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31 de out. de 2011

Assolan

          A marca Assolan surgiu em 1958, quando foi lançada pela Pardelli e Cia, década em que a empresa adquiriu, na Itália, sua primeira máquina para produção de esponjas de lã de aço, depois de seus sucessos com a importação de esponjas de lã de aço.
          A empresa não explica, mas, sem precisar queimar fosfato, dá para imaginar que em algum momento, na definição do nome, simplesmente posicionaram "ss" no lugar do "ç", que somado ao "lan", que tem a mesma sonoridade de "lã", foi formada a palavra "assolan" em vez de "aço lã", ou lã de aço.
          As esponjas de lã de aço Assolan foram as primeiras no Brasil a serem embaladas em saquinhos plásticos, tal como os que embalam quase todas as marcas em circulação atualmente. Embora pioneira, a Assolan não experimentou nenhuma grande ascensão, durante quase quatro décadas de existência, devido à dominância (que até hoje perdura) da marca Bombril.
          Em 1996, a Pardelli e Cia foi adquirida pela Arisco Industrial (na época, pertencente a João Alves de Queiroz Filho, mais conhecido com Júnior), o que capitalizou a marca, possibilitando a expansão de sua linha de produtos e renovação de embalagens e logomarca, tornando-se semelhante com a marca dos dias atuais. Com os investimentos, a marca Assolan experimentou sua primeira aparição em âmbito nacional, tornando-se então a principal concorrente da marca Bombril, rivalidade esta que mantém-se nos dias atuais. 
          Em fevereiro de 2000, Júnior, vende sua empresa, a Arisco, à americana Bestfoods (logo depois incorporada pela Unilever) e embolsou, de uma só vez, 500 milhões de reais, além de transferir uma dívida de 260 milhões de reais. A marc Assolan entra em ostracismo.
          Com o caixa cheio, Júnior decidiu passar uma temporada nos Estados Unidos, onde se dedicou a pesquisar novas oportunidades de negócio. O primeiro passo nessa empreitada foi justamente a (re)compra da Assolan.
          No ano de 2002 Júnior readquiriu a Assolan.  A marca deixou então de ser apenas uma marca e tornou-se uma empresa, e com novos investimentos e mais uma renovação, tornou-se um grande player do setor de limpeza, através de uma estratégia de marketing  agressiva e direta à marca líder Bombril, que na época estava fragilizada com a quebra de sua controladora italiana Círio (Brasil).
          Júnior colocara como objetivo construir uma nova empresa que seja igualzinha a seu antigo império.
          A Assolan atua nas mesmas áreas que a antiga empresa (alimentos e limpeza). Faz investimentos maciços em publicidade e vende produtos de qualidade com preços ligeiramente mais baixos que os das marcas líderes - exatamente o que a Arisco fazia. "Desde o início montamos uma estratégia de crescimento para a Assolan que previa a volta ao mercado de alimentos", diz Nelson Mello, presidente da companhia e braço direito de Júnior. "Só não sabíamos se faríamos isso comprando uma marca ou construindo uma fábrica própria."
          A Assolan viveu os dois anos seguintes de forma gloriosa, chegando a liderar as vendas em determinados trimestres de 2003 e atingiu seu auge máximo de participação de mercado, com inéditos 30% de volume de vendas, fixando-se no segundo lugar, e desta vez sendo uma ameaça real à líder Bombril, com 41% no período. No ano de 2003, comprou a Help e a Brilmis, seus concorrentes regionais, para potencializar sua capacidade fabril.
          Em 2004, a Bombril iniciou sua recuperação e partiu para o ataque, o que fez a Assolan recuar em participação, terminando o ano com 26% de participação. A Assolan, neste período, não almejava tornar-se líder no seu segmento-base, mas sim transformar a marca em um player consolidado para o lançamento de um leque de produtos, o que aconteceu em 2005, com a aquisição da Quimivale (fabricante de lava-roupas em pó) e a criação da marca Assim, fazendo a estreia da empresa Assolan no segmento de lava-roupas e produtos de limpeza tais como multiuso e saponáceos.
          Em janeiro de 2006, Júnior deu um passo gigantesco, quando a Assolan anunciou a compra da tradicional marca de derivados de tomate e vegetais em conserva Etti - em poder da Parmalat desde 1998 e que estava em dificuldades financeiras. Júnior esperou pacientemente o fim da quarentena imposta pela Unilever para comprar novamente no mercado brasileiro de alimentos. Com a aquisição, ele tem outra vez sob seu comando uma companhia com características muito semelhantes às da Arisco.
          No mesmo ano de 2006, associou-se à empresária Cristiana Arcangeli, para a produção de cosméticos com a marca Eh (!).
          Em 2007, a Assolan deu seu último passo como empresa, adquirindo a DM Farmacêutica (dona das marcas Monange, Melhoral e outras), o que fez a empresa tornar-se a Hypermarcas. Naquele ano, a Assolan voltou a ser uma marca, fortalecida e com forte presença no cenário nacional.
          Depois de 2 anos recebendo investimentos menores, em 2009, a marca retornou à mídia, com marketing menos agressivo e estrelando a apresentadora mirim Maisa Silva.
          Em dezembro de 2011, a marca Assolan foi vendida para a Química Amparo (dona da marca Ypê)  por 125 milhões de reais.
(Fonte: revista Exame - 15.02.2006 / Wikipédia - parte)

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