Total de visualizações de página

4 de out. de 2011

Revlon

          Em 1932, os irmãos americanos Charles e Joseph Revlon e um químico, criaram o esmalte brilhante e colorido com pigmentos para ser aplicado na unha toda. Assim nasceu a marca Revlon e eles promoveram pela primeira vez a tendência de maquiar os lábios e unhas da mesma cor. Desde então, mulheres do mundo todo são fascinadas por esse líquido colorido que se apresenta em variadas cores, texturas e brilhos. No Brasil, é bastante comum o hábito de se fazer as unhas dos pés e das mãos.
          A Revlon possui uma penca de nomes reluzentes a seu serviço como a supermodelo Cindy Crawford e a atriz Melanie Griffith, olhando-se o panorama de meados de 1997. Nessa época uma especulação tomou conta dos meios da alta moda assim que saiu a notícia de que a top model alemã Claudia Schiffer estava trocando as maquiagens da Revlon pelos xampus da L'Oreal. "No mundo da beleza, xampu está abaixo de batom", disse o consultor Alan Millstein. "Mas pelo menos não é desodorante." Nem a Revlon nem a modelo contaram num primeiro momento o que aconteceu.
          No Brasil, a Revlon era dona das marcas Bozzano, de produtos masculinos e Colorama e Juvena, voltadas para o público feminino. A Colorama, linha de xampus e esmaltes, que fez sucesso na década de 1980, sobretudo entre consumidores de menor poder aquisitivo, foi vendida à L'Oreal em 2001 por US$ 55 milhões. A ideia básica era fazer caixa para pagar dívida que superava US$ 2 bilhões. Na época, a Juvena e a Bozzano também foram colocadas à venda mas não apareceram compradores.
          Em meados de junho de 2022, a Revlon entrou com pedido de recuperação judicial, pressionada pelas dificuldades geradas com a crise global na cadeia de suprimentos. A gigante da indústria de cosméticos lutava para gerenciar suas dívidas aproveitando um impulso mais amplo de vendas amparado por influenciadores da mídia digital. A Revlon declarou dívidas de US$ 3,7 bilhões e vai continuar operando enquanto elabora um plano para pagar os credores.
(Fonte: revista Exame - 18.06.1997 /  revista Forbes 25.10.2002 / SP Norte - Grupo SP de Jornais - setembro 2012 / Bloomberg - 16.06.2022 - partes)

Nenhum comentário: