A Unipar foi formada a partir de uma refinaria construída em 1946. A companhia foi constituída em 28 de maio de 1969 sob a denominação União Participações Ltda. Em outubro passou à condição de sociedade por ações, época em que já participava de um conjunto industrial dedicado à produção e comercialização de produtos químicos e petroquímicos, formado pela Petroquímica União, Poliolefinas, Empresa Brasileira de Tetrâmero (posteriormente, Unipar Química, sociedade incorporada à companhia em 1990, sendo transformada em filial sob a denominação de Unipar - Divisão Química) e Carbocloro Indústria Químicas Ltda.
Em 1971, a companhia foi pioneira no setor petroquímico e de modo efetivo participa da instalação do Pólo Petroquímico de São Paulo, o primeiro do Brasil.
Tornou-se uma holding com dez fábricas, quase 3.000 funcionários e faturamento de 2,5 bilhões de reais (dados de 2007). Formavam o grupo as subsidiárias: Polietilenos União, Petroquímica União - PQU, Rio Polímeros, Divisão Química, Carbocloro, União Terminais, Petroflex, Polibutenos, Unipar Comercial.
Poucos grupos empresariais brasileiros têm uma crônica tão rica - em glórias e desacertos - quanto os comandantes da Unipar.
O conglomerado cresceu a partir da Refinaria de Petróleo União, localizada em Mauá, na região metropolitana de São Paulo. Fundada pelo empresário carioca Alberto Soares Sampaio, a empresa cresceu sob a batuta de seu genro, Paulo Geyer, casado com Maria Cecília Soares Sampaio Geyer.
O casal teve cinco filhos, e tornou-se um dos mais celebrados da sociedade carioca no final da década de 1960. Culto e refinado, Geyer foi um expoente da elite empresarial esclarecida brasileira e amigo de personalidades como o embaixador Walther Moreira Salles, fundador do Unibanco, e o bibliófilo José Mindlin, fundador da Metal Leve, hoje Mahle Metal Leve. Apaixonado por obras de arte e documentos históricos dos períodos colonial e imperial, Paulo Geyer construiu uma espetacular coleção de obras de arte paralelamente às suas atividades como presidente da Unipar. Ao todo, ele e a mulher juntaram 4.000 peças de valor inestimável, entre livros raros, pinturas, gravuras, tapeçarias e peças decorativas dispostas na residência do casal, um casarão do século XVIII no bairro do Cosme Velho, no Rio de Janeiro.
Na segunda quinzena de maio de 1993, a Unipar fecha acordo com a empreiteira baiana Odebrecht, que tinha eleito a petroquímica como seu principal negócio. A Odebrecht escala Álvaro Cunha, um engenheiro civil que estava à frente da parte química da empresa havia vários anos e que passou a ser o homem forte da Unipar, ainda que a Odebrecht mantivesse apenas 38,7% de participação no capital da empresa. Se até Paulo Geyer passou a mandar menos, outros executivos se debandaram. Geyer perde seu colaborador Ricardo Lins de Barros. Outro importante diretor da Unipar, o executivo Michel Hartveld, sai da holding e se restringe à Petroquímica União, PQU. Marcos Tulio Sampaio continuou na presidência mas passou a ter poderes muito reduzidos.
Em agosto de 1993 a Unipar já sentia o efeito Odebrecht. A administração, antes espalhada por três prédios diferentes, foi concentrada em apenas um local. O número de funcionários administrativos caiu de noventa para cinquenta e encolheria ainda mais. A sede da empresa seria transferida do Rio de Janeiro para São Paulo. A Odebrecht também estava reduzindo o portfólio de negócios da Unipar. Vendeu a Cirpress, da área de informática, e procurava compradores para a Unicontrol e para a sua parte na Goyana, cujo controle dividia com o empresário Mário Amato.
Em 1971, a companhia foi pioneira no setor petroquímico e de modo efetivo participa da instalação do Pólo Petroquímico de São Paulo, o primeiro do Brasil.
