Informo que de fato a marca Duchen não era um nome de família. O fundador da Duchen, que tinha como razão social “Cia Paulista de Alimentação – Duchen”, foi a família Britto, o mesmo fundador da marca Peixe (extrato de tomate). Lembro-me perfeitamente da placa de bronze afixada próximo ao restaurante, que homenageava os fundadores “Francisco Pitta Brito” e “Carlos Alberto de Nóbrega Brito”. Na década de 1970 a empresa foi vendida para o Grupo Fenícia, e na década de 1980 foi desativada. Apenas a marca foi vendida para o grupo Hersheys, o terreno para a Atlas e as máquinas para a Aymoré. Trabalhei por mais de 10 anos nessa empresa e só tenho boas recordações.
Em 1993, a General Biscuits do Brasil era dona da marca Duchen.
Os biscoitos Duchen são hoje fabricados por Cavnic SP Participações S.A., em Jundiaí, interior do estado de São Paulo.
Versão II
Durante as décadas de 50, 60 e 70, uma curiosa construção chamava a atenção de quem circulava pela Rodovia Presidente Dutra, ainda pequena, com duas faixas em cada sentido. Por ali estava uma bela construção, na altura do Município de Guarulhos, que abrigava a fábrica de biscoitos Duchen. Entretanto, essa tradicional marca da nossa história, fora fundada na Mooca, muitos anos antes, em 1903, sendo um grande destaque na fabricação de biscoitos com marcas que deixaram saudade, como: Kid Lat, Specialat e a própria Duchen. Desde sua fundação, seu objetivo era o de produzir inovação e qualidade, para agregar valor à marca.
Seu desenvolvimento na ZL de São Paulo foi tão significativo que, para expandir sua estrutura e facilitar a logística do dia a dia para o interior de SP e do RJ, os proprietários escolheram a rodovia para montar sua fábrica, em um processo que começou em 1950 e terminou em 1951.
A grande curiosidade é que o edifício dessa empresa foi projetado por ninguém menos do que Oscar Niemeyer, em 1949. Ele possuía uma sinuosidade, comprida e estreita, com suas colunas à mostra, lembrando uma espinha de peixe. A edificação é uma obra inédita na trajetória de Oscar Niemeyer, já que foi um projeto para abrigar uma indústria. O projeto foi tão inovador que ganhou um prêmio na 1ª Bienal de São Paulo, em 1951, na categoria de construção industrial.
Entretanto, com a chegada da década de 80, tudo mudou e a Duchen encerrou suas atividades, deixando o edifício à própria sorte. Com o passar do tempo, uma transportadora vizinha fez um investimento e comprou o terreno onde estava a fábrica para transformá-la em pátio e estacionamento para seus caminhões. Entretanto, nesse meio tempo, o CONDEPHAAT, órgão que organiza o tombamento de patrimônios históricos, já estava trabalhando no processo para garantir que o edifício permanecesse de pé.
Para corroborar o processo de tombamento, o CONDEPHAAT foi consultar o arquiteto Niemeyer que, para a surpresa de todos, renegou a obra. Dessa forma, o conselho recusou o tombamento e, em 1990, a Duchen foi demolida. O novo proprietário do terreno, a Transportadora Atlas acabou tendo litígio com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), por conta do ocorrido.
Quanto à marca Duchen, ela foi comprada pela Parmalat ainda nos anos 90 e foi ressuscitada em 2003, emprestando seu nome a uma linha de bolachas.
Seu desenvolvimento na ZL de São Paulo foi tão significativo que, para expandir sua estrutura e facilitar a logística do dia a dia para o interior de SP e do RJ, os proprietários escolheram a rodovia para montar sua fábrica, em um processo que começou em 1950 e terminou em 1951.
A grande curiosidade é que o edifício dessa empresa foi projetado por ninguém menos do que Oscar Niemeyer, em 1949. Ele possuía uma sinuosidade, comprida e estreita, com suas colunas à mostra, lembrando uma espinha de peixe. A edificação é uma obra inédita na trajetória de Oscar Niemeyer, já que foi um projeto para abrigar uma indústria. O projeto foi tão inovador que ganhou um prêmio na 1ª Bienal de São Paulo, em 1951, na categoria de construção industrial.
Para corroborar o processo de tombamento, o CONDEPHAAT foi consultar o arquiteto Niemeyer que, para a surpresa de todos, renegou a obra. Dessa forma, o conselho recusou o tombamento e, em 1990, a Duchen foi demolida. O novo proprietário do terreno, a Transportadora Atlas acabou tendo litígio com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), por conta do ocorrido.
Quanto à marca Duchen, ela foi comprada pela Parmalat ainda nos anos 90 e foi ressuscitada em 2003, emprestando seu nome a uma linha de bolachas.