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6 de out. de 2011

Eneva

          A geradora de energia Eneva foi fundada pelo empresário Eike Batista. Em meados de 2016 a empresa sai da concordata mas continua com dívidas junto à Caixa Econômica Federal, Votorantim e BNDES.
          Mesmo com dívidas, a Eneva negocia contratos generosos. O ex-presidente da empresa, José Drummond, por pouco mais de um ano na companhia, recebeu um pacote demissional de 40 milhões de reais.
          Em 24 de dezembro de 2021, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu parecer favorável à aquisição da Focus Energia (POWE3) pela Eneva (ENEV3). A operação envolveu R$ 960 milhões e foi anunciada em 15 de dezembro de 2021.
          Em 10 de junho de 2022, a Eneva anunciou que chegou a um acordo para comprar a Central Geradora Termelétrica Fortaleza (CGTF), ou Termofortaleza, da Enel Américas por R$ 431,5 milhões. A Termofortaleza, que tem nome comercial de Enel Geração Fortaleza, tem como principal ativo uma usina termelétrica a gás localizada em Caucaia (CE), com capacidade instalada de 327 megawatts. A usina tem contrato de comercialização de energia com a Enel Ceará, assinado em agosto de 2001 e com vigência até 2023. Em 2021, a Termofortaleza registrou receita operacional líquida de R$ 1,7 bilhão e Ebitda de R$ 580 milhões. Além do valor base da compra, que serão corrigidos após o fechamento da operação, a transação também prevê pagamentos contingentes à recontratação futura da planta, que podem alcançar até R$ 97 milhões. A conclusão da operação ainda depende de aprovação do Cade e do conselho de administração da Enel Américas.
          Em 3 de outubro de 2022, a Eneva concluiu a aquisição de 100% das ações da Celsepar – Centrais Elétricas do Sergipe Participações. A operação foi concluída após o cumprimento de todas as condições precedentes previstas no contrato. O valor total da operação foi de R$ 6,7 bilhões, composto pelo valor base de R$ 6,1 bilhões e certos componentes positivos e negativos na forma do contrato de compra e venda de ações. A Celsepar tem como principal ativo operacional a UTE Porto de Sergipe I (Usina), uma usina termelétrica a gás natural em ciclo combinado, com capacidade instalada de 1.593 MW, localizada em Barra dos Coqueiros, no estado de Sergipe.
          Em 21 de junho de 2023, a Eneva celebrou um acordo de investimento com o Itaú Unibanco. O banco desembolsou R$ 1 bilhão por uma fatia no capital de uma das subsidiárias da companhia. A operação envolveu as ações preferenciais com direito à voto restrito na Eneva Participações III — que representam cerca de 15% de seu capital social — e uma reorganização societária dentro do grupo.
A empresa que recebeu o investimento do Itaú será controladora da Parnaíba II Geração de Energia e Parnaíba Geração e Comercialização. Ambas as empresas fazem parte do Complexo Parnaíba, que conta com seis usinas termelétricas.
          Os maiores acionistas da empresa são o BTG Pactual com 36,4% e o fundo Cambuhy com 27,5%. A alemã E.ON tem 8,3%, enquanto o Itaú Unibanco tem 7,9% de participação.
          A Eneva enviou uma carta à Vibra (antiga BR Distribuidora), distribuidora de combustíveis, propondo uma fusão entre as duas. Pela proposta apresentada no domingo, 26 de novembro de 2023, as duas teriam participações iguais na nova empresa combinada, operação conhecida como “fusão de iguais”. A ideia da transação foi apresentada pela gestora de recursos Dynamo, que é acionista das duas empresas. A notícia da proposta foi publicada pela primeira vez pelo Brazil Journal.
          A nova empresa teria capitalização de mercado de quase R$ 50 bilhões e se tornaria a terceira maior empresa de energia de capital aberto, atrás apenas da Petrobras e da Eletrobras. A relação de troca proposta de 50% para cada lado está em linha com a média negociada pelas empresas nos últimos seis meses.
          A Dynamo, que tem participação de 10,28% na Vibra e 10,06% na Eneva, viu o mérito da transação, pois a empresa de energia é vista como tendo crescimento relevante, capacidade de investimento comprovada, altos retornos e fluxos de caixa previsíveis. A Vibra, por outro lado, apresenta forte geração de caixa.
          Em 28 de novembro de 2023, a Vibra informou ao mercado que considera “injustificável” a troca de ações indicada na proposta de fusão com a Eneva. A distribuidora de combustíveis afirmou ainda que “está claro que os termos de troca propostos para a proposta de fusão não são atrativos para os acionistas da Vibra”.
​(Fonte: revista Veja - 24.05.2017 / jornal Valor - 10.08.2017 / Valor - 24.12.2021 / 10.06.2022 / Dica de Hoje - 04.10.2022 / seudinheiro - 21.06.2023 / Valor - 27.11.2023 / 29.11.2023 - partes)

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