Tornou-se uma holding com dez fábricas, quase 3.000 funcionários e faturamento de 2,5 bilhões de reais (dados de 2007). Formavam o grupo as subsidiárias: Polietilenos União, Petroquímica União - PQU, Rio Polímeros, Divisão Química, Carbocloro, União Terminais, Petroflex, Polibutenos, Unipar Comercial.
Poucos grupos empresariais brasileiros têm uma crônica tão rica - em glórias e desacertos - quanto os comandantes da Unipar.
O conglomerado cresceu a partir da Refinaria de Petróleo União, localizada em Mauá, na região metropolitana de São Paulo. Fundada pelo empresário carioca Alberto Soares Sampaio, a empresa cresceu sob a batuta de seu genro, Paulo Geyer, casado com Maria Cecília Soares Sampaio Geyer.
O casal teve cinco filhos, e tornou-se um dos mais celebrados da sociedade carioca no final da década de 1960. Culto e refinado, Geyer foi um expoente da elite empresarial esclarecida brasileira e amigo de personalidades como o embaixador Walther Moreira Salles, fundador do Unibanco, e o bibliófilo José Mindlin, fundador da Metal Leve, hoje Mahle Metal Leve. Apaixonado por obras de arte e documentos históricos dos períodos colonial e imperial, Paulo Geyer construiu uma espetacular coleção de obras de arte paralelamente às suas atividades como presidente da Unipar. Ao todo, ele e a mulher juntaram 4.000 peças de valor inestimável, entre livros raros, pinturas, gravuras, tapeçarias e peças decorativas dispostas na residência do casal, um casarão do século XVIII no bairro do Cosme Velho, no Rio de Janeiro.
Na segunda quinzena de maio de 1993, a Unipar fecha acordo com a empreiteira baiana Odebrecht, que tinha eleito a petroquímica como seu principal negócio. A Odebrecht escala Álvaro Cunha, um engenheiro civil que estava à frente da parte química da empresa havia vários anos e que passou a ser o homem forte da Unipar, ainda que a Odebrecht mantivesse apenas 38,7% de participação no capital da empresa. Se até Paulo Geyer passou a mandar menos, outros executivos se debandaram. Geyer perde seu colaborador Ricardo Lins de Barros. Outro importante diretor da Unipar, o executivo Michel Hartveld, sai da holding e se restringe à Petroquímica União, PQU. Marcos Tulio Sampaio continuou na presidência mas passou a ter poderes muito reduzidos.
Em agosto de 1993 a Unipar já sentia o efeito Odebrecht. A administração, antes espalhada por três prédios diferentes, foi concentrada em apenas um local. O número de funcionários administrativos caiu de noventa para cinquenta e encolheria ainda mais. A sede da empresa seria transferida do Rio de Janeiro para São Paulo. A Odebrecht também estava reduzindo o portfólio de negócios da Unipar. Vendeu a Cirpress, da área de informática, e procurava compradores para a Unicontrol e para a sua parte na Goyana, cujo controle dividia com o empresário Mário Amato.
No início de 1994, devido a desavenças entre os sócios (Unipar e Odebrecht), o acordo foi desfeito.
A Goyana, tanto a marca como a fábrica de São Paulo, foi vendida em agosto de 1994 para o Grupo Zanello, baseado em Curitiba e que atua em mineração e fundição de metais não ferrosos.
Em 1997, a família Geyer contrata Edson Vaz Musa, ex-Rhodia, como consultor, para reposicionar a Unipar no mercado brasileiro. O trabalho estava sendo desenvolvido com êxito, mas não chegou a ser concluído. Houve desentendimento entre o consultor e os donos.
