A famosa marca finlandesa de telefones celulares Nokia, era, em seu embrião, em 1865, uma fábrica de papel que ficava na cidade de Nokia a 180 quilômetros a noroeste de Helsinque (vide versão mais detalhada da origem do nome no final deste texto). Em 1966, em Helsinque, a empresa foi criada a partir da fusão de companhias dos setores florestais, de borracha e de cabos.
Em 1981, começou a virada que a transformaria em um nome conhecido no mundo inteiro: investir na então novíssima tecnologia da telefonia móvel. Com a explosão dos celulares, nos anos 1990, a empresa ganhou o planeta. Por volta de 2010, a Nokia vendia 440 milhões de aparelhos por ano e era líder incontestável quando se contava os aparelhos vendidos. Mas, a empresa perdeu o passo na mudança que foi desencadeada com o lançamento do iPhone, no início de 2007. Muito mais que um objeto de desejo, o iPhone mudou a lógica do mercado de celulares ao fazer deslanchar o mercado de software para smartphones. Rivais do mundo do software (Android, Google; iOS, iphone Apple, Windows Phone, Microsoft) crescem rapidamente no mercado de smartphones e dasafiam a posição da Nokia com seu sistema operacional Symbian.
Essa tensão de mercado levou a Nokia, no início de outubro de 2010, a nomear pela primeira vez em sua longa história um presidente que não é finlandês. O canadense Stephen Elop era responsável pela divisão de software de negócios da Microsoft, e entre suas responsabilidades estavam os produtos do pacote Office, um dos grandes geradores de dinheiro da empresa fundada por Bill Gates.
A Nokia vende, em 2013, suas operações de celulares e smartphones ao grupo americano Microsoft por US$ 7,183 bilhões de dólares. A empresa já tinha sido a principal fabricante de celulares (40% do mercado em 2007 e 15% em 2013) e de smartphones (3% em 2013) no mundo, mas perdeu espaço para concorrentes como Apple e Samsung, que tinham então dispositivos muito mais modernos e que caíram no gosto do consumidor rapidamente. A Nokia passou então a se concentrar em serviços e redes.
A venda do negócio de celulares da Nokia não foi a primeira reviravolta dramática da empresa em sua história, até então de 148 anos. A companhia já tinha vendido de botas de borracha a televisores. Mas o anúncio da venda foi um duro golpe para o país natal da empresa, a Finlândia, mesmo entre os investidores menos sensíveis, que viam a venda da empresa como uma chance final para salvar valor do grupo. Muitos finlandeses, por certo, não gostaram do negócio. Ele encerra um capítulo da história da Nokia. Por outro lado, talvez tenha sido a última oportunidade de vendê-lo. Por ocasião do negócio, 32 mil funcionários da Nokia esperavam ser transferidos para a Microsoft, incluindo 4,7 mil que trabalhavam na Finlândia.
Em abril de 2015, a Nokia e a Alcatel-Lucent (a companhia foi criada em 2008 pela fusão da francesa Alcatel com a canadense Lucent) selam a união de seus negócios. A nova companhia que surge da operação tem receita na casa dos US$ 29 bilhões. Atua nas áreas de infraestrutura para telefonia fixa e móvel e também de redes de comunicação empresarial. Além de um amplo estoque de patentes na área de telecomunicações.
O negócio foi fechado por 16,6 bilhões de euros, mais que o dobro do que a Microsoft pagou para ficar com a divisão de celulares da Nokia, em 2013. O acordo inclui a Bell Laboratories, criada por Alexander Graham Bell em 1880, e suas várias patentes. O laboratório foi a única iniciativa que mantém o nome Alcatel-Lucent; todo o resto foi transformado em Nokia. A sede da companhia é na Finlândia, mas os escritórios franceses permanecem abertos.
(Fonte: G1 - 03.09.2013 / Olhar Digital - 15.04.2015 / jornal Valor online - 23.04.2015 - partes)
Origem do nome Nokia:
O marca finlandesa tira o "Nokia" do nome da cidade Nokia, à beira do rio Nokianvirta. Por sua vez, a origem desse nome é um tanto obscura. No finlandês moderno, "noki" significa "fuligem" e "nokia" é essa palavra no plural sem flexão. Uma teoria mais popular diz que o finlandês arcaico tinha a palavra "nois" (plural "nokia") e a palavra "nokinäätä", que significava "fuligem marta". Marta é uma designação de mamífero. Na região, qualquer mamífero de pelagem escura era chamado de "nokinäätä".
