A varejista gaúcha de material de construção, eletrodomésticos, utilidades domésticas e móveis Quero-Quero, foi fundada em 1967 pela família Scholz. A sede da rede está estabelecida em Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre. A empresa cresceu ancorada no modelo de "loja da cidade". O ponto de venda da empresa é, em muitos casos, a única loja do município. Vende, além do portfólio clássico, itens como pneu e bicicleta. As lojas têm, em média, 700 metros quadrados, (metade de um supermercado tradicional). Cerca de 75% delas estão em cidades com menos de 100 mil habitantes - 40%, com até 25 mil moradores.
A Quero-Quero é controlada pela gestora Advent desde 2008. Após a compra pela Advent, que desembolsou cerca de R$ 600 milhões no negócio, a empresa passou por uma reestruturação. Mudou a sede de local, trocou sistemas de gestão, o que sempre gera ruídos na operação, mudou o portfólio e o modelo de cobrança. Este chegou a ser terceirizado, mas a empresa voltou atrás. O formato de lojas mudou para um modelo mais focado em material de construção.
A Advent entrou nesse segmento com a compra da rede Quero-Quero em 2010.
Pelo fato de grande parte das lojas estar localizadas em cidades pequenas, sempre há alguma história peculiar a contar: em uma verificação de rotina do desempenho das lojas, o comando da Quero-Quero percebeu que as vendas de uma de suas unidades no Sul do país tinha começado a cair, aparentemente, sem motivos. Foram ver o que estava acontecendo e descobriram que o problema era que o gerente da loja havia terminado com a noiva meses antes e a população ficou do lado da moça. Acabaram boicotando a loja, mas depois passou, conta Peter Furukawa, CEO da Quero-Quero.
Furukawa, lembra de outro caso: em visita às cidades de Alegrete e Uruguaiana, ambas no Rio Grande do Sul, após ter assumido a direção em 2010, ele viu charretes próximas à entrada das lojas. Disseram-lhe que o cliente levava a geladeira ou a TV nesses carretos. "Tirá-los de lá não faria sentido. Há determinadas coisas que só quem vê valor é quem conhece a cidade", diz o CEO, ex-Pernambucanas e Submarino.
A varejista opera no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e planeja o seu processo de expansão para regiões acima do Estado do Paraná. Num mapa do Brasil fixado na parede da sala da diretoria, na sede, em Cachoeirinha, dezenas de alfinetes brancos identificam as áreas com potencial de expansão.
A rede considera que cidades com até 50 mil habitantes comportam uma loja. Esse número aumenta em municípios maiores, como Caxias do Sul (RS), com 500 mil moradores, onde estão instaladas cinco lojas. "É como se fosse uma loja grande de 3 mil metros quadrados numa cidade de porte médio", diz o diretor de expansão, Daniel Artus.
Na prática, quem realmente concorre com a Quero-Quero são rivais locais. A empresa compete no Sul com a Lojas Becker e a CR Diementz. São Paulo é rechaçada por Furukawa. "Por que eu vou me matar lá com eles?", responde, ao ser perguntado sobre uma eventual concorrência em outros Estados com grandes cadeias como Leroy Merlin, Telha Norte e C&C. "Eles estão se matando embaixo d'água. Não temos que nos meter nisso."
A Quero-Quero é hoje (início de 2019), em número de lojas, a maior cadeia de material de construção do país, com 300 lojas em operação e a segunda em área de vendas. Em 2018, suas vendas brutas somaram cerca de R$ 1,5 bilhão. Parte dos resultados vem da operação financeira, controlada pela própria empresa, que opera o cartão de crédito VerdeCard.
Furukawa, lembra de outro caso: em visita às cidades de Alegrete e Uruguaiana, ambas no Rio Grande do Sul, após ter assumido a direção em 2010, ele viu charretes próximas à entrada das lojas. Disseram-lhe que o cliente levava a geladeira ou a TV nesses carretos. "Tirá-los de lá não faria sentido. Há determinadas coisas que só quem vê valor é quem conhece a cidade", diz o CEO, ex-Pernambucanas e Submarino.
A varejista opera no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e planeja o seu processo de expansão para regiões acima do Estado do Paraná. Num mapa do Brasil fixado na parede da sala da diretoria, na sede, em Cachoeirinha, dezenas de alfinetes brancos identificam as áreas com potencial de expansão.
A rede considera que cidades com até 50 mil habitantes comportam uma loja. Esse número aumenta em municípios maiores, como Caxias do Sul (RS), com 500 mil moradores, onde estão instaladas cinco lojas. "É como se fosse uma loja grande de 3 mil metros quadrados numa cidade de porte médio", diz o diretor de expansão, Daniel Artus.
Na prática, quem realmente concorre com a Quero-Quero são rivais locais. A empresa compete no Sul com a Lojas Becker e a CR Diementz. São Paulo é rechaçada por Furukawa. "Por que eu vou me matar lá com eles?", responde, ao ser perguntado sobre uma eventual concorrência em outros Estados com grandes cadeias como Leroy Merlin, Telha Norte e C&C. "Eles estão se matando embaixo d'água. Não temos que nos meter nisso."
A Quero-Quero é hoje (início de 2019), em número de lojas, a maior cadeia de material de construção do país, com 300 lojas em operação e a segunda em área de vendas. Em 2018, suas vendas brutas somaram cerca de R$ 1,5 bilhão. Parte dos resultados vem da operação financeira, controlada pela própria empresa, que opera o cartão de crédito VerdeCard.
Em agosto de 2020, o fundo Advent captou R$ 2 bilhões em um IPO.
A Lojas Quero-Quero projeta a abertura de 20 a 30 novas lojas em 2024. No fim de março, a companhia possuía 552 unidades.
(Fonte: revista Exame - 05.11.2008 / jornal Valor - 14.02.2019 / 11.10.2022 - partes)
A Lojas Quero-Quero projeta a abertura de 20 a 30 novas lojas em 2024. No fim de março, a companhia possuía 552 unidades.
(Fonte: revista Exame - 05.11.2008 / jornal Valor - 14.02.2019 / 11.10.2022 - partes)
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