Quando a Vila Romana nasceu, em 1953, os relógios de bolso resistiam às inovações, os chapéus ainda eram vistos nas cabeças dos homens e a elegância masculina seguia a tesoura dos alfaiates ingleses. Os fundadores, os imigrantes húngaros Estevão Brett e sua esposa Gabriella, batizaram a pequena indústria de confecções femininas da rua Guaicurus como Vila Romana, nome do bairro vizinho à Lapa paulistana, na qual estava instalada.
Dois anos depois, deixava os vestidos e saias plissadas de lado para confeccionar ternos. Em 1970, já tinha a licença para fabricar aqui os costumes de Pierre Cardin, o primeiro estilista a promover a massificação da roupa com a assinatura. Depois viriam Yves Saint Laurent, Pierre Balmain, Valentino e Christian Dior. Posteriormente, rompendo com os licenciamentos que fizeram sua fama, a Vila Romana emerge com etiqueta própria e da marca premium Tweed.
Dois anos depois, deixava os vestidos e saias plissadas de lado para confeccionar ternos. Em 1970, já tinha a licença para fabricar aqui os costumes de Pierre Cardin, o primeiro estilista a promover a massificação da roupa com a assinatura. Depois viriam Yves Saint Laurent, Pierre Balmain, Valentino e Christian Dior. Posteriormente, rompendo com os licenciamentos que fizeram sua fama, a Vila Romana emerge com etiqueta própria e da marca premium Tweed.
Em seu momento da fastígio, em 1989, a empresa chegou a faturar 125 milhões de dólares. Depois veio a tempestade, na forma de dívidas torrenciais e crescentes dificuldades para administrá-las.
Quando o filho do fundador, André Brett, comandava a Vila Romana, chegou a produzir a marca Emporio Armani sob licença. Deu-se mal. Fundamentalmente, o mercado não aceitou porque Armani tem que ser o produto italiano, não uma cópia nacional. Mais tarde, André Brett e sua sócia Michelle Nasser, passaram a comandar o Emporio Armani no Brasil, então com produtos importados.
Depois de sérias dificuldades enfrentadas pela Vila Romana e a rede VR no início dos anos 1990, Brett não tinha mais, formalmente, sociedade nesses negócios. Desde janeiro de 1994, o controlador passou a atender pelo nome de Grupo Sellinvest, praticamente desconhecido entre os brasileiros, formado por investidores estrangeiros, em sua maioria holandeses. André e o irmão Ladislau permaneceram no conselho. No momento da venda, as dívidas atingiam 30 milhões de dólares.
Quando o filho do fundador, André Brett, comandava a Vila Romana, chegou a produzir a marca Emporio Armani sob licença. Deu-se mal. Fundamentalmente, o mercado não aceitou porque Armani tem que ser o produto italiano, não uma cópia nacional. Mais tarde, André Brett e sua sócia Michelle Nasser, passaram a comandar o Emporio Armani no Brasil, então com produtos importados.
Depois de sérias dificuldades enfrentadas pela Vila Romana e a rede VR no início dos anos 1990, Brett não tinha mais, formalmente, sociedade nesses negócios. Desde janeiro de 1994, o controlador passou a atender pelo nome de Grupo Sellinvest, praticamente desconhecido entre os brasileiros, formado por investidores estrangeiros, em sua maioria holandeses. André e o irmão Ladislau permaneceram no conselho. No momento da venda, as dívidas atingiam 30 milhões de dólares.
A fatia mais rentável do grupo passou às mãos da Sellinvest: uma fábrica de ternos e calças, na Paraíba, e as lojas de fábrica. Nem mesmo a marca Vila Romana pertence mais aos Brett. O comando passou para as mãos de um executivo, Cláudio Galeazzi, contratado pela Sellinvest. Minoritários, reduzidos a uma participação de 7% do capital da empresa, André e Ladislau já não davam ordens.
A estrada que os levou a esse desfecho é longa e tortuosa. O ponto zero pode ser localizado em 1990. Com o Plano Collor, em março daquele ano, a Vila Romana, assim como todas as empresas do setor, enfrentou uma brutal queda de demanda. Um ano depois, descapitalizada, a Vila Romana não teve escolha: foi aos bancos. Conseguiu crédito com facilidade. Era bem conhecida e respeitada no mercado financeiro.
A partir daquele momento, formou-se uma bola-de-neve que foi dar numa dívida de 30 milhões de dólares, já não condizente com o novo faturamento da empresa que se reduzira para 40 milhões de dólares.
Em março de 1992, para fugir dos altos juros internos, os Brett decidiram buscar socorro no exterior. Nesse ponto é que entra em cena a Sellinvest, representada no Brasil pelo advogado paulista Beno Suchodolski. Uma espécie de fundo de investimentos, a Sellinvest estava sob o guarda-chuva da ítalo-suíça Spinelli Associé, uma butique de negócios, com sede na Suíça.
Como uma das exigências da Sellinvest era ficar com o nome fantasia Vila Romana, os Brett criaram uma nova empresa, a Contex S.A., e estabeleceram sua sede em Porto Alegre em abril de 1994. É de lá que eles pretendiam dar a volta por cima - a mais de 1.000 quilômetros do império de roupas masculinas que perderam.
Os números apresentados no início de 1995, mostravam algum alento. A empresa voltou ao azul depois de três anos de prejuízos. Para um faturamento de 64 milhões de dólares (contra 39 milhões de dólares em 1993), a Vila Romana lucrou 3,5 milhões de dólares.
Por volta de março de 2000, volta ao Brasil a marca Arrow, trazida pela Vila Romana. A Arrow foi criada em 1851 e está presente em mais de 70 países. Além de camisas, produz ternos e gravatas.
(Fonte: revista Exame - 22.06.1994 / 09.11.1994 / Exama - 15.02.1995 / propaganda Exame - 17.03.2000 / revista Forbes - 11.10.2000 - parte)
(Fonte: revista Exame - 22.06.1994 / 09.11.1994 / Exama - 15.02.1995 / propaganda Exame - 17.03.2000 / revista Forbes - 11.10.2000 - parte)
Nenhum comentário:
Postar um comentário