No descruzamento das ações da OPP, em dezembro de 2000, o Banco Banif, de Portugal, e o desconhecido BT Fund passam a participar dos rumos da Unipar. As duas instituições ficaram com 12% do capital total, correspondente a 34% do capital votante da Unipar. O empresário Paulo Geyer, que ao lado da mulher, Maria Cecília, controlava a Unipar, poderia ter convivência mais harmônica do que a desfrutada com o antigo sócio, a Odebrecht.
Paulo Geyer morreu em 2004, aos 83 anos.
Em setembro de 2004, o grupo Unipar estava na torcida para que saísse decisão favorável a seu projeto de expansão da Petroquímica União (PQU), da qual era a maior acionista. A PQU, localizada no ABC paulista, trabalhava no limite, 24 horas por dia. Mas a produção poderia ser ampliada em 40% em prazo relativamente curto, de três anos, com investimento de 300 milhões de dólares. Para isso, era necessário que a Petrobras, sócia do Unipar na PQU, aprovasse a utilização de gás residual de refinarias como matéria prima. O projeto estava há um ano sob análise da diretoria da Petrobras, comandada por José Eduardo Dutra e tinha recebido promessa de apoio da ministra Dilma Rousseff, de Minas e Energia.
Num setor dominado por empresas como Suzano e Braskem, a Unipar era vista como uma espécie de "patinho feio", um grupo menos vistoso que os outros, cheio de problemas de gestão e dominado por uma família instável e difícil de fazer negócios. O patinho feio, em 2007, teria sua chance de virar cisne. A partir de novembro (2007), a Unipar seria a sócia majoritária de um empreendimento em parceria com a Petrobras, a Companhia Petroquímica do Sudeste - um colosso com receita de 8 bilhões de reais e principal produtor de matéria-prima para plásticos e resinas na região mais desenvolvida do país. Tudo aconteceu meio que por acaso. Depois de comprar a Suzano Petroquímica, em agosto de 2007, a Petrobras precisava de uma sócia privada para a nova empresa (uma maneira de livrar-se das insinuações de estatismo e das sanções dos órgãos de defesa da concorrência). Como a Petrobras já era sócia da Odebrecht na Braskem, a única empresa livre para uma nova parceria era a Unipar. As negociações com a Petrobras foram comandadas por Frank Geyer Abubakir, nascido em 1972, neto de Paulo. Consumada a negociação, a pergunta de 1 milhão de dólares na época era: até que ponto o longo histórico de conflitos dos Geyer poderia atrapalhar aquele futuro?
Em 2008, Geyer combinou ativos petroquímicos da Unipar com a Petrobras criando um polo petroquímico no sudeste: Quattor. O único ativo que a Unipar não juntou com a Quattor foi a Carbocloro, uma joint venture com uma companhia americana. Geyer comprou a parte da sócia em 2013. A Quattor, então pertencente à Unipar e Petrobras, foi vendida no início de 2010 para a Braskem, então dona de polos no nordeste e no sul, por R$ 870 milhões.
Com a compra da Quattor pela Braskem, é finalizada a consolidação do setor petroquímico brasileiro. (Em delação à Operação Lava-Jato, em 2017, o presidente da Braskem na época, Carlos Fadigas, afirmou que houve direcionamento relevante de recursos “por fora” para aquisição da Quattor, de cerca de R$ 150 milhões). A Petrobras é a segunda maior acionista da Braskem, com 36% do capital. A majoritária é a Odebrecht.
Em junho de 2010 a companhia aprovou alteração de seu objeto social focando-o em participações acionárias em outras empresas, e sua denominação social foi alterada para Unipar Participações S.A.
Em assembleia de 9 de agosto de 2013, foi aprovada a mudança no objeto social da companhia, permitindo sua atuação direta no setor de soda, cloro e derivados, e a denominação social passou para Unipar Carbocloro S.A. Era a preparação para a incorporação da Carbocloro.
Todas as transações de Geyer com a Unipar têm sido conduzidas pela boutique de investimentos Estáter desde 2008 e em 2011 fizeram uma parceria na fabricante de lâminas de energia eólica Tecsis.
