A administradora de planos de saúde Qualicorp foi fundada pelo empresário José Seripieri Filho, conhecido como Júnior, em 1997. A empresa tornou-se a maior administradora de planos de saúde por adesão do país.
Em 2012, o fundo Carlyle comprou 70% da empresa. Quando o fundo vendeu suas ações, júnior voltou a ser o maior acionista.
Os maiores acionistas, depois de Júnior, que detém 15% da companhia, são as gestoras Wellington e XP, cada qual com pouco mais de 5% de participação.
Em primeiro de outubro de 2018, as ações da companhia despencaram 29,37% na bolsa de valores. O motivo básico foi o fato de a companhia ter informado que assinou um contrato no valor de R$ 150 milhões com o presidente, José Seripieri Filho, para que ele não venda toda sua participação, nem crie negócios concorrentes por um período de seis anos, renovável por mais dois anos. Até então, não havia qualquer acordo de não competição assinado.
Segundo a Qualicorp, Júnior não pode rescindir o contrato antes de seis anos, a não ser em caso de tomada hostil de controle ou destituição da maioria do conselho antes do fim do mandato - e nessa situação, teria que reembolsar a indenização na proporção do prazo ainda não cumprido.
Pelo contrato, Júnior pode vender 10% a partir do início do quinto ano. O acordo só o obriga a manter 13,6 milhões de ações - o equivalente a cerca de 5% do capital da empresa. Ao longo dos últimos dois anos, ele já reduziu sua fatia, que era de 20%.
Há algum tempo Júnior vem questionando a sustentabilidade do mercado de planos de saúde, cujos reajustes são extremamente elevados. Ele vinha sinalizando há meses sua intenção de deixar a Qualicorp, vinha procurando projetos alternativos, e já tinha em mente novos projetos na área da saúde, que agora serão incorporados à companhia.
No mercado o que se comenta é que o risco de Júnior abrir outro negócio prejudicava o interesse de grupos do setor em comprar ou se fundir à companhia.
Tudo explicado. Nada explicado. A passagem da máquina compressora sobre a Lei das S.A. por certo desagradou uma miríade de stakeholders: dez entre dez analistas, os minoritários, os minoritários com participação maior (5%), a CVM, a Apimec, qualquer um que sonha com uma governança corporativa de verdade na Bolsa brasileira, deve estar agora se lamentando.
Seripieri Filho pretendia deixar a companhia para criar uma operadora de planos de saúde, a Gama. Atualmente, a Gama pertence à Qualicorp, porém, atua apenas como uma rede com clínicas médicas, laboratórios e hospitais (36 mil pontos de atendimento) que presta serviços para outras operadoras, uma vez que a legislação não permite que um mesmo grupo trabalhe como administrador de benefícios e operadora de convênio médico simultaneamente.
A Qualicorp, surpreendeu mais uma vez o mercado. Desta vez, pela rapidez com que fechou um acordo com a XP Gestão Recursos, detentora de 9% do capital da empresa; No domingo, 7 de outubro, por volta das 23h30, a companhia informou que Júnior se comprometeu a reinvestir, no mínimo, os R$ 150 milhões já recebidos, em ações da companhia na bolsa até o fim deste ano. Com isso, a sua participação poderá subir dos atuais 15% para quase 20%, considerando os preços atuais.
Em 2012, o fundo Carlyle comprou 70% da empresa. Quando o fundo vendeu suas ações, júnior voltou a ser o maior acionista.
Os maiores acionistas, depois de Júnior, que detém 15% da companhia, são as gestoras Wellington e XP, cada qual com pouco mais de 5% de participação.
Em primeiro de outubro de 2018, as ações da companhia despencaram 29,37% na bolsa de valores. O motivo básico foi o fato de a companhia ter informado que assinou um contrato no valor de R$ 150 milhões com o presidente, José Seripieri Filho, para que ele não venda toda sua participação, nem crie negócios concorrentes por um período de seis anos, renovável por mais dois anos. Até então, não havia qualquer acordo de não competição assinado.
Segundo a Qualicorp, Júnior não pode rescindir o contrato antes de seis anos, a não ser em caso de tomada hostil de controle ou destituição da maioria do conselho antes do fim do mandato - e nessa situação, teria que reembolsar a indenização na proporção do prazo ainda não cumprido.
Pelo contrato, Júnior pode vender 10% a partir do início do quinto ano. O acordo só o obriga a manter 13,6 milhões de ações - o equivalente a cerca de 5% do capital da empresa. Ao longo dos últimos dois anos, ele já reduziu sua fatia, que era de 20%.
Há algum tempo Júnior vem questionando a sustentabilidade do mercado de planos de saúde, cujos reajustes são extremamente elevados. Ele vinha sinalizando há meses sua intenção de deixar a Qualicorp, vinha procurando projetos alternativos, e já tinha em mente novos projetos na área da saúde, que agora serão incorporados à companhia.
No mercado o que se comenta é que o risco de Júnior abrir outro negócio prejudicava o interesse de grupos do setor em comprar ou se fundir à companhia.
Tudo explicado. Nada explicado. A passagem da máquina compressora sobre a Lei das S.A. por certo desagradou uma miríade de stakeholders: dez entre dez analistas, os minoritários, os minoritários com participação maior (5%), a CVM, a Apimec, qualquer um que sonha com uma governança corporativa de verdade na Bolsa brasileira, deve estar agora se lamentando.
Seripieri Filho pretendia deixar a companhia para criar uma operadora de planos de saúde, a Gama. Atualmente, a Gama pertence à Qualicorp, porém, atua apenas como uma rede com clínicas médicas, laboratórios e hospitais (36 mil pontos de atendimento) que presta serviços para outras operadoras, uma vez que a legislação não permite que um mesmo grupo trabalhe como administrador de benefícios e operadora de convênio médico simultaneamente.
A Qualicorp, surpreendeu mais uma vez o mercado. Desta vez, pela rapidez com que fechou um acordo com a XP Gestão Recursos, detentora de 9% do capital da empresa; No domingo, 7 de outubro, por volta das 23h30, a companhia informou que Júnior se comprometeu a reinvestir, no mínimo, os R$ 150 milhões já recebidos, em ações da companhia na bolsa até o fim deste ano. Com isso, a sua participação poderá subir dos atuais 15% para quase 20%, considerando os preços atuais.
A Qualicorp administra uma carteira com 2,5 milhões de usuários de planos de saúde, sendo que mais de 90% da receita vem dos convênios médicos contratados por meio de sindicatos e entidades de classe. São 1,248 milhão na área de convênio médico corporativo e mais 1,267 milhão no segmento de planos de saúde por adesão.
Em 8 de agosto de 2019 a Qualicorp vende cerca de 10% de suas ações para a Rede D'Or. José Seripieri Filho permanecerá com 9,9% da empresa e deixará o cargo de CEO. O valor do negócio não foi divulgado mas, considerando o valor das ações em 08.08.2019, representaria R$ 623 milhões.
No final de junho de 2020, a Qualicorp informou a aquisição de uma carteira de 14 mil vidas da administradora de benefícios Clube Care por R$ 20 milhões. A carteira é administrada pelo Grupo Assim Saúde, que atua na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a companhia, o objetivo é "reforçar sua presença regionalmente e ampliar o portfólio de planos de saúde" por meio das fusões e aquisições.
No final de junho de 2020, a Qualicorp informou a aquisição de uma carteira de 14 mil vidas da administradora de benefícios Clube Care por R$ 20 milhões. A carteira é administrada pelo Grupo Assim Saúde, que atua na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a companhia, o objetivo é "reforçar sua presença regionalmente e ampliar o portfólio de planos de saúde" por meio das fusões e aquisições.
A Qualicorp anunciou em 28 de outubro de 2020 a compra de uma carteira de cerca de 4,3 mil vidas no segmento coletivo por adesão da Health Administradora de Benefícios, sem mencionar valores. “A transação, que envolve somente os direitos e obrigações sobre a carteira, está alinhada à estratégia de crescimento da companhia nas suas frentes de negócio e ao seu objetivo de diversificação do portfólio de vidas em diferentes operadoras”, afirmou a Qualicorp, adicionando que a carteira será adicionada à sua unidade que atendem os públicos C, D e E.
Em 17 de novembro de 2020, a Qualicorp informa que adquiriu 75% do capital social da Plural e da Oxcorp pelo pagamento total de R$ 202,5 milhões, além de uma parcela futura mediante o resultado das sociedades no ano seguinte. E permanece com opções de compra dos 25% remanescentes. Com a aquisição da Plural, a seguradora expande e complementa sua atuação no mercado brasileiro, adicionando ao seu portfólio cerca de 96 mil novas vidas e 21 novas operadoras. A Plural tem ticket médio de aproximadamente R$ 300, com 13 filiais espalhadas em diferentes regiões do Brasil. Já a Oxcorp tem em sua base de distribuição mais de 500 (quinhentas) plataformas de venda e aproximadamente 5 mil corretores parceiros, reforçando a força de vendas do canal externo da seguradora.
Em 9 de dezembro de 2020, a Qualicorp anunciou a aquisição, por R$ 176 milhões, de contratos de planos privados de assistência à saúde e odontológica coletivos que a Muito Mais Saúde Administradora de Benefícios (MMS) mantém com as operadoras Notre Dame Intermédica, Assim Saúde e Amil, e de prestação de serviços de comercialização, agenciamento, comissionamento e corretagem celebrados entre a Soma Corretora e as operadoras. A carteira acrescentará 55 mil novas vidas ao seu portfólio no segmento coletivo por adesão nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Em 6 de abril de 2021, a Qualicorp anunciou a compra de duas carteiras de clientes no segmento de planos de saúde coletivos por adesão da rede Unimed no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte, que juntas reúnem 10 mil beneficiários.
Em 4 de julho de 2022, a Qualicorp concluiu a aquisição de carteira com 6,7 mil vidas, no segmento coletivo por adesão, da Clube Care Brasil e Clube Care Assessoria Comercial, distribuídas em sete operadoras de planos de saúde, incluindo Cemeru, GNDI e Santa Rita. O negócio envolve 14 entidades de classe, das quais cinco são novas no portfólio da companhia. A transação transfere somente os direitos e obrigações sobre as carteiras.
No final de 2019, a Qualicorp possuía 2,54 milhões em sua base de beneficiários. Dentro de sua reestruturação, em números divulgados em novembro de 2023, a Qualicorp reduziu a equipe em 25%, o que representa a demissão de cerca de 630 funcionários, fechou as oito lojas que tinha em São Paulo e Rio de Janeiro, devolveu imóveis e fez desinvestimento na startup de leads Escale. Essas frentes devem gerar uma redução de custos de R$ 120 milhões, em uma estimativa anualizada.
(Fonte: revista Exame - 20.07.2016 / jornal Valor - 02.10.2018 / 03.10.2018 / 09.10.2018 / 09.08.2019 / 21.11.2019 / ElevenFinancial - 13.03.2020 / 26.06.2020 / InfoMoney - 28.10.2020 / Moneytimes - 17.11.2020 / ElevenFinancial - 09.12.2020 /DicasdeHoje Research - 07.04.2021 / Valor - 13.11.2023 - partes)
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