chamados de coworkings. É uma das principais empresas do setor no mundo.
          A startup  foi fundada por Adam Neumann, que tinha uma empresa de roupas de bebê em 2010  e outros sócios.
          A "imobiliária tecnológica" americana já tem 19 edifícios nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, os quais abrigam 21.000 membros.
          Até o primeiro trimestre de 2020, a WeWork iria inaugurar mais 12 edifícios com capacidade total de 12.000 novas posições de trabalho. Os prédios ficariam nas cidades de Barueri, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Bernardo do Campo, São José dos Campos e São Paulo.
          Em 22 de outubro de 2019, o SoftBank Group conseguiu aprovação do conselho da WeWork para assumir o controle da problemática startup, num acordo que dará ao cofundador Adam Neumann aproximadamente US$ 1,7 bilhão, ao mesmo tempo que o afasta quase que completamente da companhia. A WeWork era uma das grandes apostas do Softbank e sua queda tem sido uma experiência de humildade para Masayoshi Son do Softbank. Tem sido até embaraçoso. Segundo uma pessoa que trabalha próxima a Son, "ele precisa repensar sua abordagem".
          Em 7 de abril de 2020 a dona da WeWork que processou o SoftBank, desafiando a decisão de seu maior acionista de encerrar uma oferta de recompra de ações no montante de 3 bilhões de dólares da empresa de compartilhamento de escritórios. O processo é o mais recente de uma série de dramas a atingir a empresa nos últimos nove meses, período em que a WeWork viu sua avaliação despencar em dezenas de bilhões de dólares, demitiu milhares de funcionários e foi resgatada à beira do colapso financeiro. O que está em questão é se o SoftBank segue obrigado a comprar outros 3 bilhões de dólares em ações da WeWork pertencentes a investidores, incluindo o cofundador Adam Neumann e a empresa de capital de risco Benchmark Capital, além de funcionários atuais e antigos da WeWork.
          A WeWork entrou, em 7 de novembro de 2023, com pedido de recuperação judicial no Tribunal de Falências dos EUA em Nova Jersey, depois de ter sido a startup mais valiosa dos Estados Unidos, informa a agência Dow Jones. Somente em 2023, até o início de novembro, as ações da empresa caíram 98% em Nova York. A empresa possui cerca de US$ 15 bilhões em ativos na forma de escritórios em mais de 700 localidades, mas reúne dívidas de US$ 18,6 bilhões.
          A WeWork já foi avaliada em US$ 47 bilhões e enfrenta as consequências de sua forte expansão, que a fez começar a operar em muitas localizações que não eram rentáveis. O negócio ruiu de vez quando a procura pelas salas caiu durante a pandemia, mas a empresa continuou obrigada a pagar bilhões de dólares em aluguéis de longo prazo aos proprietários dos imóveis.
          A empresa atraiu bilhões em investimentos e construiu uma rede global de forma acelerada. Neumann foi forçado a sair no final de 2019, após uma tentativa fracassada de oferta pública inicial de ações e perdas crescentes registradas pelo negócio. A nova gestão da empresa cortou custos, mas encarou um mercado de escritórios mais fraco ao longo da pandemia.
          Um resgate de mais de US$ 5 bilhões do SoftBank, que detém 60% da WeWork, deixou a empresa com dívida a taxas flutuantes. Os pagamentos de aluguel e juros representaram cerca de 80% da receita anual da WeWork em junho de 2023.
          Em maio de 2024, Adam Neumann admitiu oficialmente a derrota em seu sonho de recomprar a WeWork. DealBook (The New York Times) é o primeiro a relatar que Neumann encerrou sua oferta para adquirir a empresa de co-working que ele co-fundou em 2010 e transformou em uma empresa global avaliada em US$ 47 bilhões antes de entrar em falência em 2023.
 (Fonte: revista Exame - 19.09.2018 / 24.07.2019 / jornal Valor - 22.10.2019 / 05.11.2019 / MoneyTimes - 07.04.2020 / Valor - 07.11.2023 / DealBook - 28.05.2024 - partes)

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