No dia 30 de setembro de 2013, os acionistas aprovaram a incorporação da Carbocloro pela companhia. Dessa forma, a empresa passou a desenvolver diretamente as atividades operacionais até então conduzidas pela Carbocloro.
Em 14 de dezembro de 2015, a companhia recebe comunicado de seu acionista controlador Vila Velha S.A. Administração e Participações, comunicando sobre a intenção de realizar oferta pública de aquisição de ações de emissão da companhia em circulação no mercado, com o objetivo de cancelar o registro de companhia aberta perante a CVM (OPA). Informou também o preço a ser ofertado de R$ 5,70 por ação ordinária, R$ 5,70 por ação preferencial classe A e R$ 4,40 por ação preferencial classe B. Os preços representam um prêmio de 11%, 6% e 15% respectivamente sobre a média ponderada de 10 pregões das ações da companhia com data base de 11 de dezembro de 2015.
Em 14 de março de 2016, a companhia comunicou através de Fato Relevante que o Sr. Luis Barsi Filho, acionista com mais de 10% das ações da companhia em circulação no mercado, solicitou convocação, pelo conselho de administração da empresa, de Assembleia Geral Especial de acionistas, para deliberar sobre a realização de nova avaliação para determinação do valor das ações da companhia.
Em julho de 2016, após conseguir isolar a Unipar do histórico de confrontos familiares e para redefinir logo a estratégia dos negócios para o futuro, Frank Geyer teve que reinventar a si mesmo para conservar a companhia nos trilhos. Com respingos provenientes da operação Lava-Jato, Geyer chegou à conclusão que a melhor solução seria manter-se afastado da empresa. Afastou-se em agosto de 2016, quando fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, por ter participado de um esquema de corrupção da Petrobras. Recorreu a Pércio de Souza, dono da boutique de investimentos Estáter, para conceber como solução uma mudança de controle acionário temporária. De julho de 2016 a junho de 2022, a Estáter tem direito a 51% do capital votante da Unipar, como resultado de um acordo para votar com as ações da família Geyer, que tem uma parte do bloco de controle. Souza se torna o presidente do conselho e encabeça a reestruturação operacional e financeira da Unipar. O investidor Luiz Barsi é o segundo maior acionista da Unipar.
Um dos primeiros desafios de Souza seria a integração da PVC Indupa, localizada na cidade de Bahía Blanca, na Argentina, uma aquisição inicialmente problemática feita em dezembro de 2016. A compra da Indupa, fabricante de cloreto de polivinilo (PVC), então pertencente à belga Solvay, representa um mudança significativa na Unipar, que até então produzia somente soda cáustica através da Carbocloro. Esse acordo mais que dobra a Unipar que tem faturamento ao redor de R$ 1 bilhão, comparada aos R$ 2 bilhões, em média, da Indupa. Essa fusão cria um participante relevante na indústria química. Em conjunto, as empresas terão controle de 30% do mercado de soda cáustica da América do Sul e acima de 30% do mercado de PVC.
Em julho de 2017 a Unipar decide deixar o bloco de controle da Tecsis devido à profunda crise na companhia. O investimento foi feito em 2011 em parceria com a Estáter e o BNDES, quando considerou tornar-se uma empresa holding com participações em outros negócios. Para deixar a parceria, teria que desembolsar R$ 110 milhões para a subsidiária correspondentes a passivo descoberto. A Estáter tem o comando majoritário dos votos da Unipar desde setembro de 2016, quando ela fez um acordo para votar com as ações da família Geyer, que tem uma parte do bloco de controle.
O dia 28 de julho de 2017 chegou a ser marcado como data para a Unipar Carbocloro deixar de ser listada na bolsa de valores (em dezembro de 2015, ela tinha anunciado essa intenção pela primeira vez). Vila Velha, a acionista controladora, iria comprar as ações e ofereceu R$ 7,50 por ação independentemente do tipo e classe. A transação iria alcançar R$ 470,2 milhões se todos os acionistas vendessem suas posições.