(Fonte: Exame.com - MSN Economia & Negócios - 29.10.2015)
Em 1981, começou a virada que a transformaria em um nome conhecido no mundo inteiro: investir na então novíssima tecnologia da telefonia móvel. Com a explosão dos celulares, nos anos 1990, a empresa ganhou o planeta. Por volta de 2010, a Nokia vendia 440 milhões de aparelhos por ano e era líder incontestável quando se contava os aparelhos vendidos. Mas, a empresa perdeu o passo na mudança que foi desencadeada com o lançamento do iPhone, no início de 2007. Muito mais que um objeto de desejo, o iPhone mudou a lógica do mercado de celulares ao fazer deslanchar o mercado de software para smartphones. Rivais do mundo do software (Android, Google; iOS, iphone Apple, Windows Phone, Microsoft) crescem rapidamente no mercado de smartphones e dasafiam a posição da Nokia com seu sistema operacional Symbian.
Essa tensão de mercado levou a Nokia, no início de outubro de 2010, a nomear pela primeira vez em sua longa história um presidente que não é finlandês. O canadense Stephen Elop era responsável pela divisão de software de negócios da Microsoft, e entre suas responsabilidades estavam os produtos do pacote Office, um dos grandes geradores de dinheiro da empresa fundada por Bill Gates.
A Nokia vende, em 2013, suas operações de celulares e smartphones ao grupo americano Microsoft por US$ 7,183 bilhões de dólares. A empresa já tinha sido a principal fabricante de celulares (40% do mercado em 2007 e 15% em 2013) e de smartphones (3% em 2013) no mundo, mas perdeu espaço para concorrentes como Apple e Samsung, que tinham então dispositivos muito mais modernos e que caíram no gosto do consumidor rapidamente. A Nokia passou então a se concentrar em serviços e redes.
A venda do negócio de celulares da Nokia não foi a primeira reviravolta dramática da empresa em sua história, até então de 148 anos. A companhia já tinha vendido de botas de borracha a televisores. Mas o anúncio da venda foi um duro golpe para o país natal da empresa, a Finlândia, mesmo entre os investidores menos sensíveis, que viam a venda da empresa como uma chance final para salvar valor do grupo. Muitos finlandeses, por certo, não gostaram do negócio. Ele encerra um capítulo da história da Nokia. Por outro lado, talvez tenha sido a última oportunidade de vendê-lo. Por ocasião do negócio, 32 mil funcionários da Nokia esperavam ser transferidos para a Microsoft, incluindo 4,7 mil que trabalhavam na Finlândia.
Em abril de 2015, a Nokia e a Alcatel-Lucent (a companhia foi criada em 2008 pela fusão da francesa Alcatel com a canadense Lucent) selam a união de seus negócios. A nova companhia que surge da operação tem receita na casa dos US$ 29 bilhões. Atua nas áreas de infraestrutura para telefonia fixa e móvel e também de redes de comunicação empresarial. Além de um amplo estoque de patentes na área de telecomunicações.
O negócio foi fechado por 16,6 bilhões de euros, mais que o dobro do que a Microsoft pagou para ficar com a divisão de celulares da Nokia, em 2013. O acordo inclui a Bell Laboratories, criada por Alexander Graham Bell em 1880, e suas várias patentes. O laboratório foi a única iniciativa que mantém o nome Alcatel-Lucent; todo o resto foi transformado em Nokia. A sede da companhia é na Finlândia, mas os escritórios franceses permanecem abertos.
(Fonte: G1 - 03.09.2013 / Olhar Digital - 15.04.2015 / jornal Valor online - 23.04.2015 - partes)
Origem do nome Nokia:
O marca finlandesa tira o "Nokia" do nome da cidade Nokia, à beira do rio Nokianvirta. Por sua vez, a origem desse nome é um tanto obscura. No finlandês moderno, "noki" significa "fuligem" e "nokia" é essa palavra no plural sem flexão. Uma teoria mais popular diz que o finlandês arcaico tinha a palavra "nois" (plural "nokia") e a palavra "nokinäätä", que significava "fuligem marta". Marta é uma designação de mamífero. Na região, qualquer mamífero de pelagem escura era chamado de "nokinäätä".
(Fonte: Exame.com - MSN Economia & Negócios - 29.10.2015)
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