A Brasil Ferrovias surgiu em 2002, da fusão da Ferroban e da Novoeste, ambas de origem estatal, com a Ferronorte, construída nos anos 1990 pelo falecido empresário Olacyr de Moraes. O resultado foi uma espécie de empresa-Frankenstein, com culturas, salários e benefícios distintos.
A Ferronorte (hoje chamada de Malha Norte), é uma ferrovia de bitola larga com 755 quilômetros de extensão. Na época o maior produtor individual de soja do planeta, Moraes se dedicou à implantação dos primeiros 500 quilômetros da ferrovia, ligando os municípios de Santa Fé do Sul (SP) e Alto Araguaia (MT).
Em março de 2006, a Brasil Ferrovias, então uma das mais importantes malhas ferroviárias do país, que atravessa o Centro-Oeste e vai até o porto de Santos, teve sua falência decretada. Mesmo assim, diretores e gerentes da empresa continuaram tendo direito a cartão de crédito corporativo, celulares com contas pagas pela empresa e frota de 15 carros com menos de um ano de uso à sua disposição.
Em maio de 2006, a Brasil Ferrovias foi comprada pela América Latina Logística (ALL), empresa controlada pela GP Investimentos. E a festa acabou. No dia seguinte à compra, uma equipe de 20 pessoas da ALL deixou a matriz, em Curitiba, e desembarcou na Brasil Ferrovias, em Campinas, interior de São Paulo.
Sua missão era transformar a empresa num modelo de eficiência. Logo após o corte de todas as mordomias, vieram outras mudanças. Toda a diretoria, composta de cinco executivos, foi substituída. O número de funcionários foi reduzido de 4.500 para 1.500 em quatro meses. As paredes que separavam os escritórios das salas dos diretores e gerentes foram literalmente derrubadas - todos passaram a trabalhar numa sala única, sem divisórias.
No comando do time responsável pela mudança estava o capixaba Paulo Basilio, nascido em 1975. Economista, Basilio entrou na ALL em 2000, como analista. Passou pelas áreas financeira e de Planejamento até assumir a diretoria comercial, em junho de 2005. Internamente, era cotado como um dos possíveis sucessores de Bernardo Hees, presidente da ALL.
Em 2008, a ALL deixa de pertencer ao GP Investimentos e, em 2014 é adquirida pela Cosan/Rumo.
(Fonte: revista Exame - 08.11.2006 / Valor - 15.03.2021 - partes)
Em março de 2006, a Brasil Ferrovias, então uma das mais importantes malhas ferroviárias do país, que atravessa o Centro-Oeste e vai até o porto de Santos, teve sua falência decretada. Mesmo assim, diretores e gerentes da empresa continuaram tendo direito a cartão de crédito corporativo, celulares com contas pagas pela empresa e frota de 15 carros com menos de um ano de uso à sua disposição.
Em maio de 2006, a Brasil Ferrovias foi comprada pela América Latina Logística (ALL), empresa controlada pela GP Investimentos. E a festa acabou. No dia seguinte à compra, uma equipe de 20 pessoas da ALL deixou a matriz, em Curitiba, e desembarcou na Brasil Ferrovias, em Campinas, interior de São Paulo.
Sua missão era transformar a empresa num modelo de eficiência. Logo após o corte de todas as mordomias, vieram outras mudanças. Toda a diretoria, composta de cinco executivos, foi substituída. O número de funcionários foi reduzido de 4.500 para 1.500 em quatro meses. As paredes que separavam os escritórios das salas dos diretores e gerentes foram literalmente derrubadas - todos passaram a trabalhar numa sala única, sem divisórias.
No comando do time responsável pela mudança estava o capixaba Paulo Basilio, nascido em 1975. Economista, Basilio entrou na ALL em 2000, como analista. Passou pelas áreas financeira e de Planejamento até assumir a diretoria comercial, em junho de 2005. Internamente, era cotado como um dos possíveis sucessores de Bernardo Hees, presidente da ALL.
Em 2008, a ALL deixa de pertencer ao GP Investimentos e, em 2014 é adquirida pela Cosan/Rumo.
(Fonte: revista Exame - 08.11.2006 / Valor - 15.03.2021 - partes)
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