A Spring Wireless foi fundada em fins de 2001 por Marcelo Condé, engenheiro nascido em 1977, e ex-funcionário do banco de investimento Goldman Sachs. Condé é exemplo de empreendedorismo e perseverança. Soube apostar cedo na onda de internet sem fio e calcula ter investido mais de 250.000 horas para desenvolver seu software, chamado Fusion.
Quatro anos depois de sua fundação, em 2005, a Spring concluiu a terceira mudança de escritório. O problema era sempre o mesmo: faltava espaço para acomodar os novos funcionários. Eram vinte nos primeiros meses e passou para 300 em 2005. Nisso, a Spring já havia recebido três aportes de capital de risco, de fundos de peso como Intel Capital, da fabricante de redes telefônicas Ericsson e dos japoneses do Softbank. Já tinha duas operações internacionais, Chile e Portugal.
Desde a fundação, a Spring se especializou em criar softwares para que computadores de mão e celulares acessem as redes internas das empresas. Na época, havia muita expectativa quanto à internet sem fio, mas poucas condições técnicas. Palms e celulares tinham funções limitadas. As operadoras, mais preocupadas em expandir a base de usuários, não se preocupavam em atender os clientes empresariais. A Spring teve, então, de optar por um modelo que passou a ser a base de seu sucesso. A empresa "faz tudo": aluga a rede da operadora, integra aos sistemas corporativos e fornece até mesmo os dispositivos.
Com serviços móveis especializados, a Spring Wireless se tornou então o maior fenômeno brasileiro no mundo da comunicação sem fio.
Grandes clientes começaram a fazer parte de sua carteira. O Citibank, então o maior banco do mundo, implantou um sistema que aposentou o cadastro de clientes em papel. Mais de 200 gerentes da filial brasileira passaram a registrar os dados em computadores de mão e vão direto para o sistema do banco, pela internet, ou pela rede de telefonia celular.
Era também com um serviço prestado pela Spring que 4.000 vendedores da Ambev realizavam mais de 300.000 transações diárias. A empresa atendia ainda gigantes como Pão de Açúcar e Multibrás. Vendedores e equipes de manutenção dessas empresas podiam consultar bancos de dados corporativos de qualquer lugar, o que significa ganho de produtividade e agilidade. Além de centralizar o relacionamento com os clientes, a Spring aprendeu melhor do que qualquer concorrente a fazer palms e celulares conversarem com os sistemas empresariais. O mais famoso cliente fora do país era a Concha y Toro, produtor chileno de vinho, mas a internacionalização ainda estava no início.
No Brasil, a Spring foi - antes das próprias operadoras de celular - empresa que melhor soube aproveitar essa oportunidade. O número de usuários do sistema da empresa cresceu de 7.000, no final de 2003, para 55.000, em 2005.
(Fonte: revista Exame - 09.11.2005)
Quatro anos depois de sua fundação, em 2005, a Spring concluiu a terceira mudança de escritório. O problema era sempre o mesmo: faltava espaço para acomodar os novos funcionários. Eram vinte nos primeiros meses e passou para 300 em 2005. Nisso, a Spring já havia recebido três aportes de capital de risco, de fundos de peso como Intel Capital, da fabricante de redes telefônicas Ericsson e dos japoneses do Softbank. Já tinha duas operações internacionais, Chile e Portugal.
Desde a fundação, a Spring se especializou em criar softwares para que computadores de mão e celulares acessem as redes internas das empresas. Na época, havia muita expectativa quanto à internet sem fio, mas poucas condições técnicas. Palms e celulares tinham funções limitadas. As operadoras, mais preocupadas em expandir a base de usuários, não se preocupavam em atender os clientes empresariais. A Spring teve, então, de optar por um modelo que passou a ser a base de seu sucesso. A empresa "faz tudo": aluga a rede da operadora, integra aos sistemas corporativos e fornece até mesmo os dispositivos.
Com serviços móveis especializados, a Spring Wireless se tornou então o maior fenômeno brasileiro no mundo da comunicação sem fio.
Grandes clientes começaram a fazer parte de sua carteira. O Citibank, então o maior banco do mundo, implantou um sistema que aposentou o cadastro de clientes em papel. Mais de 200 gerentes da filial brasileira passaram a registrar os dados em computadores de mão e vão direto para o sistema do banco, pela internet, ou pela rede de telefonia celular.
Era também com um serviço prestado pela Spring que 4.000 vendedores da Ambev realizavam mais de 300.000 transações diárias. A empresa atendia ainda gigantes como Pão de Açúcar e Multibrás. Vendedores e equipes de manutenção dessas empresas podiam consultar bancos de dados corporativos de qualquer lugar, o que significa ganho de produtividade e agilidade. Além de centralizar o relacionamento com os clientes, a Spring aprendeu melhor do que qualquer concorrente a fazer palms e celulares conversarem com os sistemas empresariais. O mais famoso cliente fora do país era a Concha y Toro, produtor chileno de vinho, mas a internacionalização ainda estava no início.
No Brasil, a Spring foi - antes das próprias operadoras de celular - empresa que melhor soube aproveitar essa oportunidade. O número de usuários do sistema da empresa cresceu de 7.000, no final de 2003, para 55.000, em 2005.
(Fonte: revista Exame - 09.11.2005)
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