Em 23 de agosto de 2017, a Unipar Carbocloro informou via Fato Relevante que a Vila Velha S.A. Administração e Participações ("Ofertante") não obteve êxito no leilão realizado nessa data no âmbito da oferta pública de aquisição de ações (OPA), visando o cancelamento de registro de companhia aberta. Em função desse resultado, a Unipar permanecerá registrada na CVM como companhia aberta.
Em 1997, a família Geyer contrata Edson Vaz Musa, ex-Rhodia, como consultor, para reposicionar a Unipar no mercado brasileiro. O trabalho estava sendo desenvolvido com êxito, mas não chegou a ser concluído. Houve desentendimento entre o consultor e os donos.
No descruzamento das ações da OPP, em dezembro de 2000, o Banco Banif, de Portugal, e o desconhecido BT Fund passam a participar dos rumos da Unipar. As duas instituições ficaram com 12% do capital total, correspondente a 34% do capital votante da Unipar. O empresário Paulo Geyer, que ao lado da mulher, Maria Cecília, controlava a Unipar, poderia ter convivência mais harmônica do que a desfrutada com o antigo sócio, a Odebrecht.
Paulo Geyer morreu em 2004, aos 83 anos.
Em setembro de 2004, o grupo Unipar estava na torcida para que saísse decisão favorável a seu projeto de expansão da Petroquímica União (PQU), da qual era a maior acionista. A PQU, localizada no ABC paulista, trabalhava no limite, 24 horas por dia. Mas a produção poderia ser ampliada em 40% em prazo relativamente curto, de três anos, com investimento de 300 milhões de dólares. Para isso, era necessário que a Petrobras, sócia do Unipar na PQU, aprovasse a utilização de gás residual de refinarias como matéria prima. O projeto estava há um ano sob análise da diretoria da Petrobras, comandada por José Eduardo Dutra e tinha recebido promessa de apoio da ministra Dilma Rousseff, de Minas e Energia.
Num setor dominado por empresas como Suzano e Braskem, a Unipar era vista como uma espécie de "patinho feio", um grupo menos vistoso que os outros, cheio de problemas de gestão e dominado por uma família instável e difícil de fazer negócios. O patinho feio, em 2007, teria sua chance de virar cisne. A partir de novembro (2007), a Unipar seria a sócia majoritária de um empreendimento em parceria com a Petrobras, a Companhia Petroquímica do Sudeste - um colosso com receita de 8 bilhões de reais e principal produtor de matéria-prima para plásticos e resinas na região mais desenvolvida do país. Tudo aconteceu meio que por acaso. Depois de comprar a Suzano Petroquímica, em agosto de 2007, a Petrobras precisava de uma sócia privada para a nova empresa (uma maneira de livrar-se das insinuações de estatismo e das sanções dos órgãos de defesa da concorrência). Como a Petrobras já era sócia da Odebrecht na Braskem, a única empresa livre para uma nova parceria era a Unipar. As negociações com a Petrobras foram comandadas por Frank Geyer Abubakir, nascido em 1972, neto de Paulo. Consumada a negociação, a pergunta de 1 milhão de dólares na época era: até que ponto o longo histórico de conflitos dos Geyer poderia atrapalhar aquele futuro?
Em 2008, Geyer combinou ativos petroquímicos da Unipar com a Petrobras criando um polo petroquímico no sudeste: Quattor. O único ativo que a Unipar não juntou com a Quattor foi a Carbocloro, uma joint venture com uma companhia americana. Geyer comprou a parte da sócia em 2013. A Quattor, então pertencente à Unipar e Petrobras, foi vendida no início de 2010 para a Braskem, então dona de polos no nordeste e no sul, por R$ 870 milhões.
Com a compra da Quattor pela Braskem, é finalizada a consolidação do setor petroquímico brasileiro. (Em delação à Operação Lava-Jato, em 2017, o presidente da Braskem na época, Carlos Fadigas, afirmou que houve direcionamento relevante de recursos “por fora” para aquisição da Quattor, de cerca de R$ 150 milhões). A Petrobras é a segunda maior acionista da Braskem, com 36% do capital. A majoritária é a Odebrecht.
Em junho de 2010 a companhia aprovou alteração de seu objeto social focando-o em participações acionárias em outras empresas, e sua denominação social foi alterada para Unipar Participações S.A.
Em assembleia de 9 de agosto de 2013, foi aprovada a mudança no objeto social da companhia, permitindo sua atuação direta no setor de soda, cloro e derivados, e a denominação social passou para Unipar Carbocloro S.A. Era a preparação para a incorporação da Carbocloro.
Todas as transações de Geyer com a Unipar têm sido conduzidas pela boutique de investimentos Estáter desde 2008 e em 2011 fizeram uma parceria na fabricante de lâminas de energia eólica Tecsis.
No dia 30 de setembro de 2013, os acionistas aprovaram a incorporação da Carbocloro pela companhia. Dessa forma, a empresa passou a desenvolver diretamente as atividades operacionais até então conduzidas pela Carbocloro.
Em 14 de dezembro de 2015, a companhia recebe comunicado de seu acionista controlador Vila Velha S.A. Administração e Participações, comunicando sobre a intenção de realizar oferta pública de aquisição de ações de emissão da companhia em circulação no mercado, com o objetivo de cancelar o registro de companhia aberta perante a CVM (OPA). Informou também o preço a ser ofertado de R$ 5,70 por ação ordinária, R$ 5,70 por ação preferencial classe A e R$ 4,40 por ação preferencial classe B. Os preços representam um prêmio de 11%, 6% e 15% respectivamente sobre a média ponderada de 10 pregões das ações da companhia com data base de 11 de dezembro de 2015.
Em 14 de março de 2016, a companhia comunicou através de Fato Relevante que o Sr. Luis Barsi Filho, acionista com mais de 10% das ações da companhia em circulação no mercado, solicitou convocação, pelo conselho de administração da empresa, de Assembleia Geral Especial de acionistas, para deliberar sobre a realização de nova avaliação para determinação do valor das ações da companhia.
Em julho de 2016, após conseguir isolar a Unipar do histórico de confrontos familiares e para redefinir logo a estratégia dos negócios para o futuro, Frank Geyer teve que reinventar a si mesmo para conservar a companhia nos trilhos. Com respingos provenientes da operação Lava-Jato, Geyer chegou à conclusão que a melhor solução seria manter-se afastado da empresa. Afastou-se em agosto de 2016, quando fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, por ter participado de um esquema de corrupção da Petrobras. Recorreu a Pércio de Souza, dono da boutique de investimentos Estáter, para conceber como solução uma mudança de controle acionário temporária. De julho de 2016 a junho de 2022, a Estáter tem direito a 51% do capital votante da Unipar, como resultado de um acordo para votar com as ações da família Geyer, que tem uma parte do bloco de controle. Souza se torna o presidente do conselho e encabeça a reestruturação operacional e financeira da Unipar. O investidor Luiz Barsi é o segundo maior acionista da Unipar.
Um dos primeiros desafios de Souza seria a integração da PVC Indupa, localizada na cidade de Bahía Blanca, na Argentina, uma aquisição inicialmente problemática feita em dezembro de 2016. A compra da Indupa, fabricante de cloreto de polivinilo (PVC), então pertencente à belga Solvay, representa um mudança significativa na Unipar, que até então produzia somente soda cáustica através da Carbocloro. Esse acordo mais que dobra a Unipar que tem faturamento ao redor de R$ 1 bilhão, comparada aos R$ 2 bilhões, em média, da Indupa. Essa fusão cria um participante relevante na indústria química. Em conjunto, as empresas terão controle de 30% do mercado de soda cáustica da América do Sul e acima de 30% do mercado de PVC.
Em julho de 2017 a Unipar decide deixar o bloco de controle da Tecsis devido à profunda crise na companhia. O investimento foi feito em 2011 em parceria com a Estáter e o BNDES, quando considerou tornar-se uma empresa holding com participações em outros negócios. Para deixar a parceria, teria que desembolsar R$ 110 milhões para a subsidiária correspondentes a passivo descoberto. A Estáter tem o comando majoritário dos votos da Unipar desde setembro de 2016, quando ela fez um acordo para votar com as ações da família Geyer, que tem uma parte do bloco de controle.
O dia 28 de julho de 2017 chegou a ser marcado como data para a Unipar Carbocloro deixar de ser listada na bolsa de valores (em dezembro de 2015, ela tinha anunciado essa intenção pela primeira vez). Vila Velha, a acionista controladora, iria comprar as ações e ofereceu R$ 7,50 por ação independentemente do tipo e classe. A transação iria alcançar R$ 470,2 milhões se todos os acionistas vendessem suas posições.
Em 23 de agosto de 2017, a Unipar Carbocloro informou via Fato Relevante que a Vila Velha S.A. Administração e Participações ("Ofertante") não obteve êxito no leilão realizado nessa data no âmbito da oferta pública de aquisição de ações (OPA), visando o cancelamento de registro de companhia aberta. Em função desse resultado, a Unipar permanecerá registrada na CVM como companhia aberta.
No início de junho de 2022, a Unipar divulga que vai investir R$ 130 milhões em uma nova fábrica, na Bahia. Isso eleva para R$ 230 milhões os desembolsos divulgados desde o final do ano passado pela empresa para expansão de capacidade. A nova planta, com capacidade para produzir 10 mil toneladas de cloro por ano, será construída no Pólo Petroquímico de Camaçari (Bahia) e tem previsão de entrada em operação no primeiro semestre de 2024. Atenderá à crescente demanda por ácido clorídrico , hipoclorito de sódio e soda cáustica impulsionados pelo novo marco legal do saneamento básico. “Acreditamos na estrutura do saneamento como uma das alavancas de crescimento do mercado. Já houve várias aprovações [de projetos] e leilões, e haverá mais”, disse ao Valor o CEO Mauricio Russomanno.
Em fins de setmbro de 2023, a Unipar informou que investirá cerca de R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões) em sua planta de Cubatão (SP) para converter 100% da produção de cloro da planta para a tecnologia de células de membrana, considerada a forma mais moderna e eficiente de obtenção do elemento químico. Com capacidade nominal de produção de 355 mil toneladas de cloro equivalente por ano, a fábrica paulista opera atualmente com as três principais tecnologias disponíveis: membrana, diafragma e mercúrio, esta última em vias de ser eliminada no Brasil até 2025 em acordo com a Convenção de Minamata. Da capacidade total instalada da planta, 210 mil toneladas serão convertidas para o processo mais sustentável, com início das operações previsto para o segundo semestre de 2025. Com o investimento e substituição das tecnologias de mercúrio e diafragma, 100% da produção de cloro da Unipar no Brasil será ser baseada em membranas – tornando a planta de Cubatão a maior da América Latina com esse tipo de tecnologia.
(Fonte: revista Exame - 09.06.1993 / 18.08.1993 / 20.07.1994 / 31.08.1994 / revista Forbes Brasil - 11.10.2000 e 28.02.2001 / Exame online - 04.10.2007 / revista Exame online internacional 22.08.2016 / jornal Valor 31.07.2017 / revista Exame - 11.10.2017 site da empresa / Valor - 06.06.2022 / 26.09.2023 - partes)
Um comentário:
Uma industria linda que marca a história de cidades e a vida das pessoas a exemplo da cidade de Cubatão. Show.
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